Star Trek pode ser um sucesso inegável na televisão desde sua estreia em 1966. Entretanto, nos cinemas, a franquia começou fadada ao fracasso com Jornada nas Estrelas: O Filme. O longa-metragem foi condenado por sua estrutura episódica, seu ritmo lento e sua história nada interessante. Com sorte, A Ira de Khan veio para salvar a franquia.

O segundo filme reaproveitou a história de um dos episódios da série clássica para montar sua própria trama, que foi verdadeiramente excelente. O longa conta com momentos belíssimos, como a batalha final de naves ou o sacrifício de Spock, que são elementos carinhosamente relembrados pelos fãs da saga.

Infelizmente, o Universo Cinematográfico da Marvel tem a mão um pouco pesada quando o assunto são continuações. Franquias como Homem de Ferro e Vingadores começaram espetaculares, mas suas sequências não conseguiram manter o nível, o que foi bem decepcionante para os fãs. Felizmente, esse não é o caso do Sentinela da Liberdade.

Capitão América: O Soldado Invernal é até hoje considerado por muitos o melhor filme do personagem e até mesmo o melhor filme da macro-franquia. A entrada dos Irmãos Russo na direção criou um filme mais sério, mais ameaçador e com sequências de ação de tirar o fôlego, além de adaptar uma das histórias mais empolgantes do personagem.

Em Mad Max, o criador George Miller tinha feito uma história de ação com algumas pinceladas pequenas de geopolítica. Porém, o foco principal era na aventura de Max Rockatansky enquanto viajava por cidades da Austrália, perseguindo uma gangue de motoqueiros.

Lançado três anos depois, Mad Max 2: A Caçada Continua amplia os conceitos do primeiro filme de uma forma fenomenal, abrindo espaço para um futuro distópico onde a Terra não passa de um grande deserto, e água e gasolina se tornam mais valiosas que ouro. O segundo filme sedimentou o caminho real da franquia e foi o que proporcionou elementos incríveis que seriam revisitados no também espetacular Mad Max: Estrada da Fúria.

Lançado por Sam Raimi em 2002, Homem-Aranha ajudou a redefinir o gênero de super-heróis, apresentando histórias mais "realistas" e que conquistavam um grande público. Após derrotar o Duende Verde, o Aranha retornou dois anos depois para enfrentar um novo e perigoso inimigo: o Doutor Octopus.

Homem-Aranha 2 é o melhor filme já feito do Homem-Aranha, uma vez que toca perfeitamente na essência do herói e o torna um personagem inspirador. Além disso, o filme consegue transformar Octopus em um vilão extremamente carismático, diferente de sua contraparte dos quadrinhos. E nem vamos tocas nas cenas de ação, que são algumas das melhores já vistas no cinema.

Em 2000, Bryan Singer foi responsável pelo filme que mudou a história das adaptações de quadrinhos de super-heróis para cinema. X-Men é um grande marco, mostrando que há potencial em personagens fantasiosos usando poderes para combater em prol da liberdade e da moral. Três anos depois, X-Men 2 reforçaria isso em um longa ainda melhor.

O filme adapta levemente o arco Deus Ama, o Homem Mata, tocando em questões fantásticas como preconceito e intolerância. Além disso, o filme também pincela algumas importantes sagas da história dos mutantes, como Arma X e Fênix Negra. É o melhor filme da trilogia original dos mutantes, e um dos melhores filmes dos Filhos do Átomo no cinema.

O Exterminador do Futuro pode estar fadado às diversas continuações puramente comerciais atualmente, mas na época em que o primeiro filme foi lançado, em 1984, tínhamos em mãos o potencial para uma excelente franquia de ficção científica e ação estrelada pelo carismático Arnold Schwarzenegger.

Em 1991, James Cameron resolveu lançar uma continuação, intitulada Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final. O longa trouxe o T-800 de Schwarzenegger como aliado de Sarah Connor, em vez de vilão, e acabou transformando-o em um ícone do cinema de forma ainda mais avassaladora que o primeiro filme fizera. Hasta la vista, baby.

Outro filme de James Cameron na lista, Aliens: O Resgate serviu para criar algo extremamente novo em uma franquia iniciada pelo já fantástico Alien: O Oitavo Passageiro. A trama conta a história de Ripley após ter sofrido o ataque do Xenomorfo, que dizimou toda a população de sua nave.

Aqui, ela deve resgatar uma menina em um planeta desolado, enquanto foge de uma colônia de Aliens e da própria Rainha. O filme deixou um pouco de lado o horror do primeiro para se focar mais em uma trama de ação e isso rendeu uma continuação espetacular, que é um verdadeiro exemplo do que se fazer em um mercado de sequências.

Após anos sem filmes do Cruzado Encapuzado por conta de desastres como Batman Eternamente e Batman & Robin, o aclamado diretor Christopher Nolan veio para mudar a história do personagem com Batman Begins. Com uma proposta muito mais realista e centrada, o filme buscava apresentar uma nova roupagem para o personagem.

E após a história de origem ter dado muito certo, a Warner investiu em um segundo filme, chamado Batman: O Cavaleiro das Trevas. O longa é considerado um dos melhores filmes já feitos, principalmente graças à brilhante interpretação de Heath Ledger no papel do Coringa, que é tido como o vilão definitivo de filmes de super-heróis.

Posteriormente rebatizado de Episódio IV: Uma Nova Esperança, o primeiro filme de Star Wars foi um verdadeiro marco para a história do cinema, apresentando personagens de uma franquia que viria a se tornar uma referência mundial de ficção científica e até mesmo fantasia. Porém, o filme seguinte veio apenas para melhorar sua reputação.

O Império Contra-Ataca é até hoje visto como o melhor da saga por diversos fãs. É um filme mais maduro, mais sério e feito com um orçamento e uma perícia maiores, o que lhe rendeu prêmios e elogios. Além disso, o longa possui uma das cenas mais memoráveis da história do cinema: a revelação final sobre o parentesco entre Luke Skywalker e Darth Vader.

Tudo bem que o novo filme de Blade Runner não tem uma cena tão memorável e histórica para o cinema quanto o diálogo sobre lágrimas na chuva. Ainda assim, como filme, Blade Runner 2049 se provou uma continuação à altura - e até mesmo um pouco melhor - que o original Blade Runner: O Caçador de Androides de 1982.

Com as mãos do elogiadíssimo Denis Villeneuve, o novo filme expande conceitos do longa original e traz um trabalho artístico impecável. E se você ainda duvida sobre como a sequência pode ser melhor que o original, basta dizer que esse filme não tem diversos cortes alternativos que pioram ou prejudicam o entendimento da trama.