Tokyo Revengers: Um dos animes mais populares do momento precisou ser alterado para evitar grande polêmica

Tokyo Revengers: Um dos animes mais populares do momento precisou ser alterado para evitar grande polêmica

O que o anime precisou mudar antes de fazer sua estreia?

Tokyo Revengers é um anime que adapta o mangá de Ken Wakui, que carrega o mesmo nome e trouxe ao público uma história envolvendo viagens no tempo com delinquentes juvenis e gangues de motoqueiros. Essa mistura chamou muito a atenção, mas uma polêmica envolvendo o anime – devido a um símbolo que era frequentemente visto no mangá – fez com que algumas alterações fossem feitas antes da história ser animada. Bora descobrir o que aconteceu?

Vamos direto ao ponto: a suástica, que é o símbolo da principal gangue da história, a Toman. Para o ocidente, esse é um símbolo que desperta um gatilho histórico tenebroso, por ter sido uma das principais simbologias adotadas pelo Nazismo e todo o ódio gerado por ele. Mas, para culturas como as da Índia ou do Leste Asiático, a suástica significa boa sorte e prosperidade.

A diferença entre as duas suásticas é sutil e por isso causa estranheza e polêmica: o símbolo manji está no sentido anti-horário e o seu centro forma um sinal de mais, enquanto a suástica nazista está no sentido horário e inclinada em um ângulo conhecido como “cruz em gancho”. No Japão, por exemplo, antes da Copa do Mundo de 2022 era comum ver este símbolo várias vezes em mapas, representando templos ao longo da cidade.

Contudo, o símbolo manji acabou sendo censurado no anime. Com o nome da gangue de Takemichi (o protagonista) sendo Tokyo Manji, retirar o Manji de suas bandeiras e uniformes dividiu opiniões. As mudanças feitas para encobrir o símbolo foram nítidas na abertura, onde a bandeira da gangue Tokyo Manji foi apagada e a luz do sol atrás de Draken e Mikey foi aumentada para que ele fosse escondido.

Também vemos cenas em que o anime cortou alguns momentos ou utilizou fotos estáticas para animar certos momentos, o que, segundo os fãs, acabou prejudicando o peso dramático que alguns desses momentos deveriam ter e não tiveram. Levando em conta que esse é um símbolo presente em tantos lugares ao longo da obra original, a equipe teve um certo trabalho para apagá-lo da primeira temporada.

Na verdade é bastante compreensível a retirada do manji das cenas do anime, principalmente a partir do momento que ele atravessa as fronteiras e chega ao Ocidente. Por mais que questões culturais e religiosas existam e precisem ser respeitadas, a suástica ainda desperta memórias perturbadoras para a humanidade e a tentativa de amenizar isso não deixou de ser válida.

Mas vale lembrar que essa censura existe apenas para o público ocidental. Uma resposta foi dada pela Crunchyroll France em seu Twitter, explicando aos fãs que versão censurada foi dada à plataforma de streaming, ou seja: eles foram proibidos de fazer edições ou retoques, mas essa não foi uma escolha deles. Os episódios transmitidos no Japão não passaram por nada disso e exibiram o símbolo normalmente.

Mas e você, o que acha dessa polêmica? Está do lado dos que defendem a retirada do Manji ou do que quer a remoção permanente do símbolo daqui em diante? Divide com a gente nos comentários!

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