10 coisas que você talvez não saiba sobre o filme cancelado do Batman!
10 coisas que você talvez não saiba sobre o filme cancelado do Batman!
Antes da trilogia Cavaleiro das Trevas vir à tona, um Batman muito mais sombrio e violento quase ganhou as telonas nas mãos de Darren Aronofsky, diretor do já aclamado “Mãe!” e Frank Miller.
Pois é, galera, quase recebemos uma versão MUITO diferente do Homem-Morcego na década passada. Antes de Batman Begins, Aronofsky e Miller estavam trabalhando em um projeto bem peculiar para uma nova franquia do Morcegão, mas acabou sendo engavetado e, então, chegou a vez do Nolan brilhar.
Para entender um pouco mais sobre essa proposta beeem fora da casinha, separamos aqui 10 coisas que você talvez não saiba sobre o filme cancelado do Batman! Se prepara, porque é uma viagem bem complexa e nem toda ela é por Gotham.
Imagens: Divulgação
Darren Aronofsky e Frank Miller
Primeiro de tudo, o projeto começou antes de Batman Begins sequer existir. Aronofsky estava trabalhando com Miller para adaptar outra HQ do autor, Ronin e acabou chamando a atenção da Warner Bros nesse meio tempo.
Essas eram as épocas que o último filme do Morcegão tinha sido o infame Batman & Robin, de 97, e os X-Men estavam reinventando o cinema de super-heróis. Tudo isso influenciou o estúdio para uma pegada mais sombria e “realista” do Batman - que foi o que aconteceu, no final das contas - e aí surgiram Miller e Aronofsky com sua primeira ideia.
Clint Eastwood?
Esse filme tomou duas direções bem distintas com o tempo. A primeira intenção de Aronofsky era fazer um longa inspirado nos quadrinhos de "O Cavaleiro das Trevas" do Frank Miller, com o Batman mais velho e sanguinário. Inspirado, não uma adaptação.
Nessa versão, não teríamos Gotham. O longa se passaria em Tóquio e esse seria um Batman brutão. A ideia era, ainda, de que a trama se passasse nos anos 70 e que o Morcego fosse interpretado por ninguém menos que Clint Eastwood.
Batman: Ano Um
Esse plano foi abandonado, porém, quando o diretor decidiu que seguiria outro quadrinho do Miller: "Batman: Ano Um". No fim, isso foi mantido como a ideia principal para o projeto que foi levado em frente depois.
A trama desse filme levaria muito do cânone do Batman em conta, como o assassinato dos Wayne, teria Gotham e tudo mais. Porém, várias mudanças viriam junto.
No lugar de ser deixado com a herança de seus pais, Bruce perderia todo seu dinheiro, iria parar nas ruas e seria resgatado por esse personagem chamado “Big Al” e criado junto de seu filho, o “Pequeno Al”, que eram donos de uma mecânica.
Taxi Driver em Gotham
Uma grande inspiração para essa adaptação do Morcego era Taxi Driver. Crescendo pobre e conhecendo as ruas de Gotham, Bruce seria muito parecido com o Travis Bickle do De Niro, ficando cada vez mais enojado pelo que via se desenrolando na cidade.
Nisso, ele se torna um vigilante, mas nada parecido com o Batman. Até que ele conhece uma prostituta chamada Selina Kyle, que o convence que ele deve mirar mais alto: no que acontece no alto escalão de Gotham.
A origem do nome
Até o codinome do Bruce vem de uma maneira bem peculiar. Em suas noites como vigilante, ele sempre usava um anel do seu pai onde estavam gravadas suas iniciais: TW de Thomas Wayne.
Quando socava alguém com a mão do anel, ele acabava deixando o alvo marcado com aquele sinal, que lembrava um morcego. Por conta disso, a mídia de Gotham começa chamá-lo de “O Batman” e ele acaba adotando o nome por gostar de como soava.
Uma versão muito mais obscura
Isso pode parecer chocante, mas Aronofsky queria ir em uma direção ainda mais obscura que a de Miller. Em uma entrevista, o autor chegou a declarar que o seu Batman era bonzinho demais para o diretor.
Isso se aplica no filme todo; Gotham seria mais corrupta que nunca, Jim Gordon seria completamente problemático e o filme, em si, seria um banho de violência.
Mulher-Gato
Isso sem contar a Mulher-Gato. Como falamos lá atrás, ela teria um papel fundamental na “criação” do Batman. E essa Selina Kyle seria algo bem, bem mais pesado do que estamos acostumados a ver - e olha que já vimos a roupa semi-sadomasoquista da Michelle Pfeiffer.
Nessa história, ela não é só um prostituta, mas uma cafetina mais conhecida por seus dons como dominatrix. Inclusive, no final do filme ela estaria sendo construída para ser a vilã de uma possível continuação.
Joaquin Phoenix como Batman?
E depois de pensar no Clint Eastwood para o filme inspirado em O Cavaleiro das Trevas, para Batman: Ano Um, Aronofsky tinha um ator específico em mente para o papel do Morcego.
Em entrevista para o Yahoo, o diretor afirmou que sempre imaginou o Joaquin Phoenix como o Batman de seu filme. Acham que seria uma boa escolha - pra esse roteiro, pelo menos?
O Coringa
Bom, com o Batman na jogada, temos que tocar no assunto do rival. Se esse filme tivesse saído no lugar de Begins, ainda teríamos o Coringa? Possivelmente sim.
Em uma das cenas, o Jim Gordon faria uma visita para o Asilo Arkham e passaria pela cela do Coringa, deixando a existência do vilão armada para a sequência.
Cancelamento
No fim das contas, por que esse filme foi cancelado? Por incrível que pareça, os executivos da Warner tinham gostado mais da primeira versão, com o Clint Eastwood e tudo mais, e acabaram desapontados quando descobriram que o diretor mudou tudo.
Depois, o estúdio queria algo que pudesse vender para as crianças também e esse filme era sombrio demais. Aronofsky tinha tirado até a possibilidade de fazer brinquedos da coisa toda.
Se daria certo ou não, quem sabe. Não podemos dizer que não seria uma tentativa interessante de tomada do Batman, porém.