10 coisas que diferenciam o Universo Estendido da DC Comics de outros filmes de super-heróis!
10 coisas que diferenciam o Universo Estendido da DC Comics de outros filmes de super-heróis!
Hora dos ícones da DC Comics ganharem espaço nos cinemas!
Abram alas para os novatos! Tendo iniciado em 2013, com Homem de Aço, o Universo Estendido da DC Comics chega em 2017 com mais dois filmes: Mulher-Maravilha e Liga da Justiça. E apesar do pouco tempo de tela, o universo criado pela Warner Bros. certamente deixou sua marca entre os fãs.
Nesta lista, iremos discutir os fatores que tornam o DCEU tão único entre outros universos compartilhados de filmes de super-heróis, como o da Marvel e o dos X-Men.
Créditos: Divulgação
Desconstruindo seus personagens
Os heróis da DC Comics são definitivamente os mais icônicos das histórias em quadrinhos e isso não há como negar. Todo o planeta conhece a influência do Batman, Superman, Mulher-Maravilha e o restante da Liga da Justiça. Nos cinemas, a figura do ícone é um tanto quanto subvertida, para dar espaço a leituras novas e, às vezes, controversas.
Em filmes como Batman vs Superman e Homem de Aço, o DCEU criou personagens um tanto quanto diferentes dos quadrinhos, lhes dando uma abordagem ultra-humanizada e criando dilemas mais realistas. Isso não foi feito, nessa escala, em nenhum outro universo compartilhado de super-heróis. Pelo contrário, a DC parece, no momento, ser a única disposta a embaralhar um pouco o papel e as responsabilidades de seus heróis.
Adeus televisão
Quando a Warner Bros. anunciou que faria um filme do Flash sem qualquer conexão com a série televisiva do CW, muitos fãs ficaram confusos com a decisão do estúdio. Afinal tem se tornado comum criar universos compartilhados que se expandem do cinema para a televisão, vide o que o MCU e Universo dos X-Men tem feito.
E embora isso possa ser um problema para alguns, acaba também se tornando uma vantagem para o estúdio. Graças a essa independência, a Warner pode conceber histórias mais diversificadas e com uma maior liberdade criativa, já que não depende do aval da televisão. Claro, tudo isso pode mudar com a chegada de Krypton, que pode ser a primeira série imersa no DCEU.
Espaço para os vilões
Ainda há uma espécie de conservadorismo muito grande no que diz respeito ao papel dos super-vilões em filmes de super-heróis. Em boa parte dos projetos da Marvel, por exemplo, os vilões servem como mera escada para a jornada dos heróis e não ganham espaço próprio. Para alguns, isso é uma forma de não dar "exemplos negativos" para o público mais jovem.
Contudo, a DC foi inovadora nesse quesito, criando o primeiro filme voltado para super-vilões dentro de seu universo cinematográfico. Apesar de todos os seus erros - que não são poucos - Esquadrão Suicida veio para mostrar uma nova face do mal.
Alguém disse... estendido?
Começamos a navegar em mares polêmicos. Edições estendidas de filmes são algo comum em Hollywood. Diversos filmes usam esse recurso para arrecadarem mais com a venda de DVDs e Blu-Rays, ou até mesmo para dar aos fãs uma versão alternativa e incrementada do que foi lançado nos cinemas.
Embora a Fox já tenha usado isso em X-Men: Dias de um Futuro Esquecido e Wolverine Imortal, a Warner/DC parece estar dominando mais o mercado e trazendo conteúdos realmente relevantes em suas versões estendidas. Por enquanto, não se sabe ao certo se Mulher-Maravilha terá uma versão alternativa, mas isso sem dúvidas tem alavancado as vendas de home media dos filmes desse universo.
Diversidade dentro e fora das telas
Diversidade e representatividade social é algo que tem se tornado pauta de diversas discussões, principalmente a respeito da forma como Hollywood tem uma responsabilidade global. Porém, embora muitos estúdios falem bastante sobre isso, poucos fazem questão de realmente mostrarem diversidade nas telas.
