Velozes e Furiosos: David Ayer diz que foi “esquecido” pela franquia
Velozes e Furiosos: David Ayer diz que foi “esquecido” pela franquia
Diretor foi corroterista do primeiro filme
Velozes e Furiosos se mostrou uma das maiores franquias dos últimos anos. Porém, em 2001, o longa foi visto como uma produção pequena e independente que, provavelmente, não iria muito longe. Agora, em entrevista para o podcast Real Ones (Os Verdadeiros em tradução literal) de Jon Bernthal, David Ayer, corroterista do primeiro filme, lamenta a falta de reconhecimento por ter moldado muito do que a franquia se tornou.
De acordo com Ayer, conhecido por Esquadrão Suicida (2016), Bright e Corações de Ferro, ele não tem “nada para mostrar” em relação a Velozes e Furiosos, pois a narrativa contada é que ele “não fez nada”.
“A maior franquia de Hollywood e eu não tenho nada disso”, disse Ayer. “Não tenho nada para mostrar, nada, por causa da forma como a indústria funciona. A narrativa diz que eu não fiz nada, né?” Ayer continuou. “É como se as pessoas sequestrassem, controlassem e criassem narrativas para se empoderar, certo? E porque eu sempre fui um estranho e tipo, não vou às festas, aos jantares, não faço nada disso… Mas, as pessoas que eram capazes de controlar e gerenciar as narrativas faziam isso e eram parte do problema. Eu nunca fiz parte disso,” afirmou.
Com dez filmes e um spin-off, Velozes e Furiosos arrecadou mais de 7 bilhões de dólares ao longo dos anos. Mesmo com o fim eminente da franquia com a segunda parte de Velozes e Furiosos 10, o estúdio promete continuar investindo nesse universo com produções que incluem um filme focado no personagem de Dwayne Johnson.
Para Ayer, mesmo sem envolvimento com o restante da saga, foi ele o responsável por ter dado o tom de Velozes e Furiosos. Isto é, levado a história para Los Angeles e a transformado em um elenco plural sobre corridas de rua.
“Quando eu recebi o roteiro, o filme se passava em Nova York com vários garotos italianos” disse Ayers. “Eu disse: ‘Cara, não vou aceitar isso a menos que eu possa fazer o filme em Los Angeles e fazer com que ele se pareça com as pessoas que conheço em Los Angeles’. Então, comecei a escrever sobre pessoas de cor, sobre as ruas e sua cultura. E, na época, ninguém sabia nada sobre corridas de rua.”
O diretor ainda deu detalhes sobre seu trabalho de pesquisa, onde foi para lojas de carro situadas no Valley Village, distrito em Los Angeles, California, onde conversou com “os primeiros caras que estavam fazendo hacking das curvas de combustível com injetores e coisas assim”.
Essa não é a primeira vez que Ayer tem apontado os erros da indústria de Hollywood. Recentemente, o diretor comentou sobre como a Warner Bros. vetou diversas da suas ideias para Esquadrão Suicida, transformando sua obra em um “filme ruim”.
Questionados pela Variety sobre o “esquecimento” de Ayer na franquia Velozes e Furiosos, a Universal Pictures permaneceu em silêncio.
Aproveite e continue lendo: