Pelo que já vimos da Força Fênix, tanto em X-Men: O confronto final como nos momentos finais de Apocalypse, pode ser que o filme acabe preferindo reduzir a entidade cósmica como uma mutação secundária de Jean.

Apesar das indicações que, mesmo com essa mudança, ela continua extremamente poderosa, fazer isso não só é queimar a chance de trazer para os cinemas diversas outras sagas que envolvem a Força Fênix e que são importantes para os quadrinhos, como também reduzir seu potencial.

Por isso, um dos fatores importantes que precisa ser mantido é a introdução de um deste Ser Primordial na história da ruiva.

Depois de uma aventura espacial, os X-men acabam tendo problemas para fazer a nave retornar à Terra ao enfrentar uma tempestade de radiação solar. Jean decide pilotar a espaçonave por acreditar que teria mais chances de cumprir a missão, mantendo seus amigos em segurança. Mas, durante o retorno, o escudo telecinético criado pela mutante não dá conta de protegê-la. Enquanto começa a morrer envenenada pela radiação, Jean clama por ajuda, sendo atendida pela própria Força Fênix.

Ter parte isso no filme serviria para resolver a questão do item anterior. Mesmo que eles continuem utilizando a ideia de mutação secundária, poderia haver uma adaptação dos fatos, explicando que os poderes dela surgiram dessa entidade e encaixando isso na lógica do longa.

Quando Jean se conectou com o ser primordial, o potencial já ilimitado para o uso de suas habilidades, recebeu poder cósmico infinito. Durante esse tempo, a mutante ascendeu ao papel de uma semi-deusa, teve um papel decisivo na saga do Cristal M’krann, artefato conhecido como “o fim de tudo que existe” em posse do Império Shi’ar.

Adaptar parte desse evento ou simplesmente continuar a explorar o lado heróico da moça, seria importante o para mostrar que, antes de haver uma Fênix Negra, existia apenas a Fênix, quando a personalidade da ruiva ainda estava no controle.

Com seus poderes cósmicos e potencial infinito, a mutante logo se torna um alvo das artimanhas do Clube do Inferno, depois que o Mestre Mental começa a induzir falsas memórias na mente de Jean. A manipulação é tão grande, que a moça acaba se juntando ao vilões como a Rainha Negra, se tornando mais cruel e violenta. É após se libertar deste controle mental que, ainda corrompida e insana, a Fênix Negra surge.

Depois que a série do Clube do Inferno foi cancelada pela Fox, esse seria um bom momento de aproveitar o potencial do grupo de vilões. Sendo de extrema importância para a transformação da heroína em vilã, precisamos deles para ter uma adaptação mais fiel - e interessante - dos quadrinhos.

Já passou da hora de termos uma Emma Frost decente nos cinemas, uma versão da Rainha Branca do Clube do Inferno que saiba usar toda sua telepatia, cuja forma de diamante não seja trincada por algumas barras de ferro. Um filme que tem o foco todo direcionado na Jean pode ser o momento perfeito para dar o destaque que Emma merece, especialmente quando levamos em conta a rivalidade das duas.

Aparecendo pela primeira vez durante a Saga Fênix, Emma foi uma das responsáveis pela transformação de Jean na grandiosa vilã cósmica. Ter sua presença no filme não só permitiria explorar outros lados da personagem, como também garantiria uma batalha épica entre as duas, assim como tivemos nos quadrinhos.

Não dá pra mostrarmos o quanto Jean mudou como a Fênix Negra se não colocamos ela confrontando - fisicamente - seus amigos, por isso, um novo filme sobre essa saga, não pode fazer com que ela fique parada, no centro da destruição, enquanto uma horda de mutantes lutam contra seus amigos. Ela precisa fazer o trabalho sujo, assim como fez na versão em quadrinhos.

Só assim a teremos como a verdadeira inimiga dos X-men, mostrando que todas as batalhas que eles tiveram antes, incluindo a contra Apocalypse, não serviram para prepará-los contra o fogo e a vida encarnados.

Um dos pontos momentos mais importantes desta saga, é quando a Fênix Negra devora toda energia de uma estrela para saciar sua fome de poder. Como consequência disso, mais de cinco bilhões de habitantes de um planeta próximo são aniquilados instantaneamente.

Diferente do que vimos em X-men: O Confronto Final, onde Jean destruiu apenas parte de São Francisco, a nova adaptação da vilã, precisa mostrar toda a extensão dos seus poderes e sua capacidade. Só assim é possível entender que o perigo que ela representa é imenso, sendo uma ameaça para toda a galáxia.

Se antes a Fênix agiu como uma aliada do Império Shi’ar, após extinguir bilhões de vidas, a história é outra. Agora, agindo com os principais antagonistas da Fênix Negra, o império alienígena chegou ao consenso de que estão diante de uma ameaça ainda maior do que o Galactus depois de se unir a diversos grupos intergaláticos. Sendo assim, sua destruição imediata é necessária.

Sabemos que a Fox possui os direitos do Império e essa seria a chance perfeita de expandir o Universo Cinematográfico dos X-men. Além de colocar a equipe de Jean em uma situação complicada, já que eles, provavelmente, tentariam proteger a amiga, ao mesmo tempo que tentam parar a Fênix, como aconteceu nas HQs.

Um dos pontos mais dramáticos dos quadrinhos é quando Jean, ao ver que não conseguiria controlar os poderes destrutivos da Fênix Negra, acaba cometendo suicídio. O seu último sacrifício serve para mostrar que a heroína está disposta a fazer o que for necessário para proteger seus amigos, sendo extremamente altruísta nesses casos.

Contudo, para que essa carga emocional realmente funcione nos cinemas, precisamos nos apegar mais a personagem. É necessário que explorem mais profundamente sua relação com os outros membros da equipe. Mais que isso, para se redimir de tudo que causou, é importante que seja ela a responsável por sua própria morte.

Apesar de ser a parceira ideal para a Força Fênix, Jean Grey não é a única capaz de hospedar a entidade. Em outras histórias dos quadrinhos, personagens como Emma Frost, Magneto e Ciclope já sentiram e desfrutaram dos poderes cósmicos.

Seria importante que o filmes explicasse, ou pelo menos mencionasse, o Genoma Grey, sendo ele uma das explicações para Jean ter despertado o interesse da Fênix, já que toda a sequência genética da mutante é extremamente atrativa para ela.

Ter isso no filme abriria a possibilidade para novas sagas dos X-men, como a perseguição da linhagem Grey, assim como a introdução de novos personagens como Hope Summers e Madelyne Pryor.