Nenhum argumento seria válido daqui pra frente se não existisse isso. De nada adiantaria alguns bons elementos na temporada se a história não estivesse boa.

Mas até aqui, toda a trama que vem se desenrolando nesta quinta temporada está muito interessante e intrigante.

Tá...até tem, mas a série parou de se basear nisso onde, cada semana, Oliver deveria enfrentar uma ameaça diferente que se apresentaria e se resolveria no mesmo episódio.

Agora, realmente, você tem a sensação de uma história mais longa se resolvendo pelo decorrer dos episódios.

Arrow é uma série que, diferente de The Flash por exemplo, depende quase que exclusivamente da habilidade de luta do protagonista para justificar que ele seja um herói. Por causa disso, a gente espera sempre ver ótimas cenas de ação na série.

Porém, isso não vinha acontecendo há um bom tempo: com coreografias bem mal feitas, as lutas haviam perdido a intensidade. Problema resolvido na quinta temporada.

Está clara a tentativa da série de voltar às raízes das duas primeiras temporadas, que foram tão aclamadas. Por conta disso, demos um passo para trás no Oliver herói colorido e voltamos um pouco a ver o Olive vigilante violento. O que eu posso dizer é: está funcionando

Se tem uma coisa que ninguém aguentava mais em Arrow, eram os benditos Flashbacks desnecessários e entediantes.

Ainda temos flashbacks na quinta temporada? Sim! Mas dessa vez, a história de Oliver Queen na Russia está algo interessante de se ver e que está agregando algo para contar como ele se tornou o que vimos na primeira temporada.

Incrivelmente, contrariando todas as expectativas, colocar Oliver Queen como o prefeito da cidade está funcionando. De fato, tem sido interessante ver esta dicotomia onde durante o dia Oliver é o prefeito de uma cidade, tentando salvar a vida das pessoas através da lei e da ordem, enquanto à noite ele é um vigilante mascarado.

Confesso que minhas primeiras impressões sobre o Sr. Incrível, Cão Raivoso, Artemis e o Ragman não foram as melhores e me fizeram respirar fundo algumas vezes. Mas quanto mais a série se aprofunda nestes novos personagens inseridos nessa temporada, mais você entende que foi uma decisão muito sábia transformar Oliver nessa espécie de mentor.

Fora que os personagens são muito interessantes e estão sendo muito bem trabalhados.

Ao voltar às raízes da série, Arrow também acertou em como trabalhar seus vilões. Tobias Church é um bom exemplo, ele não tem nenhum poder especial, nenhum tipo de magia nem nada que faça dele um "super". Ele só é um grande chefe do crime que pode afundar Star City.

Prometheus também tem sido uma ótima adição para a série e o mistério em volta do personagem continua a melhorá-lo ainda mais.

Bom, como eu tenho dito anteriormente, uma das principais coisas boas que Arrow tem feito nessa temporada, é voltar às raízes da série.

E ao meu ver, o ponto mais central de toda a "alma" da série sempre foi esse clima urbano violento. Deixando um tom meio "sujo", escuro, agressivo e sangrento. E isso definitivamente foi resgatado.

Eu acho que a produção da série entendeu muito bem uma das principais coisas que deram errado na temporada passada e, dessa vez, deixaram qualquer singela faísca de um possível relacionamento entre Oliver e Felicity completamente de lado...