O Universo Estendido da DC Comics por sua vez, já está correndo no que diz respeito a isso. Esquadrão Suicida é um filme bem diversificado e Mulher-Maravilha já é um grande ícone cultural, não apenas por ser protagonizado por uma mulher, mas também por ter sido dirigido por uma, o que falta - bastante - nos filmes do MCU e do Universo dos X-Men.
O domínio do "sombrio e realista"
Embora tenhamos alguns motivos para reclamar de decisões tomadas no Universo Estendido da DC Comics, algo do qual não podemos nos queixar é identidade. Esse universo compartilhado mostrou, em apenas quatro filmes, que consegue cravar sua marca e se tornar bem diferente dos seus concorrentes.
E durante muito tempo, isso se deveu à ideia do "sombrio e realista". O tom desses filmes é muito diferente de outros filmes de super-heróis, criando uma perspectiva única para os fãs. Mesmo com a chegada de filmes mais alegres, como Mulher-Maravilha, o DCEU ainda se mostra muito incomparável no que diz respeito ao tom de seus longas.
Trilha sonora marcante
Enquanto a Marvel só conseguiu emplacar com sucesso o tema de Os Vingadores e a Fox vive da repetição em mais de vinte anos de X-Men, o Universo Estendido da DC Comics parece ter mostrado seu potencial em um campo importante do cinema: a música.
Em quatro filmes, o estúdio conseguiu reunir músicos que criaram trilhas sonoras marcantes para pelo menos três deles. Tanto Homem de Aço quanto Batman vs Superman conseguem estabelecer muito bem seus personagens através da música. E o tema da Mulher-Maravilha, reaproveitado em seu filme solo, com certeza será uma das músicas mais memoráveis da história do cinema de super-heróis.
Visual visionário
Quando se retira personagens dos quadrinhos para os cinemas, diversas adaptações têm de ser feitas para criar um visual autêntico, que mostre fidelidade ao material original, ao mesmo tempo que consiga funcionar em meio a uma realidade mais "verossímil" do cinema.
Nesse quesito, o Universo Estendido da DC Comics está mais do que de parabéns. Com artistas renomados, o estúdio conseguiu criar uma unidade na concepção visual de trajes e figurinos, ao mesmo tempo que transforma cada uniforme em uma obra de arte muito similar aos quadrinhos. Com esse tratamento visual, não é à toa que esse universo possua um Oscar de Melhor Maquiagem.
A família reunida
A DC Comics sempre teve uma vantagem em relação à Marvel nos cinemas: a editora possui os direitos de adaptação de todos os seus personagens reunidos sob a tutela de um único estúdio: a Warner. Dessa forma, diferente da Marvel, a casa da Liga da Justiça sempre teve o potencial de criar um universo contendo todos os seus super-heróis e vilões, sem limitações contratuais.
E do pouco que estamos vendo, é o que o estúdio está apostando nesse momento, dando filmes solos a diversos heróis icônicos e os reunindo em Liga da Justiça. Ao mesmo tempo, a Warner não parece estar preocupada em arriscar em títulos mais obscuros, como a Liga da Justiça Sombria ou o Esquadrão Suicida.
Polêmica, debates e controvérsia
Por fim, resta falar de algo que é definitivamente visível no DCEU. Nada no universo é unânime. Sempre existirão pessoas que gostarão de algo, bem como pessoas que não irão gostar e isso irá gerar debates e discussões, que são importantes para a construção de ideias. Claro que filmes de super-heróis possuem controvérsias - boa parte da franquia dos X-Men ou Homem de Ferro 3, por exemplo.
Entretanto, como o DCEU não há igual. Tratam-se de filmes tão polarizados pela crítica e pelo público, que se torna obrigatório escutar um pouco de ambos os lados e notar como esses filmes interagem com diferentes espectadores. E, ao mesmo tempo, essa polarização força a descoberta de novas ideias e discussão de novos temas... algo que está em falta no cenário de blockbusters atuais.