10 curiosidades sobre os bastidores de “Thor: Ragnarok”!
10 curiosidades sobre os bastidores de “Thor: Ragnarok”!
A redenção do Filho de Odin!
Vocês acompanharam aqui e aqui, e devem ter percebido, tanto pelas curiosidades quanto pelos seus próprios comentários, que a franquia do Deus do Trovão nunca foi muito bem das pernas. Enquanto um ou outro ainda gostava dos filmes do Deus do Trovão, a maior parte dos fãs (e da crítica) sempre menosprezou tanto Thor quanto Thor: O Mundo Sombrio.
Mas eis que, aos últimos minutos do segundo tempo, o jogo vira completamente. Percebendo que a franquia estava morta e não despertava interesse nos fãs, a Marvel Studios decidiu revitalizar um terceiro filme do herói, apostando em elementos bem… inusitados. Como resultado, Thor: Ragnarok é um dos filmes mais originais, inspirados e bizarros do Universo Cinematográfico da Marvel!
Créditos: Divulgação
Um astro cansado
Que a franquia do Thor estava cansando e exaurindo os fãs, não era surpresa nenhuma. Mas eles não eram os únicos afetados por isso, conforme o próprio intérprete do Deus do Trovão, Chris Hemsworth, estava intensamente desgostoso com o papel e com o rumo que o personagem estava tomando no Universo Cinematográfico da Marvel.
Por conta disso, a maior parte das ideias que redirecionaram os rumos de Thor: Ragnarok vieram dele mesmo - explorar melhor o humor do personagem, fazê-lo ser poderoso sem necessitar do Mjölnir, cortar seu cabelo para que a peruca não atrapalhasse na atuação e mudar o set de filmagens para a Austrália, onde ele havia nascido e onde morava, o que não apenas facilitaria a transição para o set, como também daria ao filme um visual e um cenário único.
Um neozelandês maravilhoso
E para ajudar a concretar essa visão de Chris Hemsworth sobre o Deus do Trovão, a Marvel sabia que precisava trazer um diretor bem diferente de tudo que o estúdio já havia tido. Assim, entra Taika Waititi, um cineasta neozelandês muito famoso por suas comédias independentes, sobretudo O Que Fazemos nas Sombras (que ele referencia ao longo de Ragnarok) e A Incrível Aventura de Rick Baker.
Para tornar o cenário diferente para o elenco e a equipe de produção, Taika se tornou um diretor muito mais colaborativo, permitindo que os atores dessem opiniões sobre seus personagens e sobre a história. Ele também aproveitou para participar da brincadeira, dublando o gigante de pedra Korg, que esteve presente nas HQs do Planeta Hulk.
Roteiro? Pra quê?
Thor: Ragnarok, por ser um projeto intensamente colaborativo, também foi um filme que foi se moldando enquanto era feito. Para se ter uma ideia central disso, o roteiro do longa tinha pouco dos diálogos e das sequências, trazendo apenas a estrutura básica das ações. De acordo com Taika Waititi, pelo menos 80% do longa foi improvisado pelos atores.
Isso significa que muitas das cenas cômicas tiveram várias versões, e todas diferentes. É curioso notar que, enquanto a maior parte dos filmes possuem um "primeiro corte" muito mais longo que a versão lançada nos cinemas, Ragnarok tinha uma versão bem menor - já que o filme foi lançado com duas horas e dez minutos, e seu primeiro corte devia ter por volta de uma hora e meia de duração.
A maior luta de gladiadores da história
Embora o Hulk seja uma parte essencial da história de Thor: Ragnarok, o Gigante Esmeralda nem sempre esteve nos planos para o terceiro filme do Deus do Trovão. Mesmo quando ele tinha desaparecido em Vingadores: Era de Ultron, os roteiristas e cineastas da Marvel Studios não tinham a intenção de jogá-lo em outro planeta, muito menos de "adaptar" a saga do Planeta Hulk.
Porém, aproveitando os diversos elementos incorporados na história do terceiro filme do Deus do Trovão, a decisão de trazer o Incrível Hulk para o filme foi mais que perfeita, até mesmo pelo fato de que o personagem não deve ter um filme solo tão em breve. Além disso, a participação do Deus do Trovão e do Gigante Esmeralda no filme serviram para explicar a ausência dos dois heróis durante Capitão América: Guerra Civil.
Louca por um papel divertido
Cate Blanchett rompeu barreiras ao interpretar a primeira super-vilã de todo o Universo Cinematográfico da Marvel, como a maligna e exagerada Hela, a Deusa da Morte. Blachett, que já ganhou Oscar de Melhor Atriz e fez papeis premiados em sua carreira, disse que queria fazer um filme "mais descompromissado", de forma que seus filhos pudessem vê-la em cena.
