A Noite Mais Densa é uma famosa saga da DC Comics que englobou todo o universo, com um destaque especial para a Tropa dos Lanternas Verdes, que tiveram de se unir a outras tropas do espectro para impedir o retorno de diversos heróis e vilões como zumbis graças aos anéis negros.

De um ponto de vista puramente comercial, adaptar A Noite Mais Densa seria um belo tiro em direção ao fracasso. Primeiro pelo fato do arco conter uma grande quantidade de personagens que jamais poderiam aparecer em um filme. E depois por ser um arco bastante violento e com muitas cenas envolvendo gore, por conta dos zumbis, o que tornaria o filme caro e aumentaria a classificação indicativa, diminuindo, dessa forma, o público.

Ainda por razões similares à Noite Mais Densa, podemos citar A Piada Mortal, a famosa graphic novel escrita por Alan Moore e que revolucionou a indústria e deu um novo olhar para o Coringa. Na trama, o vilão escapa do Asilo Arkham e faz um atentado contra a sanidade de James Gordon, deixando sua filha paralítica e a assediando sexualmente, na frente do pai.

Em termos financeiros, o filme não requer tanto, e poderia ser adaptado com facilidade. Porém, os estúdios jamais lançariam uma versão do Batman para maiores de 18 nos cinemas. Além disso, todo o tema de assédio sexual vem sido recorrentemente esquecido pela própria editora, e causaria boicotes consideráveis caso fosse transcrito aos cinemas.

Considerada por muitos a melhor saga já escrita dos quadrinhos, Crise de Identidade é um marco dos quadrinhos, que fez uma série de retcons nos super-heróis da DC Comics, trazendo uma modernidade especial para personagens que ainda mantinham a personalidade da Era de Ouro.

Contudo, a trama é simplesmente complexa demais para ser transcrita para os cinemas, e requer uma estabilidade profunda da Liga da Justiça, com vários membros já estabelecidos e até mesmo ousando adaptar alguns personagens que fazem sucesso nas séries de TV, como o Eléktron, o que pode causar outro choque entre as duas mídias da editora.

Apesar de ser colocada em grande estima pelos fãs de quadrinhos, num geral, a minissérie em quatro edições escrita por Mark Waid e com belíssimas ilustrações de Alex Ross, e que conta a história do Superman voltando à ativa depois de anos aposentado devido ao assassinato de Lois Lane, Reino do Amanhã é um quadrinho que dificilmente passará pelos projetores de cinema.

Primeiro por se tratar de um quadrinho situado no futuro, o que torna difícil encaixá-lo no Universo Estendido da DC Comics, e depois, por contar uma versão um tanto quanto pessimista de super-heróis de grande porte dos quadrinhos, o que pode não atrair o interesse do estúdio.

Sem dúvida, se temos um quadrinho da DC Comics que jamais será adaptado para os cinemas - ao menos, de forma fiel -, pode ter certeza que é Crise nas Infinitas Terras. O primeiro grande crossover da editora, a série em 12 edições narra um grande confronto que se espalha pelo Multiverso DC e envolve seres como o Anti-Monitor.

Um filme da saga jamais seria adaptado por motivos bem simples. Primeiro, é uma saga grande demais para ser transposta aos cinemas. E ela envolve conceitos como multiverso, terras paralelas, além de envolver o primeiro grande reboot da editora, algo que seria bem complicado para o público leigo absorver.

Um dos arcos mais divisores de opinião da história do Homem-Aranha, A Saga do Cone é algo bem confuso de se explicar. Resumidamente, envolve o Chacal e um novo personagem que nos faz pensar que Peter Parker era apenas um clone. E depois, descobrimos que o clone era ele, Ben Reilly. Além disso, há o Duende Verde por trás de tudo e o surgimento de Kaine, outro clone do personagem.

Por sua controvérsia, e também por ser uma saga extremamente complicada, por envolver clones e múltiplos vilões, é bem improvável que vejamos uma adaptação da Saga do Clone num futuro próximo nos cinemas.

Basta ter uma ideia da história por trás de Dinastia M para descobrirmos o porquê da saga ser inadaptável para os cinemas. Na trama, após ter enlouquecido, a Feiticeira Escarlate é levada a criar uma realidade alternativa onde todos os personagens vivem em um mundo ideal, tendo suas vidas completamente diferentes. Ao final da saga, a Feiticeira, com apenas três palavras, põe o gene mutante em extinção, restando apenas 198 mutantes com habilidades especiais.

A explicação é simples: a Marvel precisaria ter 1) Uma Feiticeira Escarlate com poderes de alteração de realidade. 2) Direitos sobre todos os seus personagens, principalmente os X-Men. 3) O Universo Cinematográfico precisaria estar muito mais definido, talvez com um Homem-Aranha já adulto e um Wolverine que já sabe sobre seu passado.

Uma das duas incursões de Neil Gaiman no Universo Marvel, 1602 é um arco memorável, ilustrado de forma belíssima por Andy Kubert. Nele, vemos versões alternativas dos heróis da Marvel no ano de 1602, ao final do Reinado Elisabetano na Inglaterra. Um mistério envolvendo a primeira criança nascida na América é revelado, enquanto descobre-se uma trama de viagem no tempo e os heróis devem lidar com questões como a Inquisição, um novo rei nada amigável e uma arma encantada trazida por um idoso.

A impossibilidade dessa adaptação é bem óbvia: não é possível realizar um filme de 1602 dentro dos Universos Cinematográficos da editora. E é bem pouco provável que a Marvel realizasse um filme independente de seu Universo Cinematográfico...

Na trama, a Fênix está vindo novamente à Terra, e os Vingadores resolvem se reunir e evitar que a ameaça cause riscos à humanidade, o que os põe contra os X-Men, que veem a chegada da entidade cósmica como uma chance dos mutantes serem reparados após o final da Dinastia M.

Não precisa ter muito tato para perceber que a Marvel não possui os direitos dos X-Men, o que já torna a adaptação impossível. Além disso, a equipe mutante precisaria ter passado por toda a vida de Jean Grey e o descobrimento da Força Fênix, o que levaria muito tempo.

Se as primeiras Guerras Secretas ainda podem ser adaptadas, e dariam um ótimo filme, abordando diversos aspectos do Universo Marvel, as novas Guerras Secretas jamais devem encontrar o escuro de uma sala de cinema.

A trama necessita de uma construção prévia, com problemas como as Incursões sendo revelados durante pelo menos uma Fase inteira do MCU. Além disso, faz-se necessária a presença de personagens que não estão no domínio da Marvel, como o Quarteto Fantástico e o Doutor Destino. Além disso... a própria realização dessa saga depende diretamente de uma adaptação das primeiras Guerras Secretas.