The Last of Us: Criadores da série explicam alteração na história de Bill e Frank
The Last of Us: Criadores da série explicam alteração na história de Bill e Frank
Mantendo o mesmo objetivo, adaptação seguiu caminho diferente dos games.
The Last of Us, a elogiada série da HBO, surpreendeu a todos com seu terceiro episódio — Por Muito, Muito Tempo. A história de Bill e Frank ganhou novas cores na adaptação, que seguiu por um caminho completamente diferente do jogo de PlayStation 3. Os criadores da série, Neil Druckmann e Craig Mazin, explicam porque foi importante modificar essa história.
Na trama original, Joel e Ellie encontram Bill apenas após a morte de Frank, que cometeu suicídio após ser mordido por infectados enquanto tentava fugir da cidade deixando seu amado para trás. A série, por outro lado, decidiu mostrar toda a extensão do relacionamento do casal por meio de flashbacks, culminando em um desfecho completamente diferente.
A nova versão da história entre Bill e Frank foi uma sugestão de Craig Mazin a Neil Druckmann, que também é co-criador dos jogos. Em uma entrevista ao GameSpot, Craig disse que a ideia era trabalhar os temas principais da franquia de uma forma condensada neste episódio.
“Na criação dessa história de Bill e Frank, eu acho que colocamos todos os temas e argumentos de toda a série: você verá algumas dessas dinâmicas acontecerem de novo e de novo, mas, para mim, todas são um eco de Bill e Frank,” revela.
E a principal dinâmica, que Druckmann explica no vídeo de bastidores disponível na sessão de extras do HBO Max, são as diferentes formas de amor, que funcionam como fio condutor para a narrativa. “Com cada episódio, há uma espécie de reflexão sobre onde o amor pode levar você. E essa foi a versão pura e inocente. Essa é a beleza que o amor pode nos trazer,” diz Neil.
“Eu queria explorar a ideia de amor comprometido,” reforça Mazin ao Gamespot, “Que o amor não é algo que acontece imediatamente: vem a paixão, vem o desejo, temos esses momentos que ficam marcantes um com o outro, mas depois com o tempo, vem essa outra coisa que acontece que é um produto do comprometimento com o tempo. E eu queria ver isso porque muito da série é sobre amor, em todas as suas formas.”
Druckmann ainda revela que a escolha de Bill para um papel tão crucial na narrativa veio exatamente por sua solidão. Acompanhar o personagem traz outra perspectiva sobre o apocalipse e funciona “como uma maneira de seguir pelo tempo e ver como as coisas mudaram dentro do contexto de um homem,” segundo o produtor.
No futuro, a série deve continuar adaptando a história do game com a maior fidelidade possível. Segundo Druckmann, a história só vai ser diferente dos games quando for extremamente necessário.
“Minha filosofia nessa série sempre foi: ‘Quando devemos nos desviar e quando devemos voltar?’ Se [o novo] for mais ou menos o mesmo ou pior, ficamos com o jogo. Se for melhor, nós nos desviamos,” revela Neil.
Novos episódios de The Last of Us chegam ao HBO Max todo domingo às 23h.
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