Desde que foi anunciado que Lana Condor seria a Jubileu em X-Men: Apocalipse, foi garantido pelos produtores ao fãs que a personagem faria justiça a sua versão dos quadrinhos, sendo muito mais importante do que as adaptações anteriores.

No entanto, quase todas as cenas de Lana Condor foram cortadas para que o tempo de duração do filme fosse reduzido.

Apesar da história de origem fiel ao material original, a Tempestade não participa ativamente da trama de X-Men: Apocalipse. Ela apareceu poderosa nos trailers e mostrou potencial, o problema é que tudo que havia de impressionante na personagem foi mostrado nas prévias, fazendo com que seja apenas uma coadjuvante.

Novamente, a fidelidade não compensa a falta de aproveitamento, e como no caso da Tempestade, quase todas as cenas da Psylocke já haviam sido mostradas em trailers de spots de TV. Mais triste ainda é que a personagem tem apenas três falas no filme todo.

A vantagem é que ela continuou viva, o que demonstra que ela pode ser melhor aproveitada em algum filme futuro.

Sendo honesto, não há razão para o Anjo estar em X-Men: Apocalipse se não o fan-service (que tem sido muito mal utilizado em filmes de super-heróis). Pra piorar ele termina morto, o que zera as possibilidades de vermos no cinema as incríveis histórias que o personagem tem nos quadrinhos.

De todos os vilões que tivemos no cinema esse ano, o Apocalipse foi o que se saiu melhor. No entanto, isso não é lá um grande mérito.

O personagem demonstra muito potencial em sua primeiras cenas. O aspecto religioso e a mitologia que o envolvem são elementos apresentados de maneira muito atrativa, mas começam a desandar quando o plano é colocado em prática.

Geralmente planos de domínio mundial não conseguem ser bem abordados e o vilão acaba sendo reduzido a um cara megalomaníaco, e esse, infelizmente, é o caso de En Sabah Nur.

Em seu sexto filme principal, a franquia X-Men começa a demonstrar claros sinais de fadiga, principalmente ao apostar em elementos já vistos em todos os filmes anteriores.

Obviamente, nós temos elementos novos, mas eles acabam sendo apagados quando os roteiristas não se arriscam em desenvolve-los e preferem focar no que já funcionou em outros filmes.

Na tentativa de emular falas dos quadrinhos dos X-Men dos anos 80, X-Men: Apocalipse acaba trazendo diálogos bregas e desestimulantes, o que compromete a naturalidade do filme.

Mesmo assim, o longa conta com alguns monólogos bem bolados que acabam compensando o excesso de clichês.

Kodi Smit-McPhee havia confirmado em entrevistas que a Mística seria revelada como a mãe do Noturno no filme e que isso influenciaria o personagem. No entanto, não há nenhum comentário sobre o assunto durante o tempo em que Raven e Kurt passam juntos no filme.

A cena do Mercúrio é tão boa que ficamos extasiados e quase não sentimos o peso da morte de Alex Summer. Há apenas um breve momento no qual Scott lamenta a perda, mas o fatídico destino do Destrutor fica sem solução. Nem mesmo um enterro cerimonial o personagem tem.

Esse é um problema que irritou muitos fãs. Uma das primeiras cenas gravadas para X-Men: Apocalipse foi a famosa "Cena do Shopping", que foi completamente repicada no filme.

O elenco, o diretor e os produtores sugeriram a cena como um dos melhores momentos do filme por mostras a relação entre os mutantes. No entanto, grande parte da cena foi cortada e um dos momentos mais esperados do longa foi reduzido a 30 segundos com direito a um trocadilho sobre Star Wars e X-Men.

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