10 coisas que não queremos ver na terceira temporada de The Flash!

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10 coisas que não queremos ver na terceira temporada de The Flash!

Por Gus Fiaux

Atenção: Alerta de Spoilers!

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Enrolação

Talvez devido ao seu modelo de exibição, com mais de vinte episódios por temporada, as séries de super-heróis do CW estão ficando reconhecidas por enrolar quando o assunto é chegar em uma trama já conhecida pelos fãs de HQs. Apenas a nível de demonstração, podemos lembrar da Laurel de Arrow, que levou três temporadas até se transformar na Canário Negro.

Em The Flash, temos personagens consagrados dos quadrinhos, como Vibro, Wally West e Jesse Quick, e a série ainda se demora a trazê-los para o que conhecemos nas HQs. Os fãs agradeceriam se não houvesse tanta enrolação desnecessária para chegar em um ponto que todos sabem que chegará.

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Poderes

Uma piada recorrente na série é a forma como o Flash é o "homem mais rápido que existe", mas ele sempre acaba encontrando alguém que consegue ser mais veloz que ele. Se a jornada de Barry é uma progressão, a terceira temporada não dá mais espaço para que ele fique preso a poderes reduzidos.

Até porque o herói já visitou a Força de Aceleração, e isso deve bastar para torná-lo mais poderoso, ainda que ele possivelmente precise de treinamento para controlar suas novas habilidades.

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Estrutura repetitiva

Durante as duas temporadas, a série se firmou numa estrutura básica nos seus episódios. Nela, o Flash encontra um vilão, apanha dele, recorre à ajuda dos Laboratórios STAR e finalmente consegue derrotá-lo. Em grande parte dos episódios, essa estrutura continua se repetindo.

Porém, em seu terceiro ano, a série precisa inovar, ou então cairá em uma mesmice repetitiva. O modelo não precisa ser completamente abandonado, mas seria interessante dar espaço a tramas menos cíclicas.

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Vilões semanais

Ainda falando de estrutura repetitiva, há algo que a série precisa tratar com urgência, que é o chamado modelo procedural, onde vemos um vilão por semana e a história dele se resolve ali. Ainda que haja uma trama mais complexa de fundo, esse modelo cansa e faz parecer que a série só quer adaptar um personagem novo das HQs por episódio, sem se preocupar de fato com o significado desses personagens nesse universo.

Assim como a estrutura dos episódios, não é algo que precise ser inteiramente abandonado, apenas cuidado para que não continue sendo a forma dominante, do contrário, ao final da terceira temporada já não teremos vilões suficientes da mitologia do Flash para fazer frente ao herói.

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Mesmos conflitos interpessoais

Uma coisa que deixou alguns fãs incomodados na segunda temporada da série é o modo como a evolução entre os personagens praticamente não aconteceu. Barry continua com baixa auto-estima, ele e Iris continuam num eterno conflito amoroso, Cisco continua querendo provar seu local no mundo...

Depois de três anos, a série precisa levar esses personagens a novos lugares e dar a eles tramas novas e diferentes. Há uma necessidade de trazer desenvolvimento nas personalidades, do contrário, a série continuará tendo os mesmos conflitos pessoais até ser cancelada, o que faz com que o público lentamente vá perdendo o interesse.

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Dependência

Ainda que seja interessante ver toda a dinâmica do Flash com seus coadjuvantes, como o pessoal da delegacia e a equipe dos Laboratórios STAR, a série precisa retirar um pouco da dependência que o personagem tem desses núcleos.

O herói precisa crescer e evoluir, e para isso, às vezes, será necessário tirá-lo um pouco de perto da asa desses coadjuvantes, que basicamente fazem a maior parte do trabalho "cabeça" enquanto Barry só parte para finalizar a luta na ação... o que é um desserviço ao personagem, visto o quanto ele é inteligente nas HQs.

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O papel de Oliver Queen

Sabemos que, graças ao final da segunda temporada, a série pretende adaptar Ponto de Ignição, uma famosa saga onde Barry volta no tempo para salvar sua mãe e acaba criando um universo alternativo catastrófico no presente.

Os fãs pedem com ansiosidade que, caso essa saga seja adaptada, certas decisões não sejam sequer consideradas... como por exemplo dar a Oliver Queen, o Arqueiro Verde, o mesmo papel que Thomas Wayne, o Batman, tem no universo da saga.

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Constantes viagens no tempo

Uma coisa que já tem se tornado marca registrada na série é a forma como algo muito terrível acontece e Barry acaba viajando ao passado para impedir que isso aconteça. Quando ele volta, tudo está inalterado, sem graves consequências.

Esse recurso, embora interessante, precisa ser dosado com mais cautela, porque está se tornando algo repetitivo e que tira todo o peso de certas decisões. Sempre que algum personagem sofre algum problema grave, nós já contamos com que Barry volte ao passado para mudar a história...

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Vilões principais

Uma coisa que a série precisa urgentemente mudar na terceira temporada, sob o risco dela não cair nos mesmos clichês das duas primeiras é o papel do vilão central da trama. Primeiramente, ele não pode ser outro velocista, porque já tivemos dois e as comparações entre eles ficaram muito evidentes. Isso sem contar a forma como eles quebram com o "eu sou o homem mais rápido que existe."

Além disso, os vilões não podem ter o mesmo papel misterioso, surgindo como seres desconhecidos e desenvolvendo uma trama que só seria resolvida lá pela metade da temporada, abrindo bolsões de episódios que só servem para encher linguiça entre a descoberta do vilão e sua derrota.

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Impacto de Ponto de Ignição

Com a série adaptando Ponto de Ignição, os fãs já ficaram felizes com a ideia do quanto isso pode mudar o destino da série e das outras associadas, como Arrow e Supergirl. Porém, isso pode acabar provocando um efeito desastroso se não feito com cuidado.

Primeiramente, as consequências do evento não podem se reduzir ao início da temporada e depois, tudo voltar a como era. Além disso, precisa-se tomar cuidado para que as outras séries sejam afetadas de uma forma que o público que não acompanha The Flash ao menos entenda o porquê da mudança de universo tão brusca. E por fim, a trama não pode ser resolvida apenas com uma viagem no passado e acabar sem nenhuma consequência, pois mesmo nos quadrinhos, quando o Flash resolve o problema central, ele acaba gerando um universo completamente novo.