O droop, ou seja, aquele item que o bichinho deixa cair quando morre, nem é a coisa mais importante do Ragnarok Online. Mas assim como a maioria dos MMORPGs, um equipamento ou carta certas, fazem uma baita diferença na hora de deixar seu personagem do jeitinho que você quer. Então a primeira vez que você conseguiu um item que queria muito...cara! Dá até uma felicidade só de lembrar, né?!

E você se lembra qual foi o seu?!

(Obs.: Claro que a imagem foi uma piada!)

Particularmente acho que a grande graça do Ragnarok Online é justamente que você começa o jogo, com itens básicos e o mundo inteiro pela frente. Não existem quests que vão te guiando através dos mapas. O mundo está ali e você tem que fazer sua história. Do seu jeito. E muita gente errou no processo, e teve que começar tudo de novo. Mas isso não é algo ruim. Faz parte da aventura.

E como Ragnarok é um jogo bem antigo, em uma época que o costume de pesquisar sobre os jogos na internet não eram tão grande assim, quando você tinha uma dúvida no joguinho (basicamente o tempo inteiro), você parava um outro jogador na rua e...perguntava. E por incrível que pareça existia muita gente disposta a ajudar.

E era desse jeito que você fazia grandes amigos no Ragnarok, perguntando, respondendo e conversando com outros jogadores. As vezes completos estranhos a princípio, mas que mais para frente se tornariam grandes amigos.

"Hey, como chego em Prontera? Pode me ajudar?" "Claro! Me segue, eu te levo até lá."

E assim você passava horas e dias do lado dessa pessoa. Quem nunca?!

Ragnarok é um jogo muito parecido com a vida. Nada é simples. Especialmente se você quiser muito que dê certo. É complicado, trabalhoso, você abre mão de horas importantes da sua vida e é incrivelmente difícil se destacar. Maaaaaas, é muito divertido, apesar de difícil, vale a pena e é melhor ainda se você fizer tudo com a companhia dos seus amigos.

Agora as builds...cara...respira fundo porque você pode passar um pouco de raiva aqui. É preciso contar atributos, habilidades, equipamentos, cartas, aprimoramento, muita pesquisa, uma baita sorte e um dinheiro desgramado para conseguir tudo isso e ainda por cima é bem capaz de você errar a primeira vez e ter que fazer tudo de novo. (...umas duas vezes)

Prontera é a grande 25 de Março do Ragnarok. É uma cidade linda, mas toda hora você esbarra em um vendedor. E não me entenda mal, isso faz parte do que é a cidade. Cada uma tem sua personalidade dentro de Rune Midgard.

Agora tem coisa mais gostosa, de quando você finalmente consegue juntar um bom dinheiro, você passear pelas lojinhas da cidade olhando tudo que você pode gastar?! (E perceber que você não tem o bastante para comprar tudo que quer?! Eu disse que era quem nem a vida)

A trilha sonora do jogo é incrível. E depois de tantos anos que o jogo existe, se colocar para tocar no meio de um monte de jogadores e ex-jogadores, você irá perceber que ela também é muito nostálgica. Bate direitinho no seu coração e não importa quanto tempo passe, você sabe direitinho de onde é cada música, não é?!

As guerras que acontecem no servidor, em que os clãs batalham para conquistar castelos são no mínimo....caóticas.

Elas rolam até hoje. Mas em uma época em que todo mundo jogava Ragnarok em um computador um pouco melhor do que algumas calculadoras de hoje em dia, era surreal como os personagens conseguiam se movimentar. Todo mundo precisava desligar os efeitos e se esforçar para entender o que estava acontecendo. Mas mesmo assim era uma delícia, não é?!

A história do Ragnarok é muito rica e cheia de detalhes. Tanto que os jogadores se sentiam a vontade de criar suas próprias histórias dentro do jogo e se divertir as interpretando. Diversos clãs eram montados em volta dos RolePlays (interpretação dos personagens) e os jogadores viajavam o mundo, vestindo suas armaduras e histórias.

O jogo permite, não só você se tornar um poderoso guerreiro, ou um incrível forjador de armas, como também se casar e ter filhos. Sim! O jogo te permitia formar uma família. Não era nada parecido com Second Life ou The Sims, mas durante uma hora você desfilava pelas cidades vestidos de noivos e os personagens que topassem ser adotados ficavam com um tamanho reduzido e ganhavam algumas habilidades exclusivas de crianças adotadas.

Era bem bonitinho e muito legal!

Mais que tudo Ragnarok é um jogo repetitivo. Você mata muitos bichos, por muitas horas, para fazer pouca experiência. E isso pode parecer frustrante para quem escuta de fora, mas para quem joga, por incrível que pareça, não é.

Especialmente por ser um jogo tão sociável, você acabava passando mais tempo se divertindo conversando com os amigos, morrendo, brincando, melhorando suas habilidades de jogo, que se esquecia que estava ali durante horas fazendo a mesma coisa. Ragnarok tinha essa magia. E ainda tem para aqueles que continuam no jogo. O importante sempre é a experiência e a companhia, e isso é algo que não faltava nesse MMORPG.