X-Men: Editor da Marvel responde críticas sobre “lacração” nas histórias da equipe

X-Men: Editor da Marvel responde críticas sobre “lacração” nas histórias da equipe

“Para os X-Men, a mensagem é o conceito”, declarou novo editor das revistas mutantes

Em 2024, o editor executivo da Marvel, Tom Brevoort, irá assumir o “escritório-X”, como é chamada a editoria dos quadrinhos de X-Men, de Jordan D White, marcando o fim da Era Krakoa iniciada por Jonathan Hickman em 2019. Em seu Substack, o editor respondeu algumas perguntas de fãs sobre as mudanças editorias nos novos títulos e, sem dar muitas informações sobre o futuro dos mutantes nas HQs, ele falou sobre as cada vez mais comuns acusações dos títulos da equipe serem “woke”, ou “lacração” por aqui.

Criados por Stan Lee em 1963, os X-Men se tornaram ainda mais políticos nas mãos de Chris Claremont, que escreveu histórias aclamadas como “Deus Ama, O Homem Mata”, fazendo ligações entre os mutantes e diferentes grupos de minorias sociais presentes em nossa sociedade. Nas redes sociais, muitos fãs criticam várias das mensagens e histórias relacionadas aos X-Men, dizendo que elas foram arruinadas por uma cultura de “lacração” e com foco em pautas sociais.

Ao ser questionado sobre, Brevoort declarou:

“Eu acho que a acusação mal definida de ser ‘lacração’ não faz sentido e eu costumo ignorar sempre que ela surge em quase qualquer contexto. As pessoas que estão utilizando [o termo] e o brandem como uma espada para atacar qualquer coisa que eles não gostam costumam ser, em sua maioria, cretinos. Eles não estão fazendo um argumento de boa fé, eles criaram um termo para todos os casos, uma letra escarlate adaptável que podem pendurar em qualquer coisa que não gostam por qualquer motivo,” escreveu o editor. “Para os X-Men, a mensagem é o conceito. Esse é um quadrinho sobre excluídos e oprimidos, cada um é uma minoria própria pois tudo que eles compartilham é o gene-X e uma semelhança de propósito, que são temidos e odiados porque eles são diferentes, que tem constantemente lutado para encontrar aceitação dentro de uma sociedade que não os compreende e deseja que eles fossem embora. Todo quadrinhos dos X-Men publicados desde 1963 é sobre esses temas, em um nível ou outro. Sem eles, não seriam os X-Men. Então, enquanto nosso objetivo primário sempre é entreter e causar emoção, isso sempre será uma parte prevalente em toda história dos X-Men. “

Tudo indica que a nova era dos X-Men nos quadrinhos irá abandonar os ideais mostrados na fase de Krakoa, em que os mutantes se uniram como um povo, que ainda enfrenta o preconceito da humanidade frente seu novo status quo como uma nação soberana.

Até o momento, ainda não sabemos como será a nova fase editorial comandada por Brevoort, mas tudo indica que os mutantes voltarão a serem “temidos e odiados” fora de Krakoa, preparando terreno para o reboot da equipe no Universo Cinematográfico da Marvel.