Ainda Estou Aqui: Conheça a história real que inspirou filme com Fernanda Torres
Ainda Estou Aqui: Conheça a história real que inspirou filme com Fernanda Torres
Sucesso nos cinemas nacionais, o filme de Walter Salles é baseado em uma emocionante história da vida real
Sucesso de bilheteria no Brasil, o filme Ainda Estou Aqui mal chegou aos cinemas nacionais e já está emocionando o público com a emocionante trajetória da família Paiva. Com direção de Walter Salles (Central do Brasil), o longa tem Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro no elenco, mas você sabia que ele foi inspirado em uma história real?
Qual é a história real que inspirou o filme Ainda Estou Aqui?
Baseado no livro homônimo do escritor Marcelo Rubens Paiva, Ainda Estou Aqui não é meramente uma obra de ficção. A história que você viu (ou ainda vai ver) no cinema é inspirada nas memórias da vida do autor, que fez um baita sucesso no cenário literário nacional quando lançou o livro Feliz Ano Velho, em 1982.
Assim como o filme de Salles, o livro de Ainda Estou Aqui conta a história de Eunice Paiva, mãe do escritor, que assumiu sozinha a criação do filhos depois que o ex-deputado Rubens Paiva, seu marido, foi levado para interrogatório durante o período da ditadura militar no Brasil, durante os anos 1970, e nunca mais voltou para casa.
Conforme contado no livro, Rubens foi um político e engenheiro que desapareceu durante o regime ditatorial no Brasil. Sua morte só foi confirmada 40 anos depois graças às investigações da Comissão Nacional da Verdade, cujo propósito era investigar as violações de direitos humanos no país entre os anos 1946 e 1988, trazendo um foco maior no período da última ditadura militar, ocorrida entre 1964 e 1985.
Segundo depoimentos (via O Globo), a morte de Rubens aconteceu entre os dias 20 e 22 de janeiro de 1971 após o político ser torturado em um quartel militar. O corpo foi enterrado e desenterrado inúmeras vezes, e seus restos mortais foram jogados ao mar no Rio de Janeiro, em 1973.
Como a adaptação do livro também mostra, pouco depois que Rubens foi levado para interrogatório, Eunice e Eliana, a filha mais velha da família, também foram obrigadas a prestar depoimento na vida real. Eliana foi solta no dia seguinte, mas Eunice permaneceu 12 dias encarcerada sem saber o que teria acontecido com a filha ou o marido.
Após ser liberada, Eunice dedicou toda sua vida à busca por respostas ao desaparecimento de Rubens, formando-se em Direito aos 47 anos. Além de ter sido uma militante na luta contra a ditadura militar, Eunice também lutou pela causa indígena no país. Ela faleceu aos 89 anos, em 2019, após viver 15 anos com a doença de Alzheimer.
Ainda Estou Aqui está em cartaz nos cinemas brasileiros.
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