Publicado pela Dark Horse, o personagem foi criado por Mike Richardson em 1982, mas a história é bem diferente da apresentada no filme.

Nos quadrinhos, a máscara era um artefato vudu, feito de jade, que dava ao seu portador poderes mágicos permitindo que ele realizasse todos os seus desejos.

Mas, depois de realizar as vontades de seu dono, a máscara começava a controlar suas ações e destruir sua vida. O Big Head - como era conhecido quem usava a máscara - se tornava violento e sombrio e, geralmente, a história terminava com a morte do protagonista e um novo personagem encontrando a máscara.

Originalmente, o diretor Chuck Russell planejava incluir uma cena que serviria de prólogo para toda a trama da máscara e seu significado.

Durante o filme, descobrimos que o artefato de madeira abrigaria o espírito do próprio Loki, o deus nórdico da trapaça, por isso quem a utiliza ganha tanto poder.

O início do filme mostraria uma embarcação viking chegando até a costa dos Estados Unidos e colocando a máscara em um baú para depois enterrá-lo na praia e partirem deixando o objeto pra trás.

Isso explicaria a cena que vimos na edição final do filme, que mostra uma escavadeira atingindo e abrindo um baú e liberando a máscara que, mais tarde, seria encontrada por Stanley Ipkiss.

Esta cena foi incluída no DVD do filme.

Originalmente, Tina Carlyle seria interpretada pela atriz Anna Nicole Smith, mas enquanto saíam de uma agência de modelos procurando figurantes para o filme, os produtores se encantaram com a beleza de Cameron Diaz e decidiram apostar na loira.

O único problema é que Cameron não sabia atuar! Ela teve aulas de teatro e só depois de 12 audições foi aprovada para o papel... 1 semana antes do início das gravações.

A atriz não teve tempo para ter aulas de canto e sua voz, durante sua apresentação no Coco Bongo, foi dublada por Susan Boyd.

Se você parar pra pensar, vai reparar que Jim Carrey não costuma trabalhar em sequências.

O ator afirma que atuação para ele é muito mais do que simplesmente entrar em cena e receber por isso, ele precisa de um desafio. E geralmente, reprisar um papel não é um desafio.

Para gravar O Máskara, Jim Carrey recebeu 450 mil dólares e negou o aumento de mais de 20 vezes pelo retorno.

Em lugar da continuação, os estúdios resolveram apostar em O Filho do Máskara, uma das piores sequências de todos os tempos!

E foi essa semelhança que convenceu o ator a interpretar o personagem!

Mesmo nas histórias em quadrinhos, Stanley Ipkiss é fissurado nos famosos Cartoons Americanos, daí vem toda a criatividade de seu Big Head em usar marretas gigantes e buzinas escandalosas como armas.

A personalidade de Stanley, no filme, foi inspirada em diversos personagens como Taz (quando se movimenta como um tornado), Pepe Le Gambá (quando flerta com Tina), Pernalonga (quando finge morrer nos braços dos bandidos) e no lobo de Tex Avery (no Coco Bongo).

Inclusive, Stanleyestá assistindo à animação Red Hot Riding Hood, de Tex Avery, em seu apartamento, no começo do filme.

E Jim Carrey é o dono!

O Máskara foi muito bem recebido pelo público e pela crítica. Jim Carrey percebeu a popularidade de tudo relacionado ao filme: brinquedos, roupas, desenhos animados… e decidiu inaugurar a boate Coco Bongo, em Cancún.

O clube é um dos locais mais visitados durante o Spring Break e com preços bem acessíveis é um grande atrativo para os turistas.

Lá dentro, o visitante encontrará shows de música e dança, apresentações teatrais e, logicamente, muitas e muitas doses de tequila.

Jim Carrey admitiu que se inspirou em seu pai para criar a persona do Máskara, além do terno amarelo-banana ter sido ideia do ator.

Quando iniciou sua carreira como comediante, Jim Carrey pediu que sua mãe lhe fizesse um terno amarelo para que o público desse risada antes mesmo dele abrir a boca. A ideia combinou tanto com o personagem que o traje foi levado do filme para os quadrinhos.

Originalmente, Carrey não falaria nas cenas em que aparece usando as próteses na boca para imitar o largo sorriso das HQ's. Mas o ator passou a usar a dentadura no dia-a-dia e acostumou-se a falar com ela, deixando suas cenas ainda mais hilárias.

Inclusive, a cena em que o Máskara tira uma camisinha do bolso e diz: “Desculpa, bolso errado!” foi improvisada pelo ator e arrancou gargalhadas da equipe envolvida na gravação.

No filme, Tenente Kellaway é o oficial que atormenta a vida de Stanely Ipkiss, investigando o protagonista e tentando provar que ele realmente é o Máskara.

Um chato, pra falar a verdade…

Mas nos quadrinhos, Kellaway usou a Máskara e foi um dos Big Heads mais interessantes da história do personagem.

Durante seu arco, o policial conseguiu realizar seu desejo: limpar a cidade da criminalidade. Kellaway tornou-se um justiceiro impiedoso e matava quem ousasse infringir a lei, mas foi ficando cada vez mais violento e sádico.

Enquanto lutava contra o vilão Walter (sim, aquele grandão que aparecia nos desenhos animados e parecia com o Tropeço da Família Adams), Kellaway foi cercado pela polícia e acabou atacando seu parceiro.

Depois disso, o tenente retirou a máscara e a enterrou, prometendo nunca mais usá-la.

No filme, o protagonista é chamado de Máskara, já nas HQ’s, quem usa a máscara é conhecido como Big Head.

Stanley Ipkiss é retratado por Jim Carrey como um homem de coração bom que usa a máscara para seu próprio bem, mas que se sacrifica para tentar ajudar os outros.

Nas HQ’s, Ipkiss é corrompido pela máscara e só quer saber de vingança para com aqueles que zombavam dele quando não tinha poderes sendo, inclusive, assassinado por sua namorada no final da história.

No filme, a máscara dá a Stanley a capacidade de alterar a realidade e fazer praticamente o que quiser. Nas HQ’s a máscara tem a capacidade de alterar a percepção da realidade.

O objeto pode controlar o que as pessoas pensam, mas não necessariamente é capaz de criar uma nova realidade. Apesar disso, o Big Head tem poder de conjurar feitiços e criar objetos, além de ter um fator de cura acelerado enquanto estiver usando a máscara.

Mesmo com as diversas diferenças, o filme ainda utilizou elementos do arco de Stanley Ipkiss das HQ’s, como a parte em que o personagem se vinga dos mecânicos que zombavam dele, a cena em que o personagem rouba o banco, além da paixão pelos desenhos, que já comentamos anteriormente.

Como todo bom personagem das histórias em quadrinhos, o Máskara já participou de diversos crossovers e provavelmente os mais notáveis sejam com Lobo e com o Coringa.

Nós não entregaremos o final das HQs, mas em Lobo & The Mask, O Maioral é contratado para eliminar uma ameaça que pretende destruir o universo. Lobo acaba vindo parar na Terra, onde conhece Big Head.

Mas é claro que em algum momento, Lobo acabaria colocando o artefato e espalhando o caos pelo universo!

Já em Joker Mask, o Coringa encontra a máscara em um museu de Gotham e sem saber de seu poder resolve usá-la para pregar mais uma peça no Batman. Ali nasce um dos seres mais poderosos que já foi visto nas histórias em quadrinhos.

É interessante ressaltar que a máscara desperta os desejos mais inibidos nas pessoas e consegue transformá-los em realidades, mas o Palhaço do Crime não tem desejos inibidos. Ele simplesmente continua com a mesma insanidade, mas seus poderes são elevados a um nível absurdo.

Tenente Kellaway e Batman unem forças para tentar deter o Big Head dos Big Heads e o final da trama é surpreendente.