X-Men: Evolution foi criado em uma parceria com a Marvel Comics e a Disney e assinado por Marty Isenberg, Robert N. Skir e David Wise, tendo um time com diversos produtores ajudando no desenvolvimento da série animada.

O primeiro episódio foi ao ar nos Estados Unidos no dia 04 de novembro de 2000, chegando nas terras tupiniquins pouco depois disso. O último episódio do desenho foi exibido 25 de Outubro de 2003.

A série teve quatro temporadas produzidas, totalizando 52 episódios de aproximadamente 22 minutos cada um. Cada temporada contava com um ameaça geral e introduzia novos personagens para a animação. Uma quinta temporada estava planejada, mas acabou sendo cancelada ainda no início do seu desenvolvimento.

Na época, o desenho era a terceira animação com mais episódios de uma adaptação dos quadrinhos da Marvel, perdendo apenas para o desenho dos anos 1990 dos X-Men e para a série animada do Homem-Aranha de 1994.

Caso a quinta temporada tivesse acontecido, ela iria adaptar tanto a Saga da Fênix quanto a Saga da Fênix Negra, mostrando a corrupção de Jean Grey como uma das maiores inimigas que os X-Men já tiveram de enfrentar.

Ao final da quarta temporada, é possível termos um vislumbre da transformação da mutante na Fênix, enquanto Xavier fala sobre o futuro que ele vislumbrou depois de se conectar com o Apocalipse dizendo: “E com peso no coração vi o mais querido dos amigos se tornar o mais terrível dos inimigos”.

Ainda que o Léo Gravena não goste do desenho, a quinta temporada de X-Men Evolution iria introduzir uma série de novos personagens, incluindo a Rainha Branca que ele adora: Emma Frost.

Junto da telepata, o seriado animado tinha planos de colocar Psylocke e até mesmo o Sr. Sinistro que seria um novo vilão para antagonizar os X-Men, uma vez que Magneto se tornaria um dos aliados de Xavier e seus mutantes.

Falando em novos personagens, algumas pessoas podem não saber, mas alguns mutantes foram criados exclusivamente para o desenho, sendo a X-23 e o Spyke os melhores exemplos disso.

Enquanto o rapaz é uma adaptação da mutante Medula, tendo inclusive uma trama importante com os Morlocks, a X-23 foi tão elogiada pelos fãs que acabou sendo adaptada para os quadrinhos, se tornando a perigosa e habilidosa mutante que assume o manto do Wolverine depois de sua morte.

Em diversos episódios é possível notar referências e homenagens a outras produções no desenho, sendo os maiores exemplos disso Buffy: A Caça Vampiros e o filme clássico Jovens Bruxas.

Algumas cenas de X-Men: Evolution chegam a ser idênticas a momentos dos filmes, como quando Kitty Pride dança com Vampira - homenageando Buffy - e quando as Sereias de Bayville desfilam pelos corredores da escola.

Além da referência a diversas mídias externas, o desenho também colocou alguns easter eggs para agradar os fãs dos quadrinhos.

As referências vão desde a equipe original dos X-Men, formada por Jean Grey, Ciclope, Fera, Homem de Gelo e Anjo, a “equipe legal” como apontado por Bob no episódio Trancafiado, até o dragão companheiro de Kitty Pride, que aparece como um ursinho de pelúcia em um episódio da terceira temporada.

Os fãs do desenho irão lembrar que a Mística sofreu uma grande mudança de visual depois do final da primeira temporada, abandonando seu clássico vestido branco para se tornar mais parecida com um felino e usar uma roupa de couro preto.

Isso aconteceu porque um dos criadores do desenho nunca gostou de fato do primeiro visual da vilã, e que ele só acabou ficando daquele jeito por causa da falta de tempo. Sendo altamente influenciado pelo filme dos X-Men, ele até tentou criar um visual “nu” para Mística, parecido com o do filme, mas acabou abandonando a ideia e tratou de deixá-la mais intimidadora fisicamente.

Como disse na introdução, X-Men: Evolution dividiu a opinião do público. Muitos fãs dos quadrinhos não gostaram nada da adaptação, criticando as mudanças que foram feitas e o fato de que ele não era fiel ao material de origem (diferente da série animada dos anos 1990).

A crítica especializada também apontou que os personagens do desenho costumavam ser “rasos” e que alguns diálogos eram sofríveis. Ao longo das temporadas essas opiniões foram mudando e muita gente que começou odiando o desenho começou a gostar e entender a proposta mais moderninha do mesmo.

O desenho foi indicado para diversos prêmios, chegando a vencer o 28º Daytime Emmy Awards (premiação criada para homenagear os programas diurnos da TV americana), na categoria de mixagem de som.

Na 29º edição do Daytime Emmy, o desenho venceu na categoria de melhor personagem em animação e, posteriormente, conquistou mais um prêmio pela edição de som no 30º Daytime Emmy.