Branca de Neve: Por que anões do filme live-action são feitos de CGI? Entenda polêmica por trás da decisão
Branca de Neve: Por que anões do filme live-action são feitos de CGI? Entenda polêmica por trás da decisão
Filme estrelado por Rachel Zegler e Gal Gadot enfrenta polêmicas desde o anúncio da Disney
Previsto para chegar aos cinemas em 2025, o novo live-action da Branca de Neve ganhou seu primeiro trailer oficial na D23 de 2024 já causando polêmica. Isso porque a prévia divulgada pela Disney trouxe de volta a controvérsia envolvendo os anões, que são feitos de CGI no longa estrelado por Rachel Zegler e Gal Gadot. Mas, afinal, por que o estúdio optou por essa representação?
- A polêmica dos anões feitos de CGI no novo filme da Branca de Neve
- Por que os anões do novo filme da Branca de Neve são feitos de CGI?
A polêmica dos anões feitos de CGI no novo filme da Branca de Neve
O live-action da Branca de Neve na Disney vem coletando polêmicas desde que o estúdio anunciou sua produção, em 2016. Com Rachel Zegler (Amor, Sublime Amor) interpretando a icônica princesa da Disney e Gal Gadot (Mulher-Maravilha) na pele da Rainha Má, o longa dirigido por Marc Webb (O Espetacular Homem-Aranha) é uma reinterpretação moderna de Branca de Neve e os Sete Anões (1937), a icônica animação da princesa desenvolvida pelo estúdio do Mickey.
Sendo uma adaptação, é claro que o novo filme também conta com a presença dos sete anões, grupo que, na animação original, acaba se afeiçoando à princesa depois que ela consegue escapar da tentativa de assassinato orquestrada pela Rainha Má, a madrasta que inveja a beleza da Branca de Neve. E é justamente a presença dos anões no filme que vem causando bastante polêmica antes mesmo da estreia da produção.
O caso começou em 2022, quando Peter Dinklage, conhecido por ter interpretado Tyrion Lannister na série Game of Thrones, criticou o desenvolvimento do novo live-action, afirmando que, embora o filme se proponha a modernizar a história da Branca de Neve com uma atriz que possui ascendência latina no papel da protagonista, os anões ainda são representados de maneira desrespeitosa, reforçando estereótipos de pessoas com nanismo.
“Vocês ainda estão fazendo aquela história retrógrada sobre sete anões vivendo em uma caverna juntos. O que vocês estão fazendo, cara? Não fiz nada para promover a minha causa? Acho que não estou falando alto o bastante”, Peter Dinklage disse ao podcast WFT. “Todo meu amor e respeito para a atriz e todas as pessoas que achavam que estavam fazendo a coisa certa. Mas o que vocês estão fazendo?”
Em resposta, a Disney divulgou uma declaração (via EW) que garantia que o estúdio traria uma abordagem diferente para os sete anões no novo live-action para evitar a perpetuação de estereótipos:
“Para evitar que se reforcem os estereótipos do filme animado original, nós estamos adotando uma abordagem diferente para esses sete personagens, e estamos consultando pessoas com nanismo [para fazer o filme]. Estamos animados para compartilhar com vocês mais sobre o filme à medida que ele entra em produção após um longo período de desenvolvimento.”
Por que os anões do novo filme da Branca de Neve são feitos de CGI?
Como nota-se no primeiro trailer divulgado de Branca de Neve, a Disney parece ter realmente seguido uma abordagem diferente para os sete anões no live-action. Ao invés de contar com pessoas reais interpretando os personagens, o estúdio optou por usar computação gráfica (o famoso CGI) na criação dos anões, que deixaram suas características mais próximas a dos visuais do filme original.
A escolha resultou em uma grande leva de críticas nas redes sociais que trouxeram de volta toda a controvérsia envolvendo a representação dos anões no live-action, assim como os comentários de Peter Dinklage sobre os estereótipos envolvendo pessoas com nanismo no novo filme da Branca de Neve.
Contudo, também vale ressaltar que, apesar de uma parcela de profissionais da indústria com nanismo terem concordado com a fala de Dinklage, outros discordaram, ressaltando que muitos atores com nanismo perderam a oportunidade de trabalhar em uma produção desse porte por causa das críticas do ator, que foram acatadas de maneira ainda mais controversa pela Disney com a substituição de pessoais reais por CGI.
Em entrevista ao IndieWire, logo após os comentários polêmicos de Dinklage, a produtora Terra Jolé, por exemplo, ressaltou que, na sua opinião, a Disney transformou o ator no único porta-voz da causa, mas a realidade é bem mais complexa do que isso. “Fiquei perplexa que uma corporação, ao invés de ouvir uma comunidade inteira, está ouvindo apenas uma pessoa”, ela afirmou, reforçando que acredita que Dinklage fala de uma posição de privilégio e popularidade.
Com uma bagagem de escolhas polêmicas nas mãos, o live-action de Branca de Neve, que se juntará a outras produções do tipo na Disney, como A Pequena Sereia (2023) e Aladdin (2019), tem data de estreia marcada para 21 de março de 2025, mas o público não parece muito animado para o projeto graças às controversas decisões da equipe criativa.
Aproveite ainda para conferir abaixo o primeiro trailer do live-action de Branca de Neve na Disney:
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