Paul Colt McEnroe Bettany nasceu no dia 27 de Maio de 1971, em Londres.

Ele vem de uma família de artistas. Sua mãe, Anne Kettle, é cantora e professora de teatro. Seu pai, Thane Bettany, é dançarino e ator.

Como seu pai era professor na escola para garotas de Queenswood, a família vivia no campus.

Quando Paul tinha 16 anos seu irmão mais novo, Matthew, caiu de cima de uma construção, dentro da própria escola, e acabou falecendo. Isso desestruturou a família e alterou a vida de Paul para sempre.

Com a morte de seu irmão, que tinha apenas oito anos, Paul tentou encontrar o conforto na religião.

Sua família cresceu embasada no catolicismo, mas Paul começou a questionar os ensinamentos da igreja. Ele converteu-se à Igreja Metodista da Inglaterra, juntamente com seu pai, mas acabou tornando-se ateu.

Paul saiu de casa pouco tempo depois da morte de seu irmão. Ele passou a morar sozinho e pagava o aluguel de um pequeno quarto em Londres com os trocados que recebia tocando violão nas ruas da cidade.

Seus pais acabaram se divorciando dois anos após a morte de Matthew.

Paul abandonou o colégio quando saiu de casa.

Depois de alguns anos como músico de rua, ele arranjou trabalho em um asilo para idosos e costumava entreter os moradores com peças improvisadas.

Isso o estimulou a procurar uma companhia de teatro. Bettany foi aprovado no Centro de Dramaturgia de Londres, onde permaneceu durante três anos. Mais tarde, ele se uniu à Royal Shakespeare Company.

Seu primeiro trabalho no teatro foi no papel de Eric Birling na peça An Inspector Calls, que conta a história de um investigador tentando descobrir o culpado pelo assassinato de uma garota grávida.

Paul tinha apenas 19 anos, mas sua interpretação chamou a atenção de outras companhias de teatro. Ele também atuou em peças clássicas como Romeu e Julieta e Julio Cesar.

Logo, Paul começou a fazer pequenas figurações em séries de TV, atuando ao lado de grandes nomes como Sean Bean, Jude Law e Ian McKellen.

Seu primeiro grande papel, no cinema, foi no filme Gangster No. 1. Ele protagonizou a trama ao lado de Malcolm McDowell e foi indicado a Melhor Ator, pela British Independent Film Awards, e a Revelação do Ano, pela London Film Critics' Circle.

Depois de uma estreia impressionante nas telonas, Paul decidiu fazer o teste para o papel do protagonista de O Devorador de Pecados, filme dirigido por Brian Helgeland.

Brian ficou impressionado com a audição de Bettany, mas a produção acabou escolhendo Heath Ledger para protagonizar o filme.

O diretor estava tão decidido a trabalhar com Paul Bettany que decidiu engavetar O Devorador de Pecados e trabalhar em Coração de Cavaleiro.

Ele desenvolveu um personagem exclusivamente para o ator britânico e acabou contrariando o próprio estúdio.

Paul Bettany interpretou Geoffrey Chaucer, alívio cômico do filme e apostador compulsivo.

Apesar da relutância inicial da Columbia Pictures, Bettany foi bastante aclamado após a estreia da produção e levou pra casa o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante, pela London Film Critics' Circle.

Depois de ver o desempenho do ator em cena, Brian Helgeland ficou ainda mais impressionado com Paul Bettany e decidiu apadrinhá-lo dentro de Hollywood.

Helgeland sabia que seu amigo, Ron Howard, estava trabalhando em um novo filme e mostrou a fita das audições de Bettany para o companheiro de trabalho.

Howard também se empolgou com o teste do ator e o escalou para viver Charles em Uma Mente Brilhante, que acabou conquistando o Oscar de Melhor Filme em 2002.

Paul conheceu a atriz Jennifer Connelly nas gravações de Uma Mente Brilhante. Naquele ano, a atriz conquistou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante.

Eles se casaram em Janeiro de 2003, na Escócia.

Atualmente, o casal vive no Brooklyn com Kai, filho de Jennifer com Billy Campbell, e Stellan e Agnes, filhos do casal.

Um de seus papéis mais marcantes foi como o monge da Opus Dei, Silas. Um personagem com cenas chocantes.

A igreja católica promoveu um boicote ao filme, mas não afetou os USD$760 milhões que o filme rendeu nas bilheterias ao redor do mundo.

Até mesmo a Organização Nacional para o Albinismo e Hipopigmentação dos Estados Unidos foi contra o personagem, afirmando que ele promovia uma imagem negativa dos albinos.

Apesar disso, o desempenho do ator foi bastante aclamado e até mesmo despertou o interesse da Warner, que cogitou o ator para interpretar o Coringa em Batman: O Cavaleiro das Trevas.

Parece que Bettany tinha uma certa maldição em sempre perder papeis para Heath Ledger.

Paul emprestou sua voz ao sistema de inteligência artificial que auxilia Tony Stark nos filmes do Homem de Ferro e nos Vingadores.

"Eu não sabia que estava num filme de super-herói. Eu gravei um filme com o Jon Favreau e um dia ele me ligou e pediu para eu gravar algumas falas e eu concordei. Eu não sabia para o que era. Foram duas horas numa cabine de gravação. Entrei e gravei com o Jon. Gravei todas as falas e fui pra casa. Agora, sou um herói para os meus filhos!"

Quando as notícias sobre Vingadores: Era de Ultron começaram a surgir, os fãs ficaram entusiasmados com a presença dos irmãos Maximoff, que já haviam sido mostrados na cena pós-créditos de Capitão América: O Soldado Invernal.

Quando foi anunciado que Paul Bettany daria vida ao sintozoide Visão, a empolgação mudou de lado.

Bettany interpretou um dos personagens mais interessantes já apresentados no Universo Cinematográfico Marvel e, de acordo com o que vimos em Capitão América: Guerra Civil, seu desenvolvimento e o relacionamento com a Feiticeira Escarlate devem ser ainda mais explorados nos filmes que vem por aí.