Ela contou inclusive uma história de que tinha levado sua filha para o set de filmagens. Após ver a mãe em ação, a menina confundia Cate com a personagem, e achava que ela era capaz de matar pessoas. Vale lembrar que a versão de Hela no filme é uma mistura da vilã tradicional das HQs com outro inimigo poderoso do Deus do Trovão: Gorr, o Carniceiro dos Deuses, que é capaz de criar armas e espadas da mesma forma que a Deusa da Morte, no filme.
Preocupação com diversidade
Hollywood está cada vez mais preocupada em trazer representação e variedade para os cinemas, e Thor: Ragnarok já mostra um passo importante nessa direção, por ser um filme onde as mulheres tem grande importância para a trama. No entanto, Taika Waititi afirma que a escolha de Tessa Thompson para o papel de Valquíria não foi com base na necessidade de diversidade, mas sim de escolher a atriz mais apta para o papel.
Ainda assim, a personagem caiu como uma luva para Thompson, que é uma importante militante a respeito da representatividade de mulheres e pessoas negras nos cinemas. Ela já teve encontros com Kevin Feige, presidente da Marvel Studios, e foi uma das peças fundamentais para o desenvolvimento de um filme protagonizado por uma equipe de mulheres, que deve acontecer na Fase 4.
Só Jeff Goldblum consegue interpretar... Jeff Goldblum!
Taika Waititi sempre foi um grande fã de Jurassic Park, e fez questão de trazer dois importantes membros do elenco da franquia para o longa: Jeff Goldblum e Sam Neill - e ele inclusive pretende trazer Laura Dern para um eventual novo filme da franquia. Contudo, quem mais se destaca aqui é o Grão-Mestre de Goldblum, que é a soma perfeita de toda esquisitice que o ator pode trazer para um papel.
Conhecido como uma pessoa... excêntrica, Goldblum é alvo de diversos rumores e suposições sobre como é divertido e único, e aqui no filme, ele interpreta exatamente o que todos acham que Jeff Goldblum é. Aliás, por incrível que pareça, ele quase esteve em outro filme de super-herói no passado, conforme chegou a ser considerado para o papel de Bruce Banner em Hulk, de 2003.
Homenagem ao verdadeiro Pai de Todos
Apesar de ser um filme que se afastou bastante da sua origem dos quadrinhos, Thor: Ragnarok consegue fazer uma baita homenagem a um criador cuja obra foi essencial não apenas para as histórias do Deus do Trovão, mas também para a popularização e a integralização das histórias em quadrinhos à cultura pop: o aclamado desenhista e ilustrador Jack Kirby.
A arte e o design de produção do filme são fortemente influenciados pela arte futurista de Kirby, bem como seu intenso trabalho com cores e formas geométricas. Como se isso não bastasse, o próprio Ragnarok é uma história clássica do autor, onde ele incorporou vários elementos próprios à mitologia da Marvel Comics. Curiosamente, o ano passado trouxe outro filme homenageando a vida e obra de Jack Kirby: Liga da Justiça.
Fumaça e espelhos
O filme contém algumas das participações especiais mais surpreendentes de todo o Universo Cinematográfico da Marvel. E mesmo tendo ouvido sobre elas em rumores antes do lançamento, não deixamos de ficar surpresos quando as vimos no longa. Talvez, o mais divertido seja a cena do teatro Asgardiano. Lá, Matt Damon, Luke Hemsworth e Sam Neill interpretam, respectivamente, Loki, Thor e Odin.
Luke é o irmão mais velho de Chris Hemsworth, o astro do filme, enquanto Sam Neill já esteve junto de Jeff Goldblum em Jurassic Park. Além deles, temos uma "participação" de Scarlett Johansson como Viúva Negra, através de uma gravação de vídeo. O diretor do filme, Taika Waititi, também deu voz a Korg e fez captura de movimentos para o Hulk, em cenas específicas.
Uma participação mística
Os planos originais do filme não incluíam a participação do Doutor Estranho. Tudo mudou quando Taika Waititi e a equipe de filmagens chegaram ao estúdio onde o filme estava sendo filmado. Antes que o set fosse destruído, o diretor conversou com Kevin Feige e solicitou a presença do Mestre das Artes Místicas no filme do Deus do Trovão.
Assim sendo, ele escreveu e dirigiu uma cena que traria o encontro de Thor e Stephen Strange dentro do Sanctum Sanctorum, a mansão do mago. Ao final, o resultado ficou tão interessante que o diretor de Doutor Estranho, Scott Derrickson conversou com Waititi e usou uma versão reduzida da sequência como cena pós-créditos do filme solo do herói, com a intenção de já introduzi-lo de vez no Universo Cinematográfico da Marvel, ao lado de um dos membros da trindade dos Vingadores.
Caso tenha perdido...
Para aproveitar e relembrar todos os grandes clássicos do Universo Cinematográfico da Marvel enquanto se prepara para a aguardada estreia de Vingadores: Guerra Infinita, não deixe de conferir também nossas listas anteriores de bastidores dos filmes, que você confere clicando nos links abaixo: