Em 2005, a Warner decidiu apostar em um personagem do universo sombrio da DC Comics para levar os fãs de quadrinhos aos cinemas.

John Constantine é um ocultista inglês, loiro e de olhos azuis, mas acabou sendo vivido por um ator americano com os cabelos pretos.

O mais interessante é que, apesar da diferença visual, Keanu Reeves conseguiu levar a mesma essência do personagem para as telonas.

Infelizmente, por mais que contasse com um elenco recheado com nomes como Djimon Hounsou, Rachel Weisz e Tilda Swinton, o roteiro acabou prejudicando a produção e acabando com a carreira de Reeves como Hellblazer.

O primeiro filme do Batman, de Tim Burton foi um grande sucesso. Mas sua sequência, Batman: O Retorno, não foi assim tão bem nas bilheterias.

Os produtores acharam que isso se devia ao fato da trama ser muito sombria e deram a direção do próximo filme a Joel Schumacher. Michael Keaton se recusou a trabalhar sem Burton na direção e foi substituído por Val Kilmer.

Não precisava ser nenhum gênio pra saber que o filme tinha tudo pra dar errado, começando pelo protagonista.

Kilmer pode ter se saído muito bem em filmes como Top Gun e sua aclamada atuação como Jim Morrison em The Doors, mas o ator não tem nenhuma semelhança com o Bruce Wayne dos quadrinhos.

Sim, é verdade que Heath Ledger se consagrou como um dos melhores personagens dos filmes baseados em quadrinhos, mas é inegável que sua versão do Coringa é completamente diferente de tudo que vimos anteriormente.

O Coringa dos quadrinhos é muito mais psicótico do que caótico, mas o personagem da trilogia do Cavaleiro das Trevas era o que mais se adequava à proposta criada por Christopher Nolan e encaixou perfeitamente naquele universo.

Vale ressaltar a diferença física, já que o Palhaço do Crime sempre foi retratado como um homem magro, além de não possuir cicatrizes no rosto.

O personagem se deu tão bem nas telonas que, mais tarde, foi adaptado para os quadrinhos pelas mãos de Lee Bermejo.

Mais um ator que mesmo sendo diferente do personagem original, acabou se transformando em seu rosto definitivo em live-action.

Quando o seriado do Demolidor foi anunciado, os fãs iniciaram uma campanha para que Michael C. Hall fosse escolhido como Matt Murdock.

As semelhanças eram óbvias. Além do porte físico, Michael também tinha, naturalmente, a aparência do Demolidor dos quadrinhos, sendo ruivo e com um queixo quadrado.

Charlie Cox foi escolhido e os fãs ficaram com um pé atrás, mas ao ver a atuação de Cox na série, as dúvidas foram embora e deram lugar à admiração por uma das maiores séries de super-herói já produzidas.

A Fox decidiu arriscar em sua nova encarnação do Quarteto Fantástico nas telonas.

Além de trazer um elenco muito mais jovem, a etnia dos Storm foi alterada e Susan foi transformada na filha adotiva do Dr. Franklin Storm.

Johnny foi interpretado por Michael B Jordan e, apesar do filme ter sido um grande desastre e completamente massacrado por público e crítica, a cupa não foi do jovem ator.

A personalidade do Tocha Humana foi até mesmo um dos raríssimos pontos fortes da trama. O resto, no entanto...

No filme do Demolidor, de 2003, Michael Clarke Duncan foi escalado para dar vida a Wilson Fisk.

Logicamente, seu porte físico e o fato de ser careca foram os principais pontos que corroboraram para sua escolha. Clarke Duncan era um grande ator, mas diversos elementos do Rei do Crime foram alterados, principalmente sua ligação com a máfia.

Mancha Solar é, certamente, um dos personagens brasileiros mais conhecidos da Marvel.

Em Dias de um Futuro Esquecido, a nacionalidade do personagem foi alterada e Roberto da Costa foi interpretado por um mexicano, bem diferente de sua versão original.

Aliás, originalmente, o Mancha Solar é negro e brasileiro com muito orgulho, características que se perderam na adaptação.

Logicamente, a nova versão da Tia May é muito mais agradável aos olhos, mas com a bela Marisa Tomei perdeu-se uma das maiores características da personagem: sua idade.

É claro que com o Homem-Aranha sendo mais jovem, naturalmente sua tia seria retratada com menos idade.

Mas, nos quadrinhos, uma das principais características de May é ser velha. É isso que ela faz. É uma velhota à beira da morte, mas que continua sendo mantida viva, até mesmo, às custas de pactos com o tinhoso!

Na graphic novel Kick-Ass, Dave Lizewski é um garoto baixinho, magrelo e loiro. Muito diferente de sua versão cinematográfica.

Aaron Taylor-Johnson até mesmo apareceu mais magro no primeiro filme. Mas, além de sua aparência ser completamente diferente do personagem original, voltou muito mais encorpado para a sequência, quebrando a essência do Dave Lizewski original.

Lá em 1996, Nicolas Cage foi escalado para dar vida a ninguém menos que o Homem de Aço.

A história, e até mesmo seu visual, seriam baseados no retorno do Superman, após seu confronto com Apocalypse. No entanto, em determinado momento, seu uniforme seria transparente e até mesmo seus órgãos internos estariam à mostra... Ainda bem que nos safamos dessa!

Mais tarde, Nic interpretou o Motoqueiro Fantasma. Nos quadrinhos, Johnny Blaze é um homem loiro e esbelto. Cage até pode ter seu charme, mas ainda é o Nicolas Cage, né, galera?

Finalmente, o ator deu vida a Damon Macready. Apesar de ter ficado completamente diferente da versão original, seu personagem se saiu muito bem nas telonas.

Tanto o visual quando a história do Big Daddy foram alterados, tornando o personagem muito mais interessante que sua contraparte dos quadrinhos.