10 curiosidades sobre o seriado japonês do homem-aranha!
10 curiosidades sobre o seriado japonês do homem-aranha!
Ore wa Supaaidaman!
Espalhados pelo Aranhaverso, existem muitas versões diferentes do Homem-Aranha, cada uma com sua peculiaridade. Mas poucas são tão curiosas quanto a versão “herói-japonês” do escalador de paredes.
Nos idos anos 70, a terra do sol nascente produziu um seriado pegando apenas a ideia do herói americano e adaptando para seu público, exatamente como os Power Rangers fazem hoje em dia com as séries Super Sentai. E o resultado foi, no mínimo, curioso.
Continue lendo para saber mais!
Made in Japan
A série foi produzida entre 1978 e 1979 no Japão pela Toei Company, a famosa produtora japonesa responsável pelas séries tokusatsu mais famosas do Brasil, como Jaspion, Changeman e Kamen Rider Black.
O seriado foi o resultado de um acordo de 3 anos com a Marvel Comics, onde a Toei poderia usar os personagens da editora como quisesse e vice-versa. Originalmente, o Homem-Aranha seria apenas um coadjuvante em outra série, mas a produtora japonesa achou melhor fazer um show inteirinho dedicado ao herói.
Teve 41 episódios e um filme para cinema, que só passou no Japão.
Outra origem
Aqui não tem nenhuma aranha radioativa. Na versão japonesa, o Homem-Aranha ganha seus poderes ao entrar em contato com um guerreiro do planeta Aranha, que em suas últimas forças, pede que o jovem Takuya se torne um herói e impeça que um exército do mal faça com seu mundo o mesmo que fez com o dele.
Tendo recebido o sangue alienígena, o herói ganhou seus poderes de Aranha e passou a usar suas novas habilidades e seus equipamentos na luta contra o mal.
Outro herói
Procurando por Peter Parker? Esqueça: o heró aqui é Takuya Yamashiro, um jovem de 22 anos com um forte senso de justiça. Ele também não é fotógrafo, e sim um piloto de motocross.
Mas ele não é tão diferente assim de Peter Parker. Os dois precisam esconder sua identidade secreta dos demais e sofrem aquele bullying básico das outras pessoas, tudo para que seu segredo super-heroico não seja revelado.
Inimigos
Enquanto que o Aranha dos quadrinhos enfrenta vilões como Electro, Venom e Doutor Octopus, a versão japonesa do herói precisa encarar o Exército da Cruz de Ferro, que matou seu pai e planeja fazer o mesmo com o resto da Terra.
Como é comum em seriados tokusatsu, o tal exército manda um monstro uma vez por semana para o herói enfrentar, terminando sempre com a vitória do Aranha e com a criatura explodindo.
Henshin!
Outra coisa bem "japonesa" na série do herói é que ele não veste simplesmente um uniforme e sai por aí se balançando pela cidade, há toda uma cena de transformação, com coreografia no final e tudo.
Usando o Spider Bracelet, Takuya invoca seu iniforme, o Spider Protector, para se transformar no Homem-Aranha e lutar contra os monstros do exército do mal.
O Spider Bracelet também funciona como o lançador de teias do herói e pode invocar a nave Marveller, que se transforma no robô gigante Leopardon.
Robô gigante
Ao derrotar o monstro da semana, que aumenta de tamanho logo depois, o Homem-Aranha chama sua nave, a Marveller, que em modo de combate, se transforma no robô Leopardon. Por que ele é baseado em um Leopardo e não numa aranha, nunca saberemos.
O interessante nesse caso é que o Aranha japonês foi o primeiro herói de tokusatsu a usar um robô gigante para enfrentar inimigos que cresciam.
Deu tão certo e fez tanto sucesso que a Toei resolveu levar essa ideia para um de seus Super Sentai, Battle Fever J, e isso se repetiu em todas as séries depois dela, se tornando uma marca registrada dos esquadrões de heróis coloridos.
É canônico
Se você está achando que a série é só galhofa e zoeira, pense de novo: ela é canônica dentro do universo Marvel, tendo inclusive sua própria Terra, a Terra-51778.
Tanto Takuya Yamashiro quanto o robô Leopardon apareceram na saga Aranhaverso, que nos quadrinhos reuniu as várias versões alternativas do herói contra um inimigo em comum.
Stan Lee curtiu
Embora algumas pessoas não tenham gostado nadinha das liberdades que a série tomou em relação a história original do personagem, tanto o staff da Marvel na época quanto Stan Lee adoraram o seriado.
Lee, inclusive, já disse em algumas entrevistas amar a série, elogiando principalmente os efeitos especiais, as lutas e a maneira como o herói se movimentava, que para ele, era exatamente como sempre imaginou.
Como poderia ter sido
O plano original tanto da Toei quanto da Marvel era retratar o herói tal e qual ele era visto nas HQs, mas no meio do caminho, novas ideias foram surgindo e as coisas mudaram.
A empresa de brinquedos Bandai, que trabalha com a Toei até hoje, achou que a série lucraria mais se o Homem-Aranha fosse um herói que se transformasse e tivesse um robô gigante, o que certamente venderia muito mais brinquedos. Deu certo.
E no cinema?
A animação Homem-Aranha: No Aranhaverso tem uma pequena referência ao Aranha japonês, logo no começo do filme.
Na cena, Miles é chamado por seus pais até a sala, e ao sair, são mostrados vários desenhos feitos pelo garoto. Um deles é Leopardon, o robô da versão japonesa do amigão da vizinhança.
Será que teremos o herói da terra do sol nascente no próximo filme? Esperamos que sim!