10 diferenças que já notamos entre os livros e o filme de “A Torre Negra”!

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10 diferenças que já notamos entre os livros e o filme de “A Torre Negra”!

Por Márcio Jangarélli

Com o primeiro trailer de A Torre Negra, já deu para notar o quão longe das páginas o longa está. Era mais que óbvio que teriam que montar uma história completamente diferente para a produção, quando se tratam de 7 livros enormes e muitos conceitos complexos de serem traduzidos para os cinemas.

Algumas coisas deram um apertinho no peito, se você é fã dos livros, outras parecem bem mais interessantes e estamos aqui para apontar as diferenças mais gritantes – o que deve ajudar entender melhor como esse filme vai funcionar. Vem com o nosso ka-tet nessa aventura!

Imagens: Divulgação
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Faroeste?

Era claro para qualquer fã sensato que a história de “O Pistoleiro”, primeiro livro da série, não seria adaptada de forma fiel. Seja pela classificação do filme, seja pelo ritmo da trama - o primeiro livro tem um desenvolvimento muito lento e pouco atrativo para um grande blockbuster.

Porém, uma coisa que incomodou um pouco - mas que faz sentido para o que foi construído - é que o longa deixou a ideia de “velho-oeste” um pouco de lado. Vejam bem, o Roland dos livros é basicamente o Clint Eastwood e “O Pistoleiro” é uma referência sangrenta e distópica aos western-macarronada de Hollywood.

Pelo trailer, as locações e trajes dos personagens trazem algo diferente, que funciona para o filme, mas, se esse era um ponto que te agradava nos livros, más notícias, meu caro.

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Jake

A mudança mais clara mostrada nos trailers está com o Jake. Jake Chambers aparece no primeiro livro sem muita noção do que está acontecendo, mais jovem, inocente e de uma maneira bem mais brutal.

Em “O Pistoleiro”, o menino vai parar na Mundo Médio quando é empurrado na frente de um carro, que o mata em seu mundo e o manda para aquela realidade. Ele serve mais como uma armadilha do HdP para o Roland.

Já no filme, deu pra notar que vão esquecer essa introdução e vão usar outra, de quando o personagem retorna para a história em “Terras Devastadas”. Lá tem toda essa trama do Jake sendo perturbado por visões do outro mundo e a casa com portal.

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Ka-tet

Uma das coisas mais bacanas dos livros é a formação do disfuncional, porém sensacional Ka-tet de 19.

E não deu para ver nenhuma menção dessa concepção de grupo no trailer e, por outros motivos, é possível que ou cortem isso da trama, ou transformem em algo completamente diferente.

Ilustração: Michael Whelan

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A Torre

Okay, um ponto extremamente complexo agora. Nos livros, você não sabe se a Torre é real ou não até o último volume. Na verdade, em “O Pistoleiro”, nós conhecemos o conceito da Torre e é algo que ultrapassa qualquer entendimento.

Em síntese, ela é o centro de todo tempo e espaço, um ponto de controle e equilíbrio e que, ao mesmo tempo que é física, também é algo que transcende nossas concepções de real.

No filme, a Torre já foi mostrada como algo real, palpável, “destruível”, um ponto de balanço, mas não tão megalomaníaco quanto a dos livros. Funciona melhor para o cinema, sem dúvidas.

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O Homem de Preto

Sabemos, então, que essa não é uma adaptação apenas do primeiro livro. Na verdade, vi cenas que se referem a pelo menos 5 livros ali no meio do trailer.

Com isso dito, o Homem de Preto é um personagem tão difícil de explicar quanto a Torre. Ele faz parte de toda a história do Roland, é um grande mal, mas também é servo do vilão principal da trama, o Rei Rubro.

E nos três primeiros livros, por mais que ele seja brutal, o Homem de Preto é uma figura difícil de entender. Pelo que mostraram no trailer, ele deve ser melhor desenvolvido no filme do que nos livros - e deve ganhar até mais personalidade - e isso é um ponto bem positivo para a produção.

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Eddie e Odetta

Falamos sobre o ka-tet e, por algum motivo, a equipe do Roland deve se resumir nele e Jake apenas para o filme. Nos livros, porém, o ka-tet 19 tem outros integrantes sensacionais, apresentados em “A Escolha dos Três”: Odetta-Detta e o Eddie.

Dá para entender o porquê de não incluir os personagens, quando eles trazem uma parte MUITO mais adulta e complexa para a história. A introdução deles é uma maluquice só. Porém, é uma pena, pois são heróis apaixonantes.

Arte: Michael Whelan

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As portas

Vimos portais, mas não vimos portas. Um grande conceito de A Torre Negra são as portas que levam para outras dimensões-tempos.

Nesse caso, vemos o Roland e o Jake atravessando portais daqueles classicões hollywoodianos. Isso é um pouco frustrante, para ser sincero. Mas parece que nem tudo está perdido: um dos desenhos do menino mostra uma porta. Quem sabe?

Imagem: Charloetry Blog

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Espaço e TEMPO

Um ponto importante sobre A Torre Negra é que a trama envolve espaço - como já vimos no trailer, as dimensões distintas estarão lá - e TEMPO. O Jake, a Odetta e o Eddie são de épocas distintas.

Outros personagens e aventuras que vão surgindo estão em temos diferentes também. Talvez isso não chegue às telonas (não dessa vez, pelo menos).

Arte: Michael Whelan

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Mundo decadente

Algo que tem que ser ressaltada: o mundo do Roland está morrendo tanto no sentido espacial, quanto no sentido temporal.

O tempo no Mundo Médio está até mais afetado que o próprio planeta - os dias e noites são algo completamente distorcido na trama dos livros.

E isso é bem difícil de chegar aos cinemas. Mas esperemos; é um conceito legal demais para ser desperdiçado.

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Pequenos detalhes

Coisas mais simples que podemos esperar que não vão rolar nos filmes: o Roland perdendo os dedos, qualquer tipo de coisa +18 - e tem muita coisa - a conversa insana entre o Homem de Preto e o Roland do final de “O Pistoleiro”, que até envelhece o herói; a ideia das cartas; os guardiões dos feixes; e por aí vai.

O que eu, como fã da saga, realmente espero que não role é a infame “quebra da quarta parede” que o autor começa incluir na trama a partir do quinto livro.