Rick Riordan, autor de Percy Jackson defende elenco diverso da série: “Todos podem ser heróis”

Rick Riordan, autor de Percy Jackson defende elenco diverso da série: “Todos podem ser heróis”

Para o criador de Percy Jackson, era importante que todos pudessem se ver nos heróis da série

Percy Jackson está ganhando uma nova chance em live-action com a série desenvolvida para o Disney+. Desde que o elenco principal da produção foi divulgado, porém, os jovens atores que interpretam Grover e Annabeth se tornaram alvo de críticas por não serem brancos como a descrição dos personagens nos livros. Mas, para o criador da obra original, Rick Riordan, essas alterações não só são bem vindas como eram necessárias.

Falando à Entertainment Weekly, Riordan explicou que tornar o elenco mais diverso era retornar ao propósito original que sua obra tinha quando foi criada, isto é, que fizesse com crianças de todos os tipos se sentissem incluídas tal como o filho do escritor, para quem Riordan criou a história originalmente.

“Ele estava tendo dificuldades com dislexia e TDAH, tendo uma experiência péssima na escola, mas se tinha uma coisa que ele amava era mitologia grega,” Riordan relembrou. “Como um professor, eu sabia muito sobre mitologia grega. Adorava ensinar isso. Então comecei a contar histórias dos mitos gregos para ele, e quando essas histórias acabaram, criei um novo herói grego: um garoto dos dias atuais chamado Percy Jackson que, como meu filho, tem TDAH e dislexia e descobre que esses podem ser indicadores de que você é um semideus. Meu filho não teve problema algum para acreditar nisso.”

Prosseguindo, o escritor explicou como as mudanças para deixar a série mais diversa se relacionam a essa história de como a obra foi criada:

“20 anos depois, era importante que eu olhasse para isso de novo com novos olhos, e garantisse que a história conversaria com todas as crianças, e que todo mundo pudesse ver essa série e se ver nela. É inclusivo o bastante que todos podem ser heróis – afinal de contas esse foi o motivo pelo qual escrevi o livro originalmente. Meu filho, por causa das suas diferenças de aprendizado, estava se sentindo isolado, e essa foi minha maneira de dizer ‘Está tudo bem. Ser diferente é uma força. Você vai ficar bem. E você tem um lugar no mundo.'”