Roteiristas se reúnem com estúdios, mas greve continua em Hollywood

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Roteiristas se reúnem com estúdios, mas greve continua em Hollywood

Por Gus Fiaux

Tendo se iniciado no dia 2 de maio deste ano, a Greve dos Roteiristas de Hollywood está entrando no terceiro mês. Na última sexta-feira (04), o Sindicato de Roteiristas se reuniu novamente com a Associação de Produtores de Televisão e Cinema da América, mas as negociações não foram adiante e a paralisação continua.

Conforme noticiado pelo The Hollywood Reporter, representantes dos grandes estúdios e plataformas de streaming se reuniram com lideranças do Sindicato dos Roteiristas no último dia 4. No entanto, nenhum acordo foi traçado, já que a reunião serviu apenas como “um protocolo para potenciais negociações“.

Tendo ouvido mais uma vez as demandas dos roteiristas, a AMPTP (Associação dos Produtores) teria revelado que “ainda precisa se consultar com membros dos estúdios antes de seguir em frente“.

Quem presidiu a sessão foi a presidente da Associação dos Produtores de Televisão e Cinema, Carol Lombardini. De acordo com a liderança do Sindicato dos Roteiristas, “ela disse que eles estão dispostos a aumentar suas ofertas em algumas questões específicas de roteiristas da televisão – e estão dispostos a conversar a respeito de Inteligência Artificial – mas que não estão dispostos a engajar com a preservação das salas de roteiristas ou salários residuais baseados no sucesso [de uma produção].”

Mesmo após três meses da deflagração, greve continua com roteiristas ainda sem um acordo com estúdios e streamings.

Com isso, a paralisação segue por tempo indeterminado, e roteiristas filiados ao WGA (Sindicato) não devem fazer qualquer parte do processo de escrita de roteiro durante a greve, exceto em casos específicos. Vale lembrar que essa não é a única paralisação em andamento em Hollywood, já que os atores estão em greve desde o mês passado.

As reinvindicações dos roteiristas são simples: eles esperam por pagamentos melhores, com adição dos residuais de suas obras no streaming. Além disso, há uma série de demandas a respeito da regulamentação no uso de inteligência artificial na criação de conteúdo para os estúdios.

Por mais que o impacto das paralisações ainda não se tenha feito muito aparente, é importante lembrar que várias produções marcadas para os próximos anos serão afetadas, o que pode levar a uma série de adiamentos e atrasos no calendário dos estúdios. No entanto, enquanto as grandes empresas não fizerem acordos justos com os artistas que criam suas obras mais lucrativas, a greve deve ser a única opção.

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