Editoras de mangás expandem combate a pirataria para fora do Japão
Editoras de mangás expandem combate a pirataria para fora do Japão
Site brasileiro foi derrubado na última semana
De acordo com o jornal japonês, NHK, as editoras nipônicas de mangá planejam expandir o combate a pirataria para fora do Japão. Inicialmente, segundo o advogado Hiroyuki Nakajima, o objetivo é derrubar sites e aplicativos ilegais, mas também é importante encontrar os operadores e penalizá-los criminalmente.
A movimentação acontece após um levantamento da ABJ (Livros Autorizados do Japão) revelar que, dos 1207 sites ilegais mapeados pela organização, mais de 70% da pirataria de mangá está voltada para o público internacional. Outro monitoramento, da britânica MUSO, indica que o maior mercado consumidor de mangás piratas é os Estados Unidos, com 13% do trafego mundial.
De acordo com a empresa, mangás são a mídia impressa mais pirateada no mundo, acumulando cerca de 69% de toda pirataria impressa. O formato também assumiu a segunda posição entre as mídias de entretenimento mais pirateadas, perdendo apenas para séries de TV.
No Brasil, os efeitos da intensificação da perseguição à pirataria virtual de mangás já pode ser sentido. Nos últimos meses, Mangá Livre e Mangá Bird, dois grandes distribuidores alternativos do meio, foram derrubados por associações japonesas.
Na última semana, foi a vez do OPEX, maior site de One Piece do país, encerrar a distribuição de suas traduções não-oficiais de capítulos do mangá e episódios do anime da franquia após uma determinação da japonesa CODA (Associação de Distribuição de Conteúdo no Exterior). Não se sabe quais outros sites de mangás nacionais estão na mira da organização.