Ao fim emocionante da primeira temporada, infelizmente, tivemos que nos “despedir” da nossa heroína, a pequena Onze. Mas chegando nos últimos minutos do episódio, o xerife Hopper deixa um Waffle em uma caixa misteriosa, dando a entender que talvez ela ainda esteja viva. Então, quem sabe, na próxima temporada, nós não tenhamos a resposta definitiva se Onze está viva ou morta, ou no Mundo Invertido. Talvez, se ainda estiver viva, ela volte com mais controle sobre seus poderes, já que estará um pouquinho mais velha.

Outra coisa que nos deixou de cabelos em pé logo nos momentos finais do último episódio, foi que Will ainda estaria cuspindo alguns vermes e tendo visões da outra dimensão, mesmo depois de resgatado do Mundo Invertido. Todos nós esperamos algumas respostas sobre isso. Por exemplo: Estaria Will apenas ficando louco e imaginando coisas? Ou será que seu tempo no Mundo Invertido realmente o afetou, biologicamente falando? Poderíamos, inclusive, ver Will se tornando um novo “vilão” nessa temporada ao se transformar em mais um “Demogorgon”.

Quando nós temos uma personagem que se identifica apenas por um número tatuado em seu pulso, já imaginamos que ela seja nada mais do que uma cobaia de experimentos como acabou se provando verdade. Mas quando esse número é onze, você se pergunta: onde estão os outros 10? Poderíamos saber mais sobre a história desse projeto que criou a Onze e os predecessores dela. Além disso, poderíamos acabar vendo uma história meio Wolverine e o projeto Arma-X, o que acarretaria em outras cobaias (talvez um 12 ou uma 13) que também tenham poderes como a Onze.

Uma das coisas mais incríveis sobre a série é que ela apresentou pra você uma dimensão paralela completamente nova e complexa, pelo ponto de vista de 3 crianças usando Dungeons and Dragons, a explicação de um professor de escola primária e o relato de uma garota que não sabia nem falar direito. E ainda assim você entendeu o básico para aceitar o Mundo Invertido. Porém agora na segunda temporada, podemos explorar muito mais sobre essa dimensão tão perigosa, com conceitos realmente científicos e explicações mais elaboradas.

Na primeira temporada, o núcleo dos adolescentes teve sim sua importância na série, principalmente Nancy e Jonathan. Ainda assim foi um núcleo um tanto quanto apagado, com razão, afinal o foco deveria estar na mãe de Will e nas crianças. Porém, agora que estão todos no mesmo barco e com o mesmo nível de entendimento das coisas, os adolescentes da série podem ter tanta importância quanto as crianças e ganharem tramas mais significativas.

Ok, assim como o mundo invertido, foi simplesmente demais ver uma criatura extra-dimensional extremamente poderosa ser apresentada para o público como Demogorgon, que é um monstro de Dungeons and Dragons. Mas em momento algum nos foi dito o nome real da criatura, ou o que ela de fato é. Ou seja, também podemos estar caminhando para uma apresentação mais “formal” do Demogorgon, já que precisaremos entendê-lo para entender o que está acontecendo com Will.

Isso é praticamente certo, inclusive os próprios diretores da série já confirmaram que iremos presenciar isso acontecendo. Não sabe o que é o efeito Harry Potter? É o fato de que iremos acompanhar, aos poucos, o crescimento dessas crianças, sua jornada pela escola e pelas coisas da vida infantil e adolescente… Enquanto uma criatura de outra dimensão tenta matar todo mundo.

Se tem uma coisa que as pessoas simplesmente amaram na primeira temporada, foram as referências aos clássicos dos anos 80. Mas muita coisa que ficou na memória, dessa saudosa época, ainda pode ser abordado na série. Então podemos esperar que a segunda temporada mantenha esse espírito. Apenas precisamos rezar para que eles não exagerem nas referências e a série não as use como uma “Muleta”.

Eu sei, eles são crianças, não é a coisa mais certa ficar incentivando e esperando um relacionamento entre os dois. Mas como foi dito no item do efeito Harry Potter, iremos acompanhar o crescimento das crianças, incluindo o primeiro amor (já teve o primeiro beijo). E essa paixãozinha, infantil que todos nós já tivemos, pode ser um pouco mais explorada de várias maneiras caso Mike venha a reencontrar Onze. Até porque, para a Onze, tudo é muito novo no campo dos sentimentos e das definições. Seria muito interessante embarcar nessas coisas, tão rotineiras para nós, pelo olhar curioso da Onze.

No último episódio nós vimos Hopper entrando dentro de um carro misterioso e sumindo com outros homens de terno. Depois de presenciar tudo o que presenciou, dificilmente teremos o Xerife Hopper fingindo que nada aconteceu. Muito provavelmente, teremos o personagem um pouco mais envolvido com o projeto que criou Onze e, certamente, ele fará isso sem que ninguém saiba.