Primeiramente, é preciso esclarecer que X-Men: Apocalipse não é uma continuação direta dos eventos de X-Men: Dias de um Futuro Esquecido. Mesmo que a história se esforce para culminar a relação entre Charles Xavier, Raven Darkholme e Erik Lehnsherr, há um espaço de 10 anos entre os filmes e muitas coisas fora de tela aconteceram nesse tempo.

Tais acontecimentos vão desde a criação de um novo projeto Arma X até a reabertura do Instituto Xavier Para Jovens Superdotados.

Um grande acontecimento do filme anterior que influencia a trama e os personagens de X-Men: Apocalipse é episódio onde a Mística salva o presidente dos EUA, que estava prestes a ser assassinado pelo Magneto. Mutantes do mundo todo passam a ver a Mística como um símbolo de liberdade e representatividade. Uma heroína.

A partir daí, humanos passaram a ser mais toleráveis com mutantes e isso permitiu um convívio harmônico entre as pessoas. No entanto, o fato de não haver guerra não significa que há paz, e essa é visão que a Mística tem do mundo.

No novo filme, Erik está com 49 anos e Charles está com 47, Raven está com 45, mas devido a sua genética mutante ela tem o envelhecimento retardado. Ainda dos filmes anteriores, Hank e Moira também estão na faixa dos 40, enquanto Alex Summers está com 36 anos. O Mercúrio, por sua vez, está com 26.

Quanto aos novatos, todos eles têm entre 16 e 17 anos.

Depois resgatar o Magneto da prisão no pentágono em X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido, Peter descobriu que Erik é seu pai biológico, mas nunca teve a chance de revelar esse segredo. Em X-Men: Apocalipse, uma das motivações do Mercúrio é reencontrar seu pai.

Desde que Charles permitiu que Erik fugisse em X-Men: Dias de um Futuro Esquecido, o mestre do magnetismo aprendeu uma valiosa lição e passou a conviver em harmonia com os humanos. Nesse meio tempo entre os filmes, Erik se casou e teve uma filha.

Junto com o Fera, Charles dedicou os últimos dez anos a pedagogia, reabrindo o Instituto Xavier e abrigando dezenas de alunos. Neste momento, a escola não é uma instituição paramilitar, e apenas ensina seus alunos a como controlar seus poderes e viver em harmonia com os humanos.

Depois que seu ato heroico foi exibido em rede nacional, a Mística voltou às suas atividades como salvadora de mutantes. Desde então, ela tem rodado o mundo atrás de pessoas com poderes que estão sendo maltratadas.

Ela é vista como uma heroína, mas não se julga digna do título, isso a fez parar mostrar sua forma natural o tempo todo, além de se sentir muito desconfortável quando alguém a reconhece.

Um dos primeiros atos da Mística depois de salvar o presidente foi resgatar o Wolverine. Para isso, ela se passou por William Stryker, como mostrado na cena pós-créditos de Dias de um Futuro Esquecido, e o fez perder o rastro do mutante canadense.

Stryker, então, começou a caçar Logan como um animal, até que em algum momento entre 1973 e 1982 ele o encontrou e deu inicio ao Projeto Arma X.

Um grande trunfo de X-Men: Apocalipse é ser ambientado nos anos 80, uma era de ouro para a equipe mutante nos quadrinhos. O longa é cheio de referencias, citações e easter-eggs da época, inclusive em seus momentos de metalinguagem.

A maior virtude do filme, no entanto, é encontrada nos novatos. Apesar da relação entre eles ser desenvolvida as pressas, a interação dos jovens mutantes com a trama principal é muito bem construída.

X-Men: Apocalipse não é uma sequencia direta de seu antecessor, mas sim o reinicio de grandes personagens da Marvel, aqueles que formaram a maior equipe das histórias em quadrinhos.