Titanic: James Cameron admite que pode ter errado em uma coisa sobre a tragédia real

Capa da Publicação

Titanic: James Cameron admite que pode ter errado em uma coisa sobre a tragédia real

Por Jaqueline Sousa

Mesmo 25 anos após o lançamento nos cinemas, Titanic ainda impressiona o público com sua precisão histórica e pela grandiosidade da representação do naufrágio do famoso navio. Porém, nem mesmo o perfeccionismo de James Cameron passou despercebido entre as falhas humanas: o diretor admitiu, no documentário Titanic: 25 Years Later with James Cameron (Titanic: 25 Anos Depois com James Cameron, em tradução livre), que pode ter errado em um aspecto sobre a tragédia da vida real (via ComicBook.com) mostrada no filme.

Em celebração ao aniversário de Titanic, Cameron decidiu revisitar sua obra em um documentário especial do National Geographic. Para isso, ele contou com a ajuda de uma equipe de cientistas e engenheiros para explorar a história apresentada no longa-metragem, buscando entender até que ponto o naufrágio do transatlântico foi retratado com precisão histórica no filme.

“O filme Titanic retrata o que acreditávamos ser um retrato preciso das últimas horas do navio. Nós o mostramos a proa afundando primeiro, levantando a popa no ar, antes de seu enorme peso partir a embarcação em dois pedaços”, Cameron disse no documentário. “Nos últimos 20 anos, venho tentando descobrir se acertamos.”

Assim, após a realização de testes hidrodinâmicos com réplicas do navio que se partiam no mesmo local que a embarcação do filme se “quebra”, concluiu-se que a recriação da tragédia real estava “meio certa”.

O momento em que o navio parte ao meio é um dos momentos mais dramáticos do filme de James Cameron.

Quem assistiu ao filme deve se lembrar do dramático momento em que o Titanic parte em dois. Antes disso acontecer, boa parte da proa do navio já estava afundando por causa do impacto com o iceberg. Logo, à medida que o transatlântico ia se inclinando cada vez mais, o peso foi tão grande que a parte traseira se quebrou, fazendo com que ele caísse horizontalmente no oceano novamente.

O problema é que, com as duas metades ainda conectadas, a proa acabou “puxando” a popa para baixo, fazendo com que ele afundasse na vertical. No entanto, com os testes feitos para o documentário de 25 anos, isso não poderia ter acontecido na vida real, já que a popa poderia ter caído de volta no oceano e poderia ter afundado verticalmente, mas não fazer os dois ao mesmo tempo.

“Nós descobrimos que você pode fazer a popa afundar verticalmente e pode fazer a popa cair para trás com um grande respingo, mas não pode ter os dois”, James Cameron contou. “Portanto, o filme está errado em um ponto ou outro — penso que está errado na recaída da popa por causa do que vemos na proa do naufrágio.”

Cameron completou dizendo que, depois dos testes, “descartou a possibilidade de um naufrágio vertical da popa” e que também “podemos descartar a possibilidade de cair para trás e depois ficar na vertical”. Foi assim que o cineasta admitiu que o filme estava “meio certo” em sua precisão histórica.

Aproveite também: