Autores da já clássica 10 Pãezinhos, os gêmeos foram os primeiros brasileiros a ganhar o importante Prêmio Eisner e lançaram outras iniciativas importantes, como fanzines e coletâneas. Dois Irmãos é outro de seu título.

O reconhecimento do trabalho foi tão merecido que os dois tiveram até mesmo uma série no selo Vertigo, Daytripper, além de colaborarem com o cantor Gerard Way na saga The Umbrella Academy.

Adriana Melo é um dos grandes nomes brasileiros em atuação lá fora que não está na DC nem na Marvel – apesar de já ter feito trabalhos nas duas editoras, no passado.

Seu principal destaque na carreira foi quando desenhava quadrinhos da série Star Wars, quando a marca ainda era publicada pela Dark Horse.

Atualmente seu trabalho mais conhecido está na editora Titan Comics, com a adaptação em quadrinhos de Doctor Who.

Neta de imigrantes japoneses, Érica Awano é uma desenhista brasileira que ficou famosa por uma das principais publicações nacionais dos últimos 20 anos: Holy Avenger.

O traço limpo e com um estilo que lembra o mangá japonês fizeram de Érica um dos grandes nomes dos quadrinhos nacionais. Ela já colaborou com marcas como Turma da Mônica, Menino Maluquinho, além de trabalhos para antigos RPGs.

E por falar em RPG, André Vazzios é outro artista que teve suas raízes no divertido jogo de mesa. Ele também é colorista e se destacou nas sagas nacionais como Victory, Holy Avenger e Lua dos Dragões.

Já trabalhou com quadrinhos independentes e também com marcas como Turma da Mônica.

Rafael Grampá ficou conhecido por conta de sua graphic novel Mesmo Delivery, que saiu no Brasil e também nos EUA. Desenhou capas e artes de alguns nomes da Marvel e DC no passado, como Hellblazer, American Vampire, Uncanny X-Force e Demolidor.

Outro destaque em sua carreira foi a antologia 5, lançada em parceria com Gabriel Bá e Fábio Moon, além de Becky Cloonan e Vasilis Lolos.

Daniel HDR é um nome antigo do mercado nacional. Ele estreou lá fora ainda em 1995, pela Image Comics. Também já desenhou para Marvel e DC, em equipes como X-Men e Legião dos Super-Heróis.

De lá para cá fez muita coisa e trabalhou em muitas editoras: Panini, JBC, HQM, Via Lettera, Mythos, entre outros.

Seu trabalho mais recente, de 2017, foi O Sombra, da editora Dynamite Entertainment.

Danilo Beyruth começou neste mercado publicando Necronauta, um gibi próprio, que saía por meio de fanzines e depois ganhou destaque em dois álbuns lançados pelas editoras HQM e Zarabatana.

Ele participou ainda de projetos que envolviam Turma da Mônica, como coletâneas e também nas graphic novels do Astronauta.

Jean Sinclair tem uma história curiosa: ele nunca trabalhou para a DC Comics, mas seu desenho mais famoso na Internet é o do Asa Noturna (essa ao lado). Por algum motivo misterioso, quando pesquisamos o nome do personagem no Google, um dos principais resultados é sua arte, que não é oficial, mas é replicada como se fosse.

O feliz acidente o levou a caminhos profissionais promissores. Hoje responsável por algumas publicações menores no Brasil e nos EUA, Jean está para figurar em uma coletânea cyberpunk pela editora Draco, a ser lançada.

Conhecido por desenhar sátiras e publicar em suas páginas na Internet e redes sociais, Caio Oliveira ganhou a simpatia dos fãs pelos traços debochados e narrativa sempre ácida em suas tirinhas – principalmente envolvendo o Batman, ainda que não tenha trabalhado para a DC em sua carreira.

Já publicou projetos autorais por meio de financiamento coletivo, como Super-Ego, lançado no Brasil e nos EUA, Panza, além de R’Lyeh Boy, o mais recente de seus projetos.

Mais uma dupla ocupando uma posição inteira da nossa lista, mas neste caso também não poderia ser diferente. Os irmãos Victor e Lu Cafaggi possuem um traço único e são responsáveis por talvez as melhores obras recentes da Turma da Mônica, as graphic novels Laços, Lições e Lembranças.

Estes não são seus únicos trabalhos porém. Juntos e separados, desenharam projetos como Valente, Pequenos Heróis (colaboração com outros artistas) e também projetos de coletânea da Turma da Mônica.

Os irmãos são, hoje, os principais nomes do quadrinho nacional e despontam como favoritos de muitos fãs por todo o Brasil.