Zack Snyder tinha o desejo de ‘consertar’ Star Wars antes de Rebel Moon: “Eles precisam de mim”
Zack Snyder tinha o desejo de ‘consertar’ Star Wars antes de Rebel Moon: “Eles precisam de mim”
Ideia do cineasta para a Lucasfilm acabou virando sua mais nova saga na Netflix!
Lançado em dezembro do ano passado, Rebel Moon veio para concretizar um novo projeto de Zack Snyder para a cultura pop. Descrito como um épico espacial sobre a libertação de um povo sob o domínio de um império maligno, a saga surgiu como uma ideia descartada para um filme de Star Wars. E em nova entrevista, o cineasta disse como achou que poderia “salvar” a franquia da Lucasfilm.
Durante o Director’s Cut, o podcast oficial do Sindicato dos Diretores, Zack Snyder falou um pouco sobre como ele teve a ideia de fazer um filme de Star Wars. De acordo com o cineasta, isso teria acontecido quando ele trabalhava em Homem de Aço, e sua ideia era reviver a franquia antes da compra da Lucasfilm pela Disney:
“Estávamos trabalhando na produção de ‘Homem de Aço’. E eu estava conversando com Christopher Nolan. Lembro de ter dito a ele: ‘Eu tive essa ideia. Eu vou ligar para a Kathleen Kennedy, e vou apresentar essa ideia de um filme de ‘Star Wars’ que surgiu na minha cabeça’, porque na época, isso foi antes da venda para a Disney, foi depois das prequels, e Star Wars estava sumido. Star Wars estava em um modo silencioso.”
Snyder conta que ficou muito feliz com sua ideia e tinha o sonho de “consertar” algumas decisões “equivocadas” da trilogia prequel. Ele não disse que decisões causaram esse incômodo:
“E eu lembro de pensar: ‘Eles precisam de mim! Isso é legal, eu vou consertar Star Wars’. Além disso, eu tinha alguns problemas com algumas das decisões [das prequels] – não vou dizer o que foi, mas sinto que a [Lucasfilm] pegou o caminho errado; eu sei que isso é um sacrilégio de se dizer, mas era como eu me sentia.”
O tempo passou e Snyder foi refinando suas ideias, criando uma mitologia própria para então apresentar à Lucasfilm – e isso acabou gerando uma certa discussão com sua esposa, Deborah Snyder, já que ela dizia que os fãs não iriam gostar de uma versão que “mudasse” muito do universo de Star Wars.
Snyder então conta como foi a reunião com a Lucasfilm. Segundo ele, apesar de não ter sido aprovada de imediato, a ideia acabou agradando Kathleen Kennedy, a presidente do estúdio. Porém, ele tinha uma única condição para se envolver no projeto – tinha que ser um filme Rated R.
“Bem, foi muito bem. Na época, eu apresentei a ideia e [Kathleen Kennedy disse:] ‘Isso parece muito legal’. Eu lembro de dizer algo como: ‘Existe alguma chance de que isso possa ser Rated R? É uma boa ideia?’ E ela disse: ‘Hmmmm, não sei…’ [E eu respondi:] ‘Então você está dizendo que tem uma chance?’ e ela disse: ‘Bem, vamos falar mais e ver como isso evolui’. E eu pensei: ‘OK!'”
Como ele conta, eventualmente a Disney adquiriu a Lucasfilm e todas as suas franquias – incluindo Star Wars. Os novos detentores da saga então se reuniram com ele novamente, mas descartaram o projeto apresentado:
“E bem, é claro, eles disseram: ‘Veja bem, adoramos sua ideia, mas vamos fazer algo novo… vamos fazer algo diferente’. E minha esposa disse: ‘Veja bem, essa é a melhor coisa que poderia acontecer com você. Isso é uma ótima notícia, você está bem. Além disso, quando você iria fazer esse filme? Porque você tem estado… muito ocupado’. Então eu relaxei um pouco, o projeto desapareceu. Eu ainda pensava nele, ainda falava sobre ele e ainda dizia: ‘E se… isso acontecesse?’ E minha esposa dizia: ‘Você ainda está reclamando daquele filme espacial?’ Porque eu era tenaz.”
Como resultado, a ideia de Snyder foi engavetada por anos e reviveu no ano passado, mas sob uma nova fachada. Os conceitos do diretor deram origem a Rebel Moon, franquia exclusiva da Netflix que teve seu primeiro filme lançado em dezembro. O segundo capítulo, intitulado A Marcadora de Cicatrizes, chega ao catálogo do streaming ainda este ano, no dia 19 de abril.
Rebel Moon – Parte 1: A Menina do Fogo está disponível no catálogo da Netflix.
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