Por que remake de Branca de Neve chega aos cinemas envolto de polêmicas? Saiba tudo
Por que remake de Branca de Neve chega aos cinemas envolto de polêmicas? Saiba tudo
Entenda toda a polêmica por trás do novo remake live-action da Disney com Rachel Zegler e Gal Gadot
Branca de Neve é o mais novo remake live-action da Disney a chegar aos cinemas. Com Rachel Zegler interpretando a princesa titular, o longa promete fazer uma releitura do clássico Branca de Neve e os Sete Anões (1937), mas, desde o anúncio, vem protagonizando algumas polêmicas que andam preocupando o estúdio do Mickey. Mas por quê? Continue com a gente para descobrir tudo sobre as controvérsias da produção.
- A escalação de Rachel Zegler como Branca de Neve
- O suposto estranhamento na relação entre Rachel Zegler e Gal Gadot nos bastidores
- A controvérsia envolvendo os sete anões e a escolha da Disney por CGI
A escalação de Rachel Zegler como Branca de Neve

Rachel Zegler recebeu comentários xenofóbicos após ser escalada como Branca de Neve no remake live-action.
As controvérsias por trás do desenvolvimento de Branca de Neve já começaram pouco tempo depois do anúncio do remake e, consequentemente, de seu elenco.
A primeira delas envolveu a escalação de Rachel Zegler, cuja ascendência colombiana provocou reações xenofóbicas na internet pelo fato da atriz ter sido escolhida para interpretar a princesa titular. Algo similar aconteceu quando Halle Bailey foi escolhida para interpretar Ariel no remake de A Pequena Sereia (2023), por exemplo.
Outra polêmica envolvendo Zegler repercutiu quando, durante a D23 Expo de 2022, a atriz fez algumas críticas à clássica animação do estúdio, lançada em 1937. Em entrevista ao Extra TV, Zegler afirmou que o filme original tem “um grande foco na história de amor entre a Branca de Neve e um cara que literalmente a persegue”, chamando a narrativa de “estranha” e reforçando que o live-action de 2025 não seguiria por esse caminho.
Mas essa não foi a única vez que Zegler criticou a animação dos anos 30. Em outro momento, a atriz já sugeriu que não gostava do filme original, dizendo que o longa é “extremamente datado ao tratar da ideia de uma mulher em papéis de poder” (via Time).
Ela também chegou a falar sobre as críticas que recebeu a respeito de seus comentários acerca do teor “datado” do Branca de Neve de 1937, dizendo:
“As pessoas estão fazendo piada sobre a nossa Branca de Neve ser politicamente correta — mas, sim, ela é, porque precisávamos disso”, via The Hollywood Reporter.
O suposto estranhamento na relação entre Rachel Zegler e Gal Gadot nos bastidores

Segundo matéria da People, Rachel Zegler e Gal Gadot não tem afinidade nos bastidores por terem visões políticas diferentes.
Mais uma polêmica que se intensificou recentemente especula um provável “estranhamento” entre Rachel Zegler e Gal Gadot, que interpreta a Rainha Má, nos bastidores.
Em uma matéria da revista People diante das controvérsias por trás do remake live-action, é dito que as duas “não possuem nada em comum” por causa das diferentes visões políticas de ambas em relação ao conflito entre Israel e Palestina. Enquanto Zegler já demonstrou nas redes sociais seu apoio à Palestina, Gadot é abertamente apoiadora de Israel e até já serviu ao exército israelense por dois anos.
A revista aponta ainda que uma fonte afirmou ao veículo que a intérprete da Rainha Má “está irritada com o drama envolvendo o filme” e que, embora tenha se divertido nas filmagens, ela e Zegler “não são amigas”.
Questionadas pela People, Zegler e Gadot não falaram sobre as supostas tensões entre as duas, mas o portal afirma que “não é uma situação do tipo ‘fique longe de mim’”, afinal elas já apareceram juntas algumas vezes para promover o filme e até apresentaram uma categoria do Oscar 2025.
A controvérsia envolvendo os sete anões e a escolha da Disney por CGI

Anões feitos de CGI no live-action de Branca de Neve seguem causando polêmica.
Outro assunto que deu o que falar na internet foi quando o ator Peter Dinklage, conhecido por ter interpretado Tyrion Lannister na série Game of Thrones, criticou o desenvolvimento do live-action de Branca de Neve. A crítica do ator foi sobre como ele acha “retrógrada” a maneira como os anões da história são representados no filme, reforçando estereótipos de pessoas com nanismo.
Em entrevista ao podcast WTF, em 2022, Dinklage disse:
“Vocês ainda estão fazendo aquela história retrógrada sobre sete anões vivendo em uma caverna juntos. O que vocês estão fazendo, cara? Não fiz nada para promover a minha causa? Acho que não estou falando alto o bastante. Todo meu amor e respeito para a atriz e todas as pessoas que achavam que estavam fazendo a coisa certa. Mas o que vocês estão fazendo?”
Com a crítica do ator impulsionando debates acalorados nas redes sociais, a Disney logo se pronunciou sobre o assunto. Em comunicado divulgado pela Entertainment Weekly na época, o estúdio do Mickey garantiu que iria seguir uma “abordagem diferente” para evitar estereótipos:
“Para evitar que os estereótipos da animação original sejam reforçados, nós estamos adotando uma abordagem diferente para esses sete personagens, e estamos consultando pessoas com nanismo [para fazer o filme].”
Dito e feito: como o primeiro trailer do live-action da Branca de Neve mostrou, a Disney realmente partiu para uma abordagem diferente para retratar os sete anões no remake – mas, como diz a expressão popular, o tiro saiu pela culatra. Isso porque, ao invés de contratar pessoas reais para interpretar os personagens, o estúdio preferiu fazê-los com computação gráfica.

Após críticas de Peter Dinklage, Disney optou por fazer os sete anões em computação gráfica no remake.
Logo depois que as primeiras imagens dos anões na produção foram reveladas, a Disney sofreu uma enxurrada de críticas, inclusive de profissionais da indústria com nanismo, que seguem criticando o estúdio pela escolha até hoje. Choon Tan, por exemplo, disse ao Daily Mail recentemente que o uso de CGI foi “absolutamente absurdo e discriminatório em certo sentido”.
Já a produtora Terra Jolé rebateu as críticas de Dinklage na época em entrevista ao IndieWire, afirmando que a Disney transformou o ator no único porta-voz da causa, algo que ela vê como problemático, já que, em sua visão, Dinklage fala de uma posição de privilégio que muitos atores com nanismo não possuem. “Fiquei perplexa que uma corporação, ao invés de ouvir uma comunidade inteira, está ouvindo apenas uma pessoa”, ela disse.
Em meio a tantos debates polêmicos, a estreia de Branca de Neve vem tirando o sono da Disney, embora as primeiras impressões da crítica especializada tenham surpreendido ao ressaltar aspectos positivos no remake. Com direção de Marc Webb (O Espetacular Homem-Aranha), o filme reimagina o clássico de 1937 com Rachel Zegler na pele da princesa titular e tem estreia marcada para 20 de março nos cinemas.
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