Ainda em 1995, quando o primeiro filme foi lançado, as coisas eram bem diferentes para as animações que não recebiam tanto reconhecimento como hoje em dia.

Foi Toy Story o primeiro filme animado na história do Oscar a ser indicado na categoria Melhor Roteiro - Adaptado ou Original. Além disso, ele também recebeu uma indicação em outras duas categorias Melhor Trilha Sonora em Comédia e Melhor Canção.

Nos roteiros iniciais do primeiro filme, quem seria o interesse romântico do Woody era ninguém menos que a própria boneca Barbie. A personagem inclusive estaria presente no final do filme, dirigindo o carrinho para resgatar tanto Woody quanto Buzz.

Isso só não aconteceu porque a Mattel, empresa que possui os direitos do da boneca, recusou a participação da Barbie porque não gostaria que ela tivesse uma personalidade definida - para permitir que as crianças projetem sua própria personalidade no brinquedo. Devido ao grande sucesso do filme, a Mattel permitiu que Barbie participasse da sequência.

Quem dubla Woody e Buzz Lightyear no áudio original é Tom Hanks e Tim Allen, respectivamente. O que levou os atores a aceitarem esse trabalho foram razões bem específicas.

Para Hanks, isso se deve ao fato de que, quando criança, ele sempre se perguntava se seus brinquedos eram vivos ou se se moviam quando ninguém estava no quarto. Já pra Allen, o que o levou para a franquia foi o fato de que Chevy Chase, seu grande ídolo e grande influência de sua carreira, já havia recebido a proposta para o papel de Buzz antes.

O roteiro do primeiro filme seria bem diferente do que vimos na versão final. Originalmente, o protagonista seria Tinny, um brinquedo que ficaria perdido durante uma viagem em família. Ele entraria em uma aventura com um boneco ventríloquo sarcástico para voltar para casa.

Eventualmente Tinny foi substituído pelo brinquedo astronauta chamado Lunar Larry que acabou virando Buzz. O ventríloquo recebeu a identidade de um cowboy, se tornando Woody.

O progresso do segundo filme foi inteiramente apagado dos computadores que estavam sendo utilizados para produzir a animação, depois que alguém introduziu um código que deletava todos os arquivos rapidamente.

Mais de 90% do progresso foi deletado e todas as formas de tentar um back-up para conseguir recuperar alguma coisa não funcionou. Por sorte, Galyn Susman, diretora de supervisão técnica, havia tido um filho recentemente. Por isso, ela havia copiado todo o filme para poder trabalhar em casa, o que permitiu que eles recuperassem o conteúdo deletado.

No roteiro original do segundo filme, os brinquedos que Woody conhece depois de ser sequestrado seriam bem diferentes dos que conhecemos. Lá, o animado cavalinho seria capaz de falar e Pete Fedido, na época ainda sem nome, seria extremamente metido junto da Senhorita Cactus, uma boneca dançarina mexicana. Juntos, os dois seriam bem esnobes por serem “itens de colecionador”, humilhando Woody por ele já ter sido utilizado por uma criança.

Depois de um tempo John Lasseter e os outros animadores da Pixar mudaram a história, trocando a dançarina por Jesse a Cowgirl e deixando Pete Fedido mais bem-humorado e gentil.

A grandiosa creche Sunnyside, o principal cenário do terceiro filme da franquia, com toda certeza não é um lugar muito amigável para os brinquedos. Mas a inspiração para a criação dela é um pouco mais complexa.

O diretor Lee Unkrich disse que a fuga da creche foi baseada em nada menos do que filmes sobre prisão, algo que toda a equipe da Pixar teve que assistir. “Existem muitos filmes de prisão por aí e eu assisti cada um deles”, disse Unkrich.

Depois de algumas divergências criativas, a parceria entre a Disney e a Pixar ficou bem delicada e eles quase chegaram a seguir caminhos separados.

Por causa disso, um roteiro diferente para Toy Story 3 havia sido escrito (abandonado quando a Disney retornou para o filme) e nele veríamos Buzz Lightyear tendo um defeito e sendo enviado para Taiwan para ser arrumado. A verdade, contudo, é que a empresa estava descartando Buzz com defeito e enviando novos brinquedos. Ao descobrir isso, Woody e seus amigos iriam ao resgate do astronauta.

Durante os primeiros estágios de desenvolvimento do terceiro filme, quando a equipe de criadores e desenvolvedores se sentou para ver como iriam anima-lo, eles pensaram em aproveitar os modelos já criados para os dois filmes anteriores para a sequência.

Isso, contudo, não deu certo, uma vez que a tecnologia em modelagem 3D havia avançado muito, tornando os velhos modelos ultrapassados e incompatíveis com o novo software. Por causa disso, tudo teve que ser criado do zero.

O final do terceiro filme, com aquela cena tão dramática envolvendo a quase morte dos personagens, pode ter sido a razão para Betty, o interesse romântico de Woddy, não ter tido destaque no filme.

A teoria mais aceita pelos fãs do filme é que, diferente dos outros brinquedos, Betty era feita de porcelana e possuía pouquíssimas chances de sobreviver à queda e ao calor do incinerador.