Harry Potter quase teve nove filmes? Entenda como isso quase aconteceu
Harry Potter quase teve nove filmes? Entenda como isso quase aconteceu
Um outro livro da saga quase foi dividido em duas partes
Mesmo após anos do fim da saga Harry Potter nos cinemas, os fãs continuam revisitando a história para reviver as aventuras do bruxo que marcou gerações. Mas você sabia que Harry Potter e as Relíquias da Morte quase não foi o único livro a ser adaptado em duas partes? Inicialmente, havia planos para dividir o quarto filme, Harry Potter e o Cálice de Fogo, em dois filmes (via CBR).
Essa ideia faz sentido quando observamos a diferença entre os primeiros livros e o quarto. Enquanto Pedra Filosofal, Câmara Secreta e Prisioneiro de Azkaban são relativamente compactos, Cálice de Fogo é significativamente maior. Até então, os filmes mantinham quase todos os eventos dos livros, com poucas alterações.
Com a densidade de Cálice de Fogo, surgiram preocupações sobre a fidelidade à história. Seria possível condensar quase 600 páginas em apenas um filme de duas horas e meia? O diretor Mike Newell decidiu que sim. Ele optou por não dividir o longa, acreditando que poderia entregar uma narrativa coesa em uma única produção.
Na época, dividir filmes ainda não era uma prática comum na indústria. Um dos poucos exemplos existentes era Kill Bill, dividido em duas partes (via Empire). Mais tarde, o sucesso de Relíquias da Morte consolidou esse formato, que acabou influenciando outras franquias como Crepúsculo e Jogos Vorazes e até lançamentos mais recentes, como Duna e Wicked.
No final, Newell conseguiu criar um filme sólido, condensando os eventos mais importantes sem comprometer a história. Claro, algumas adaptações foram necessárias, como na última prova do Torneio Tribruxo, mas a essência do livro foi preservada. Esse trabalho acabou servindo de exemplo para os filmes seguintes, que concentraram a trama na escalada da guerra contra Voldemort.
Dividir Relíquias da Morte em dois longas foi uma decisão certeira, oferecendo tempo para explorar a conclusão épica e permitir que o público se despedisse da saga de forma mais significativa. Se esse modelo já tivesse sido usado antes, talvez o impacto não tivesse sido o mesmo.
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