The Last of Us: Produtores explicam por que dois elementos fundamentais do jogo foram cortados do quinto episódio da série
The Last of Us: Produtores explicam por que dois elementos fundamentais do jogo foram cortados do quinto episódio da série
A adaptação da HBO está empenhada em expandir cada vez mais o universo da franquia
Atenção: Alerta de Spoilers!
A cada novo episódio de The Last of Us, os fãs do jogo desenvolvido pela Naughty Dog rasgam elogios para a maneira como o game está sendo adaptado pela HBO. Com o quinto episódio não foi diferente, mas algumas mudanças em relação à obra original chamaram atenção quando a história de Henry e Sam foi apresentada no capítulo.
Em entrevista ao The Last of Us Podcast, os produtores executivos Neil Druckmann e Craig Mazin comentaram sobre as modificações que foram necessárias para o quinto episódio da série da HBO, em comparação ao jogo. Além de terem mudado bastante o caráter de Sam, Henry também sofreu alterações quando foi adaptado para o produto televisivo, indo de alguém que mata inimigos sem pensar duas vezes nos jogos para uma pessoa que nunca nem sequer machucou um ser vivo na série.
Druckmann, que também é o criador do game, explicou a motivação por trás da escolha, principalmente no que diz respeito a Henry:
“Há uma mudança aqui que é bastante significativa no jogo. Precisávamos que Henry pudesse lutar e matar com você (no jogo). E tentamos dar uma certa moralidade a Henry no game que nem mesmo Joel teria, como quando há uma parte em que Sam tenta roubar um brinquedo de uma loja e Henry diz ‘Não, nós pegamos apenas aquilo que precisamos e nada mais’. E foi apenas uma maneira de separá-los. Aqui [na série], novamente, não precisamos que Henry mate, há essa bela escolha de nunca ter matado alguém. Acho que isso o separa imediatamente de Joel. E você entende o porquê Henry precisa tanto desse homem que ele acabou de ver matando um monte de gente.”
Outro elemento que também foi modificado na série da HBO envolve uma interação dos personagens em túneis de Kansas City. Quem já jogou The Last of Us deve se lembrar que há toda uma narrativa envolvendo cartas e diários de um sobrevivente chamado “Ish”, que detalham a comunidade que ele vivia embaixo da cidade. No seriado, por sua vez, há apenas uma espécie de easter-egg de Ish, mas essa parte da história foi totalmente cortada da produção.
Druckmann também comentou sobre a decisão, afirmando que eles “simplesmente não poderiam contar a história do programa”, já que “não havia um jeito de fazê-la”. De acordo com ele, a ideia era apenas “enriquecer” o universo de The Last of Us:
“Queríamos honrar a existência desse lugar, e parecia que havia uma maneira de refletir sobre esses personagens e as jornadas que eles estavam vivendo, especialmente com as crianças que viviam lá. E você vê Sam desenhando coisas e imagina que haveria, tipo, uma dúzia de crianças aqui, mas elas se foram. Então, eu amo que é esse momento que o honra. E é como se essas duas dimensões quase paralelas da mesma história existissem lado a lado e meio que conversassem uma com a outra, enriquecendo ambas.”
Craig Mazin, por sua vez, admitiu que, na teoria, eles poderiam ter feito um episódio dedicado à história de Ish, mas que a versão final da série de TV foi a melhor forma de abordar essa questão. “É melhor tirar o chapéu para Ish e depois deixar as pessoas jogarem o jogo”, afirmou o produtor.
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