Terminar num gancho lindo daqueles e fazer a gente esperar mais de um ano para continuar a história é querer fazer os fãs sofrerem ao extremo, né, HBO? Afinal, somos todos humanos e, agora, quem vai comandar o mundo são os hosts.

A primeira temporada se encerra com o início da nova narrativa do Ford, onde todos as cortinas caem e os androides do parque começam sua jornada por consciência, vingança e controle. Como isso vai se desenrolar? Será um puro massacre ou um grande jogo de paciência, com Dolores e companhia mantendo o parque aberto, como se nada tivesse acontecido, atraindo visitantes e conquistando o mundo pouco a pouco?

No primeiro ano, acompanhamos o despertar da Dolores. Depois de anos perambulando pelas terras do parque, finalmente a androide encontrou sua resposta, seu propósito, seu eu verdadeiro. Ela é Dolores, mas também é Wyatt.

Agora, finalmente veremos quem ela é de verdade, uma personagem completamente nova deve surgir - na verdade, já surgiu -, com voz própria, consciente e será lindo ver seu desenvolvimento, depois de assistirmos o desabrochar de sua alma.

Nem tudo está perdido para os humanos, porém. O parque possui uma equipe de contenção e o trailer apresentou que veremos uma resistência humana ao ataque dos androides.

Se eles serão bem sucedidos? Pouco provável. Como vimos com a Armistice, uma host apenas é capaz de dar conta de um grupo armado inteiro, imagina o exército de robôs no parque.

Falando nela, mesmo com pouco tempo de tela, a Armistice roubou a cena e ganhou uma das cenas mais legais do último episódio: uma cena pós-créditos, onde percebe que NÃO SENTE DOR, então arranca seu braço preso e parte para o ataque. Épico, não?

Mas e aí, o que aconteceu com ela? Uma personagem tão badass assim PRECISA estar na segunda temporada. Queremos mais dela, principalmente se a juntarem com a Dolores e formarem o duo mais vicioso e sanguinário de todos os tempos.

QUEM DISSE QUE NÃO EXISTIAM OUTROS PARQUES? No fim do último episódio, descobrimos androides orientais vestidos de samurai e, enfim, todos as especulações explodiram em cima do Shogun World para a segunda temporada.

Obviamente, essa é uma das coisas que mais queremos ver, afinal, é uma inspiração clara no filme dos anos 70, onde o parque era dividido em West World, Roman World e Medieval World. Claro, não pegaram esses dois últimos para não criarem uma Game of Thrones de robôs dentro da série.

Muitas discussões surgiram depois que a série finalizou seu primeiro ano sobre onde o parque fica localizado. Ele está mesmo na Terra? Onde a Maeve sairia se tivesse continuado naquele trem?

Essa é uma pergunta importante para a segunda temporada e para o futuro da trama, afinal, uma hora os androides vão querer sair do parque OU forças de fora terão que intervir.

Do trailer, uma coisa interessante pode ser tirada. A frase “Retorne para Westworld” foi colocada como divulgação, da mesma forma que, para primeira temporada, a promoção era chamando o público para o parque.

Isso pode implicar que sim, os robôs vão tentar apagar o incidente e fazer tudo parecer normal. Queremos MUITO ver isso rolando.

Bom, ele pediu por isso, não? O Homem de Preto, que depois descobrimos ser o William, literalmente pediu pela revolta dos androides. Porém, no trailer, ele não parece tão feliz assim.

Queremos saber qual será a nova jornada dele, agora que seu primeiro objetivo foi atingido. Ele vai ser uma frente contra os robôs? Como vai estar sua consciência, sabendo que eles lembram TUDO que ele fez durante todos esses anos? Que eles sentiram TUDO? Que eles ainda sentem? Qual o destino do Homem de Preto?

Falando em destino, Maeve estava para se entregar para sua narrativa misteriosa, mas quebrou o ciclo no último momento e ficou no parque.

No trailer, vemos ela voltando logo depois de sair do trem e encontrando o massacre que está rolando no parque no caminho. Tudo indica que ela vai atrás de sua filha que, segundo a direção do Felix, está no "Parque 1".

Não sabemos dizer se o Westworld é o Parque 1, então pode ser que ela seja a conexão com as outras divisões. Quais serão seus próximos passos? Qual a sua narrativa?

No fim, o que queremos mesmo é que Westworld mantenha a excelência que entregou em sua primeira temporada. Foi uma das melhores séries exibidas em anos, tanto em narrativa, quanto em fotografia, atuação, roteiro, história, cenografia, etc, etc, etc. Para esse redator, subiu para o topo de séries favoritas de todos os tempos sem tropeçar antes do top 3.

O melhor de Westworld é a narrativa que, por mais que seja confusa, no final se amarra de uma forma perfeita. É instigante. É cativante. Te faz pensar. Criar teorias. Nesse sentido, ela é a nova Game of Thrones - e só nesse sentido. Esperemos pelo melhor. Que esses prazeres violentos tenham finais ainda mais violentos.