10 fatores que transformaram o terceiro filme do Capitão América em Guerra Civil!

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10 fatores que transformaram o terceiro filme do Capitão América em Guerra Civil!

Por Felipe de Lima

Estreando na próxima quinta-feira, dia 28, Capitão América: Guerra Civil já é considerado por muitos críticos o melhor filme já produzido pela Marvel. Em dois pontos distintos, ele continua a história de o Soldado Invernal, ao mesmo tempo em que tudo é lavado à uma escala muito maior.

O filme divide os Vingadores entre os ideais de Steve Rogers e Tony Stark, introduzindo novos heróis e vilões que mudarão para sempre a dinâmica do Universo Cinematográfico da Marvel.

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Superando o Soldado Invernal

Guerra Civil nem sempre esteve nos planos da Marvel, na verdade, a ideia inicial para o terceiro filme do Capitão América era servir de continuação para o Soldado invernal, mostrando mais do background de Bucky e a busca de Steve Rogers por seu amigo.

Alguns questionados eram necessários: "Como Bucky conseguiria recuperar toda a sua memória? Como ele lidaria com seu passado assassino? Como ele seria afetado pelo mundo atual?" Disse Kevin Feige ao afirmar que os escritores do filme, Chris Markus e Steve McFeely, criaram inúmeras histórias que poderiam ser trabalhadas, mas nenhuma delas era digna de ser sequência de o Soldado Invernal.

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Um novo filme

Quando as ideias foram reprovadas, os escritores pensaram em trabalhar em um filme sem a presença de Bucky. “E se ele ficar de fora por um tempo? Será que é certo trazê-lo de volta? E teria como manter a mesma qualidade? É muito fácil simplesmente trazer o Soldado Invernal e lutar contra ele”. Disse Chris Markus.

Enfim, o filme que os dois estavam prontos para entregar não era Guerra Civil, mas a dupla garante que a essência de ambas as histórias é a mesma. Essa essência se trata de Bucky, Barão Zemo e os efeitos que o segundo filme do Capitão América tem sobre o Universo Cinematográfico da Marvel.

No entanto, somente a presença de outros personagens poderia dar ao filme o sopro de vida que ele precisava.

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Descontruindo o Universo Cinematográfico da Marvel

Já confirmados como os diretores das duas partes de Vingadores: Guerra Infinita, Joe e Anthony Russo queriam fazer um filme mais arriscado, que pudesse desconstruir diversos padrões que a Marvel firmou ao longo de mais de dez filmes.

Os Russo não queriam que o terceiro Capitão América seguisse a mesma fórmula, e trouxeram a ideia de um filme completamente diferente. Kevin Feige gostou, mas teve suas ressalvas, parecia arriscado colocar muitos personagens da Marvel em um filme que, em tese, é solo.

No entanto, ainda não estava certo se uma linha dos quadrinhos seria adaptada, apenas havia o desejo de trazer o Homem de Ferro para dentro da história.

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Batman vs Superman: A Origem da Justiça

Eis que em julho de 2013, o diretor Zack Snyder anunciou que Batman e Superman se encontrariam pela primeira vez nos cinemas, com uma história inspirada em O Cavaleiro das Trevas, de Frank Miller, mostrando um embate entre os medalhões da DC Comics.

Joe Russo revelou em uma entrevista que o anuncio de Batman vs Superman foi fundamental para que Capitão América: Guerra Civil saísse do papel. Depois que ficou claro qual direção o Universo Estendido da DC tomaria, Feige reconheceu que era necessário que a Marvel concebesse um material desafiador, caso contrário, havia a possibilidade de perder o público.

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Homem de Ferro

Trazer Robert Downey Jr. como Tony Stark no filme quase não aconteceu. Antes da ideia de Guerra Civil ser palpável, a Marvel queria que o ator fizesse uma breve participação no filme, mas Downey Jr. queria ter mais importância dentro da história, o que levou o Chefe da Marvel Entertainment, Ike Perlmutter a exigir que Tony Stark fosse retirado do roteiro para diminuir os gastos.

No entanto, Kevin Feige interveio e mostrou aos produtores e executivos que a ideia poderia seguir em frente sem a necessidade de cortar o Homem de Ferro. Foi a situação perfeita para introduzir o conceito da Guerra Civil.

