10 curiosidades sobre o seriado japonês do homem-aranha!

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10 curiosidades sobre o seriado japonês do homem-aranha!

Por Raphael Martins

Espalhados pelo Aranhaverso, existem muitas versões diferentes do Homem-Aranha, cada uma com sua peculiaridade. Mas poucas são tão curiosas quanto a versão “herói-japonês” do escalador de paredes.

Nos idos anos 70, a terra do sol nascente produziu um seriado pegando apenas a ideia do herói americano e adaptando para seu público, exatamente como os Power Rangers fazem hoje em dia com as séries Super Sentai. E o resultado foi, no mínimo, curioso.

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Made in Japan

A série foi produzida entre 1978 e 1979 no Japão pela Toei Company, a famosa produtora japonesa responsável pelas séries tokusatsu mais famosas do Brasil, como Jaspion, Changeman e Kamen Rider Black.

O seriado foi o resultado de um acordo de 3 anos com a Marvel Comics, onde a Toei poderia usar os personagens da editora como quisesse e vice-versa. Originalmente, o Homem-Aranha seria apenas um coadjuvante em outra série, mas a produtora japonesa achou melhor fazer um show inteirinho dedicado ao herói.

Teve 41 episódios e um filme para cinema, que só passou no Japão.

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Outra origem

Aqui não tem nenhuma aranha radioativa. Na versão japonesa, o Homem-Aranha ganha seus poderes ao entrar em contato com um guerreiro do planeta Aranha, que em suas últimas forças, pede que o jovem Takuya se torne um herói e impeça que um exército do mal faça com seu mundo o mesmo que fez com o dele.

Tendo recebido o sangue alienígena, o herói ganhou seus poderes de Aranha e passou a usar suas novas habilidades e seus equipamentos na luta contra o mal.

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Outro herói

Procurando por Peter Parker? Esqueça: o heró aqui é Takuya Yamashiro, um jovem de 22 anos com um forte senso de justiça. Ele também não é fotógrafo, e sim um piloto de motocross.

Mas ele não é tão diferente assim de Peter Parker. Os dois precisam esconder sua identidade secreta dos demais e sofrem aquele bullying básico das outras pessoas, tudo para que seu segredo super-heroico não seja revelado.

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Inimigos

Enquanto que o Aranha dos quadrinhos enfrenta vilões como Electro, Venom e Doutor Octopus, a versão japonesa do herói precisa encarar o Exército da Cruz de Ferro, que matou seu pai e planeja fazer o mesmo com o resto da Terra.

Como é comum em seriados tokusatsu, o tal exército manda um monstro uma vez por semana para o herói enfrentar, terminando sempre com a vitória do Aranha e com a criatura explodindo.

Henshin!

Outra coisa bem "japonesa" na série do herói é que ele não veste simplesmente um uniforme e sai por aí se balançando pela cidade, há toda uma cena de transformação, com coreografia no final e tudo.

Usando o Spider Bracelet, Takuya invoca seu iniforme, o Spider Protector, para se transformar no Homem-Aranha e lutar contra os monstros do exército do mal.

O Spider Bracelet também funciona como o lançador de teias do herói e pode invocar a nave Marveller, que se transforma no robô gigante Leopardon.

Robô gigante

Ao derrotar o monstro da semana, que aumenta de tamanho logo depois, o Homem-Aranha chama sua nave, a Marveller, que em modo de combate, se transforma no robô Leopardon. Por que ele é baseado em um Leopardo e não numa aranha, nunca saberemos.

O interessante nesse caso é que o Aranha japonês foi o primeiro herói de tokusatsu a usar um robô gigante para enfrentar inimigos que cresciam.

Deu tão certo e fez tanto sucesso que a Toei resolveu levar essa ideia para um de seus Super Sentai, Battle Fever J, e isso se repetiu em todas as séries depois dela, se tornando uma marca registrada dos esquadrões de heróis coloridos.

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É canônico

Se você está achando que a série é só galhofa e zoeira, pense de novo: ela é canônica dentro do universo Marvel, tendo inclusive sua própria Terra, a Terra-51778.

Tanto Takuya Yamashiro quanto o robô Leopardon apareceram na saga Aranhaverso, que nos quadrinhos reuniu as várias versões alternativas do herói contra um inimigo em comum.

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Stan Lee curtiu

Embora algumas pessoas não tenham gostado nadinha das liberdades que a série tomou em relação a história original do personagem, tanto o staff da Marvel na época quanto Stan Lee adoraram o seriado.

Lee, inclusive, já disse em algumas entrevistas amar a série, elogiando principalmente os efeitos especiais, as lutas e a maneira como o herói se movimentava, que para ele, era exatamente como sempre imaginou.

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Como poderia ter sido

O plano original tanto da Toei quanto da Marvel era retratar o herói tal e qual ele era visto nas HQs, mas no meio do caminho, novas ideias foram surgindo e as coisas mudaram.

A empresa de brinquedos Bandai, que trabalha com a Toei até hoje, achou que a série lucraria mais se o Homem-Aranha fosse um herói que se transformasse e tivesse um robô gigante, o que certamente venderia muito mais brinquedos. Deu certo.

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E no cinema?

A animação Homem-Aranha: No Aranhaverso tem uma pequena referência ao Aranha japonês, logo no começo do filme.

Na cena, Miles é chamado por seus pais até a sala, e ao sair, são mostrados vários desenhos feitos pelo garoto. Um deles é Leopardon, o robô da versão japonesa do amigão da vizinhança.

Será que teremos o herói da terra do sol nascente no próximo filme? Esperamos que sim!