Lançado pela Estrela nos anos 80, o Genius era um disco com quatro botões bem grandes, nas cores verde, vermelho, amarelo e azul. A brincadeira era simples: você tinha que apertar os botões que brilhavam na ordem certa, e quem acertasse mais combinações, ganhava o jogo.

O brinquedo fez um sucesso estrondoso naquela época, vendendo mais de 500 mil unidades entre 1980 e 1981.

Hoje há uma versão mais moderna do Genius chamada Bop-It, no qual o objetivo é fazer a mesma coisa, seguir comandos, mas desta vez guiados por sons e movimentos diferentes que variam entre puxar, apertar e girar.

Outro brinquedo que fez muito sucesso nos anos 80 e 90 por aqui foi o Pense Bem da TecToy, que tinha ares de computador pessoal e estimulava o raciocínio das crianças.

Para brincar, você usava um livrinho que vinha junto com o brinquedo, que continha várias perguntas e opções e respostas sobre matemática, história, geografia e por aí vai. Para responder, era preciso digitar na máquina o número correspondente contido no livro.

Foram feitos vários livros para o Pense Bem com personagens famosos como Sonic, A Pequena Sereia e a Mônica.

As bonecas da linha Moranguinho, que nos Estados Unidos se chamavam Strawberry Shortcake, também fizeram um enorme sucesso aqui entre as meninas.

Era muito comum ver uma dessas bonecas nas mãos de uma menininha nos anos 80 e 90 e não era difícil entender o porquê: além de fofas, elas tinham um cheirinho muito bom de frutas, e cada boneca tinha um aroma diferente.

Até hoje essa linha faz sucesso, ganhando versões repaginadas de tempos em tempos, algumas até com novos desenhos animados.

Assim como o Falcon nos anos 80, os bonecos de Max Steel fizeram um enorme sucesso no Brasil. De tamanho grande e com vários modelos diferentes, cada um com armas e armaduras muito legais, eles venderam horrores por aqui.

Para fortalecer a linha de brinquedos, havia também um desenho animado, que foi muito bem aceito pela molecada dos anos 2000. Até hoje se fazem brinquedos de Max Steel, mesmo com a série tendo perdido força ao longo dos anos.

Clássico absoluto dos anos 80, He-Man e os Mestres do Universo era uma febre entre os pequenos, e o mesmo poderia ser dito de seus bonecos, sempre musculosos, atarracados e com cara de quem teve um péssimo dia.

Todos os principais personagens foram transformados em brinquedos, o que incluía vilões como Mandíbula e Maligna e até o Gato Guerreiro, fiel montaria de He-Man. Mas o mais legal mesmo era o *Castelo de Grayskull, que era simplesmente gigantesco e podia ser usado tanto como cenário para as brincadeiras como para guardar seus bonequinhos.

Baseado no anime de mesmo nome (que foi feito pura e simplesmente para vender o brinquedo, diga-se de passagem), as Beyblades nada mais eram que os bons e velhos piões, aquelas coisas de madeira que eram usadas em duelos, mas aqui a coisa foi levada para o próximo nível.

Com um design arrojado, várias cores e até “habilidades” especiais,fazer uma Beyblade girar era algo por si só incrível: através de um dispositivo colocado diretamente naquele “pião high-tech”, você puxava a pecinha de plástico e ele saía rodando, destruindo tudo o que via pela frente como se estivesse possuído por um demônio com sede de sangue.

Arenas de duelo de Beyblade eram vendidas separadamente, mas também venderam feito água. Afinal, essas batalhas precisavam acontecer em algum lugar, certo?

A linha de bonecos americana G.I. Joe chegou no Brasil com o nome de Comandos em Ação, com bonecos lançados às centenas e divididos em duas facções: os soldados do bem, chamados de “Tigre”, e os mercenários do mal, os “Naja” (“Cobra”, no original).

Cerca de 124 bonecos foram lançados nas lojas, cada um com nomes, personalidades e histórias distintas, explicadas no verso da embalagem. Eles também vinham com várias armas e alguns até com tintas especiais, para pintar o rosto como um soldado e deixar a brincadeira toda mais real.

Os veículos dos Comandos em Ação eram um show a parte. Havia helicópteros, lanchas, tanques e um impressionante avião caça, que era enorme, cheio de detalhes e com mísseis que podiam ser disparados. A criançada ficava maluca!

Sua mãe não tinha dinheiro para te dar um Game Boy da Nintendo? O jeito era se contentar com o Brick Game, um eletrônico que na carcaça dizia ter 9999 jogos, mas na verdade só tinham uns três e todo o resto eram variações deles. E nem de longe chegavam a esse número impossível aí.

Chamados também de “minigames”, eles vinham com clones de Tetris, Arkanoid eu um jogo de corrida feito com as pecinhas desses mesmos jogos, que nunca funcionava direito e seu carro mal saía do lugar.

Inexplicavelmente, o Brick Game fez muito sucesso no Brasil, sendo sempre visto por aí nas mãos de algum menino menos endinheirado.

O Tamagochi da japonesa Bandai foi uma febre no mundo todo, inaugurando a mania dos “bichinhos virtuais”. Você ligava o aparelho, que era basicamente uma telinha com uns poucos botões, e via seu pet crescer de um ovo a uma criatura adulta.

Com os botões, era possível fazer atividades com o bicho, como alimentá-lo, brincar com ele, limpar sua sujeira, fazer carinho e coisas assim, tudo representado de uma maneira extremamente simples dadas as limitações tecnológicas dos anos 90.

Como os originais eram bem caros, aqui no Brasil foram as versões alternativas que fizeram mais sucesso, como o Rakuraku Dinokun e o Dinkie Dino, que faziam basicamente a mesma coisa que o Tamagochi fazia.

E finalmente, chegamos ao maior sucesso comercial dos anos 90 no Brasil: Os Cavaleiros do Zodíaco, sucesso inequiparável na TV que se repetiu nas lojas de brinquedos de todo o país entre 1994 e 1997.

Os bonecos dos Cavaleiros tinham vários pontos de articulação (até os dedos se mexiam!) e armaduras feitas de metal de verdade, o que deixava a experiência de ter um cavaleiro de Atena nas suas mãos ainda mais autêntica.

Os Cavaleiros de ouro eram mais fáceis de achar, enquanto os de bronze, que eram os protagonistas da história, eram bem mais difíceis. Até embalagem era diferentona: os bonecos vinham numa grande caixa, com um painel que se abria na frente, revelando seu herói.