Ok, isso foi legal por um tempo, atiçar essa parte dos fãs que sempre se perguntou "quem venceria em um embate entre herói X contra herói Y", o que mais temos atualmente nos quadrinhos talvez sejam brigas entre heróis. Mesmo que sejam versões malignas deles.

Eventualmente, os quadrinhos passam por uma pequena recessão nas vendas. E as editoras como empresas particulares que são, visam seu lucro e precisam de alguma estratégia de Marketing para alavancar as vedas mais uma vez.

O problema é que vem se tornado recorrente, e virado um clichê, a famosa treta pra alavancar as vendas. Como esquecer o recente caso do Capitão HIDRA?

Provavelmente o clichê mais batido e mais banal das histórias em quadrinhos. Eis que de repente a editora resolve, em uma grande reviravolta, matar um personagem importante dos quadrinhos. Hoje em dia nem causa mais impacto.

No fim das contas nós sabemos que não irá demorar muito e a editora irá dar um jeito - que geralmente insulta nossa inteligência - para trazer este personagem de volta à vida.

No mundo dos quadrinhos, uma ótima motivação para você virar um combatente do crime é ser um órfão ou perder algum membro muito importante da sua família, como um tio. Eu não estou dizendo que isso não seja de fato uma motivação plausível, mas acho que as editoras conseguem parar de apelas para este gatilho tão clichê.

Já que falamos dos órfãos, vamos falar de outro gatilho clichê para explicar a origem dos poderes de algum personagem: **Ele estar no lugar errado quando algum acidente acontece junto com alguns elementos químicos aleatórios."

Durante muito tempo nos quadrinhos, isso foi a maior escapatória quando não conseguia-se pensar em um motivo mais crível do porquê aquele personagem ganhou poderes.

Com certeza o maior Deu Ex Machina que existe em todas as histórias em quadrinhos é a utilização de magia.

Toda vez que um personagem com poderes mágicos ou sobrenaturais faz algo tremendamente absurdo, ninguém precisa explicar nada, apenas diz: Foi Magia!

Assim como a magia, a tecnologia também acaba sendo uma senhora de uma muleta pra muita coisa nos quadrinhos.

Tony Stark, um humano fisicamente comum, consegue uma maneira de equiparar suas forças com o Incrível Hulk, uma das criaturas com a maior força física do universo. Como? Ele construiu uma armadura que faz isso. Como ele construiu? Aí seria muito complexo pra explicar, não é?

Estamos aos poucos - bem aos poucos - caminhando para que isso não seja mais um problema.

Eu acho que o assunto já está tão evidente do porquê é um problema, que nem cabe mais chover no molhado. Apenas precisa acabar...

Durante muito tempo, o papel das adaptações de quadrinhos foi tentar adaptar da melhor maneira possível o material fonte que tínhamos nas revistas.

Com o passar dos anos, e com o sucesso dos filmes de heróis, nós fomos vendo a correnteza mudar de curso, e agora os quadrinhos que estão tentando adaptar da melhor maneira possível o que acontece nos filmes.

Não entendam errado, eu adoro os Mega-Eventos dos quadrinhos, coisas como Crise nas Infinitas Terras, Guerra Civil, etc, são coisas incríveis que ficam marcadas na cabeça do leitor.

Mas ter mega-eventos já virou um clichê de quadrinhos, há ponto de estar começando à saturar e perder o impacto, porque sempre que acaba um, já estamos encabeçados em outro.