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Robert Downey Jr. entra no jogo

Colocar o Homem-Aranha no filme foi um grande problema. No entanto, a decisão mais ambiciosa, que realmente transformou Capitão América 3 em Guerra Civil, foi a participação do Homem de Ferro. E a presença de Robert Downey Jr. não pode ser apenas um cameo.

"Não foi uma tarefa fácil tirar esse filme do papel", disse o codiretor Joe Russo. "Havia um monte de coisas que nós achávamos necessárias, que precisavam estar no filme. Uma delas era Downey Jr.”.

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O momento certo

“Eu pensei, se vamos fazer a Guerra Civil, algo que eu sempre quis fazer, essa é a hora certa”. Revelou Feige. “Todo o que precisamos é disso e daquilo e daquele outro. Tudo bem, as possibilidades eram muito escassas, mas, se fizéssemos, como seria?”

Foi então que os escritores começaram a mexer nas versões que haviam feito do filme. Feige afirma que houve versões sem o Homem de Ferro e versões sem o Homem-Aranha. “Nós tivemos muita sorte de juntar tudo num filme só. Era isso que nós queríamos fazer”.

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Homem-Aranha

Joe e Anthony Russo sempre quiseram que o Homem-Aranha estivesse no filme. No roteiro, ele é um personagem crucial e a história não faria sentido sem ele. Todo o filme precisaria mudar caso o acordo com a Sony não acontecesse.

E ele quase não aconteceu. Quando os e-mails da Sony vazaram a ideia do Homem-Aranha ser compartilhado com a Marvel quase foi por água baixo, visto que era mais confortável para o estúdio seguir com o Universo Espetacular, algo que a Casa das Ideias nunca chegou a considerar.

“A coisa primordial: se queremos usar o Homem-Aranha, ele deve ser tão jovem quanto era quando apareceu pela primeira vez nos quadrinhos", afirmou Markus, revelando que começou a escrever o herói antes mesmo das conversas com a Sony começarem. "Ele deveria ser apenas um garoto. E isso é muito divertido de escrever, porque é um garoto que tem superpoderes, mas também se trata de alguém que vê o Universo Cinematográfico da Marvel com novos olhos”.

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Pantera Negra

A principio, T’Challa e T’Chaka seriam apenas representantes de Wakanda, um dos mais de 100 países que dizem que os heróis estão fora de controle e precisam ser controlados. Seria um cameo luxuoso e T’Challa ainda não seria o Pantera Negra.

Com a Sony seguindo em frente com O Espetacular Homem-Aranha 3 e Sexteto Sinistro, a Marvel não viu outra opção se não passar a considerar outro herói para ocupar o lugar do escalador de paredes. O escolhido foi o Pantera Negra.

T’Challa, então, ganhou um traje e passou a participar ativamente do filme, tendo sua história reescrita para se tornar um dos grandes personagens da trama.

Acontece que no fim, o acordo entre a Marvel e Sony se concretizou, e o Homem-Aranha voltou para casa. A coisa mais natural a fazer seria voltar com os planos originais, mas os escritores gostaram tanto da nova abordagem do Pantera Negra, que optaram por manter a segunda versão do personagem.

“Ele se tornou tão essencial para a história, que quando o Homem-Aranha voltou, nós não quisemos tirá-lo. Então, aquele problema criou uma ótima situação”. disse Markus.

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Capitão América: Guerra Civil

E então, tudo se encaixou. "Eu fiquei pensando: Tá, a gente devia chamar essa coisa de Guerra Civil", disse Markus. "Porque nós acabamos de colocar os dois maiores personagens do Universo Cinematográfico da Marvel em conflito. Não dá pra perder essa oportunidade. Se essa luta estourar agora, não haverá uma segunda chance”.

"Por isso foi um grande presente", disse McFeely. “Eu tava tipo: Caramba? Sério? Guerra Civil? Tá bom. Vamos tentar não foder com tudo”.

Bom, só descobriremos se McFeely e Markus não foderam com tudo amanhã, quando Capitão América: Guerra Civil finalmente chegar aos cinemas!