Guerra de Gigantes: Descubra qual indústria domina o mundo do entretenimento – Cinema, Música ou Games?

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Guerra de Gigantes: Descubra qual indústria domina o mundo do entretenimento – Cinema, Música ou Games?

Por Gabriel Mattos

Desde a primeira grande febre da indústria nos anos 80, os videogames são alvo de polêmicas que insistem em associá-los a casos de extrema violência. Diversos estudos foram feitos ao longo dos anos, nenhum comprovando uma possível relação. Mesmo que esta perseguição se mantenha nos dias de hoje, muita coisa mudou, especialmente a posição dos jogos perante a indústria do entretenimento. O que antes era visto como uma brincadeira de criança provou ser um negócio altamente rentável, gerando um lucro maior, em 2022, que a indústria da música e do cinema combinadas.

De acordo coma Statista, a indústria dos jogos gerou uma movimentação de 184.5 bilhões de dólares no último ano, somando a venda de consoles, jogos e as microtransações de games mobile. No mesmo período, a indústria da música conquistou U$ 26.2 bilhões, segundo a IFPI, enquanto a indústria do cinema alcançou U$ 25.9 bilhões, de acordo com a Variety.

Somados, com U$ 52.1 bilhões, o cinema e a música mal conseguem superar as vendas vindas apenas dos jogos para consoles, que movimentaram U$ 51.8 bilhões. A situação fica ainda mais absurda ao compararmos com o lucro que apenas o segmento dos jogos mobile consegue movimentar sozinho, que alcança a quantia astronômica de U$ 92 bilhões.

Cinema busca a força dos games para se revitalizar, como aconteceu com o sucesso estrondoso de Super Mario (C. Universal)

Por incrível que pareça, a pandemia ajudou bastante a acelerar a indústria dos jogos. Mesmo que o lucro dos jogos supere também o mercado do cinema e da música antes da pandemia, não restam dúvidas que com os cinemas fechados e os shows proibidos, interagir com os amigos por meio dos jogos se tornou ainda mais popular. Outro fator que impulsiona os lucros dos games é o setor dos eSports, com competições que movimentam milhões de jogadores e espectadores.

Ainda vai demorar um tempo para o Brasil conquistar uma posição de destaque na indústria como desenvolvedor, uma vez que isso exige um interesse do setor político, como aconteceu no Canadá e na Coreia do Sul. Porém, aos poucos, nosso talento chama atenção do setor privado. Nesta manhã, a Epic Games anunciou uma divisão que vai operar no Brasil, com a aquisição do estúdio indie Aquiris. Com o investimento certo, o futuro do Brasil nos games poderia ser promissor.

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