Sobrevivente de Hiroshima fala contra proibição de mangá sobre a Segunda Guerra no Japão, entenda
Sobrevivente de Hiroshima fala contra proibição de mangá sobre a Segunda Guerra no Japão, entenda
Conselho educacional de Hiroshima proibiu o uso do mangá nas escolas da cidade
Recentemente um mangá sobre a Segunda Guerra Mundial chamado Gen – Pés Descalços, de Keiji Nakazawa, foi retirado do currículo escolar local por decisão do conselho educacional de Hiroshima. Agora, Hiroshi Sugibayashi, um sobrevivente do bombardeio da cidade, veio a púbico se posicionando contra a proibição do mangá nas escolas.
O mangá conta a história de um garoto que também sobreviveu a esse mesmo bombardeio e era usado havia anos em disciplinas envolvendo o tema nas escolas japonesas e também no restante do mundo. Porém, uma cena em específico em que o protagonista rouba um peixe para alimentar uma mulher grávida preocupou o conselho estudantil que alegou que a cena poderia ser mal interpretada pelas gerações atuais.
O Mainichi, compartilhou o depoimento de Hiroshi Sugibayashi, um homem de 78 anos que sobreviveu ao incidente de Hiroshima, onde ele pede para que a proibição seja revista e que as pessoas não deixem que esse mangá morra. Segundo Sugibayashi, o mangá parecia ter sido escrito sobre ele próprio dada a proximidade da trama com sua própria história de vida (via ComicBook).
“Meu desejo atual é que o mangá não seja apagado, como alguém que viveu a vida de Gen”, disse ele. “Eu estava desesperado para sobreviver, e essa minha vida também era a do Gen. Sinto como se nossas vidas fossem rejeitadas. Posso falar de episódios daquela época. Esse é meu dever como quem está vivo hoje.”
Várias pessoas tem se unido em protesto contra o boicote ao mangá nas escolas da cidade de Hiroshima, considerando a proibição um desserviço à educação. A obra consegue transmitir de modo tocante os horrores da guerra através dos olhos de uma criança e se mostra bastante útil no processo de educar as futuras gerações acerca de todas essas atrocidades do passado.
Mas e você? Qual a sua opinião sobre o assunto? Divida com a gente nos comentários!
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