Como um dos livros mais assustadores de Stephen King só foi publicado para se livrar de um contrato
Como um dos livros mais assustadores de Stephen King só foi publicado para se livrar de um contrato
Livro está longe de ser um dos favoritos do autor…
Stephen King é um dos principais escritores do gênero de horror da cultura pop. Entre monstros assustadores como em A Coisa e cachorros com raiva, como em Cujo, um favorito entre os fãs do autor é O Cemitério Maldito. Porém, além de não ser uma história que traz orgulho para King, a verdade é que o livro apenas foi publicado por conta de uma obrigação legal do autor.
Em uma entrevista exclusiva para a Entertainment Weekly em 2019, King relembrou como foi a produção e publicação de O Cemitério Maldito. De acordo ele, a história nunca foi de seu agrado. Sendo descrita como “terrível”, o único motivo para ela ter chego a público foi um contrato.
“Foi o que aconteceu! Essa é a razão para eu ter publicado o livro. Caso contrário, ainda estaria em uma gaveta por aí”, disse ao ser perguntado se era verdade o boato sobre a publicação do livro.
“Tínhamos assinado um contrato com a Doubleday. A antiga Doubleday, naquela época. Chamava-se Author Investment Plan (Plano de Investimento do Autor), e a ideia era: ‘Nós lhe pagaremos US$ 50.000 por ano e você não terá de pagar impostos sobre nada além disso’. E para dois garotos que nunca tiveram dinheiro, 50.000 dólares é como se fosse o mundo. Muito dinheiro.”
Na época, King já havia publicado Carrie e Salem’s Lot com a editora Doubleday. Porém, como seu contrato ainda não estava concluído, a empresa reteve o dinheiro de King. Se sentindo desconfortável em como o haviam tratado na época, ele migra para outra editora, a Viking, e constrói uma carreira ainda mais atrativa, com livros como A Zona Morta, Cujo, A Incendiária e Quatro Estações.
Em determinado momento, o dinheiro retido pela Doubleday nem fazia falta para Stephen. Mas, o seu editor da época o lembrou que, se caso King falecesse, a Doubleday poderia entrar com um processo legal contra a família do autor, exigindo que eles pagassem os impostos sobre o dinheiro retido em nome de Stephen.
“Arthur me disse: ‘Se você morrer, a Receita Federal vai implorar à sua família, porque eles vão alegar que todo o dinheiro do fundo de investimento da Doubleday é seu. E eles terão de pagar impostos sobre o dinheiro que você não recebeu’. O dinheiro já havia se acumulado o suficiente, então eu disse: ‘Bem, o que eu faço a respeito disso?’ E ele disse: ‘Você terá que dar a eles outro livro e fazer parte do acordo que eles podem publicar o livro de acordo com seus próprios termos. Mas eles têm que quebrar o fundo de investimento’.”
Foi então que, apesar do desgosto de King sobre seu livro, O Cemitério Maldito chegou ao público sobre o selo da editora Doubleday. Desde então, a história sobre o cemitério indígena que consegue trazer animais e pessoas de volta a vida se tornou uma das favoritas do público.
Além do sucesso na mídia literária, O Cemitério Maldito ganhou três adaptações para os cinemas. A primeira em 1989, com direção de Mary Lambert, então uma sequência em 1992 e um remake em 2019, dirigido por Kevin Kolsch e Dennis Widmyer.
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