Se na primeira temporada tínhamos um clima ameno, uma inimizade passiva entre os deuses antigos e os novos, a trégua foi claramente rompida ao final da primeira temporada. A guerra fria entre os deuses acabou de esquentar, e as consequências podem ser enormes, se refletindo na trama da série que, segundo os produtores, será bem mais acelerada do que a primeira.

Segundo o próprio produtor Bryan Fuller, o arco de Shadow Moon sofrerá grandes alterações na segunda temporada. Se na primeira o personagem era uma presença passiva entrando em um mundo desconhecido, agora Shadow é um crente, mudando sua dinâmica de relacionamento com o universo dos Deuses. O personagem deverá ser mais imponente e participativo nas tramoias divinas, ainda que não menos carismático.

Um dos conflitos do final da temporada foi o encontro entre Laura Moon e Odin, o deus responsável por sua morte que havia recrutado Mad Sweeney para mantê-la morta.

Certamente, podemos esperar disputas pela confiança de Shadow. Por um lado, Odin matou sua esposa querendo ter Shadow para si. Por outro lado, Laura traía constantemente Shadow com seu melhor amigo quando viva. Essa nova dinâmica certamente garante diálogos afiados e argumentos inflamados entre os personagens.

Bilquis é parte integrante do panteão de deuses antigos, voltando à relevância graças a um aplicativo de relacionamentos fornecido pelo deuses modernos. Agora, ela deve agir como agente dupla em uma reunião dos antigos deuses, sugerida no fim da primeira temporada. Será que Bilquis permanecerá fiel aos deuses modernos ou será coagida a voltar para suas raízes?

Os produtores confirmaram que existirá uma linha de história dedicada para Laura e Bilquis na segunda temporada, devido a amizade das atrizes nos bastidores. Será que Laura terá uma participação nas escolhas de Bilquis como uma infiltrada dos Deuses Modernos? Qual será a dinâmica entre as personagens?

No livro de Gaiman, a casa na pedra é um local onde os deuses antigos se reúnem. O local já é sugerido no final da primeira temporada, com o ônibus de Bilquis passando por um letreiro que informa sua proximidade.

Vale apontar também que a localização da Casa na Pedra para a série já foi decidida. Na imagem, o escritor do livro, Neil Gaiman cavalga um tigre com cabeça da águia, a mesma montaria de Shadow no carrosel da casa em um capítulo do livro.

Na obra de Gaiman, a casa é construída por Alex Jordan em um terreno que não é seu. Pessoas começam a observar a construção e Alex passa a cobrá-las. Com esse dinheiro, ele constrói algo ainda maior para as pessoas observarem.

Se a adaptação seguir o livro em alguns aspectos dessa sequência, podemos esperar muita psicodelia e visuais impactantes, além de um conglomerado de figuras excêntricas provenientes das mais diversas religiões, incluindo alguns velhos amigos...

Na primeira temporada, vemos o esforço de Odin em recrutar Czernobog para sua causa. O deus das trevas eslavo aparece em dois episódios e sua falta é sentida, graça a sua presença intimidadora e diálogos provocativos. A mesma situação ocorre com Sr. Nancy, um personagem que exala carisma e sagacidade. Ainda que presente por pouco tempo nessa primeira temporada, Nancy já conseguiu emplacar um bordão na série e mal podemos esperar pra ver mais dos personagens na segunda temporada.

Se seguirmos o livro, eles estarão na Casa na Pedra.

O fato de Ostara ter roubado a primavera é um ato de rebelião contra os Deuses Modernos que pode gerar sérias consequências. Certamente queremos mais de Ostara e, se ela manter a força imponente do final da primeira temporada, teremos um espetáculo à parte.

O ator inglês Jonathan Tucker é conhecido por seu trabalho excelente em diversos projetos, então não acharam que seria só uma ponta que ele faria em Deuses Americanos, não é? Se o nome do personagem for verbalizado, pode estragar a surpresa de muitos espectadores, mas certamente veremos pelo menos um pouco de Tucker na segunda temporada, afinal seu personagem é essencial para a narrativa, se ela for seguir a ideia do livro.

Certamente teremos mais contos das vindas dos deuses até a América e outras bolas curvas narrativas em episódios especiais e mal podemos esperar como a nova temporada da série vai trazer isso. Os contos de abertura são tão diferenciados uns dos outros que dão um frescor imenso para a trama, fazendo com que as possibilidades para ano que vem sejam animadoras.