Pokémon: Artista imagina como seriam os companheiros iniciais de uma região inspirada em São Paulo
Pokémon: Artista imagina como seriam os companheiros iniciais de uma região inspirada em São Paulo
Monstrinhos representam a luta da natureza contra a cidade grande
Desde a quinta geração, os games de Pokémon deixaram o Japão para apresentar regiões inspiradas em cidades de outros cantos do mundo. Começou com Unova, que adapta a correria de Nova Iorque, passou pelo norte da França, em Kalos, até chegar na mais recente Paldea, que traz forte influência de cidades da Espanha. Tamanha diversidade inspirou o artista brasileiro Maurício Lins a criar a Região de Jahde e seus Pokémon Inicial, inspirado diretamente em São Paulo.
Os Pokémon Iniciais de Jahde
Em seu universo alternativo de Pokémon, os criadores que começariam nesta região poderiam escolher entre três criaturas baseadas em animais que você poderia encontrar tranquilamente em um jardim da cidade: um lagarto, um cachorro e uma espécie de rato. O design de Lins mistura uma estética urbana e tropical para representar o Brasil e incorpora ainda um toque japonês, influenciado pelo histórico de imigração da cidade. Assim surgiram, respectivamente, Folizard, do tipo Planta, Charchow, do tipo Fogo, e Capybble, do tipo Água.
Inicial paulista de Planta
Folizard, o Pokémon Folha, pode escalar árvores altas e pular de uma para a outra. Evolui para Folidrake, que emana um doce aroma da flor em seu pescoço. Ambos são inspirados no dragão-voador e em ninjas, de acordo com Lins.
Por fim, a evolução final é Soardrake, do tipo Planta e Sombrio, que representa o Brasil no trio de iniciais. Por esse motivo, ele carrega uma vitória-régia na cabeça, que usa tanto para se esconder na relva quanto como arma em batalha.
Inicial paulista de Fogo
Charchow, o Pokémon Cão de Fogo, carrega as cores dos simpáticos vira-latas caramelo. Quando nervoso a chama em seu rabo cresce e fica muito quente. Evolui para Scorchow, cujo fogo de sua cauda pode mudar de cor dependendo do seu humor.
Dynabark, dos tipos Fogo e Dragão, é sua evolução final. A linhagem é inspirada no chow-chow, shiba inu e nos guardiões shishi, estátuas presentes em jardins de templos chineses. Lins revela ainda que a língua e a chama roxa da última evolução trazem uma visual místico que inspirou a inclusão do tipo Dragão na última forma.
Inicial paulista de Água
Capybble, o Pokémon Capivara, tem patas em formato de remo permitem que ele mergulhe fundo. Quando evolui para Capybrine, sua cauda cresce tanto que pode ser usada como escudo em batalha. E até como uma arma por sua evolução final, Capybraw, que é puramente do tipo Água.
O trio mistura elementos de capivaras, castores e surfistas. A ideia surgiu da origem polinésia do esporte e no estilo de vida mais zen de surfistas, o que combina com a tranquilidade de uma capivara — sempre pacíficas na beira dos rios em São Paulo.
De onde veio a ideia?
Para representar o caos contraditório de São Paulo, Lins encontrou no jardim de sua mãe inspiração para representar uma forte dualidade da cidade: a briga do progresso urbano contra a natureza. “Jardins são essencialmente uma forma que nós encontramos de colocar um pouco da natureza dentro das cidades, então esse foi o tema que eu escolhi pro projeto, uma região tentando se reconectar com a natureza,” explica.
Conhecido nas redes como Maumes, o ilustrador ganha a vida criando versões fictícias de Pokémon, popularmente conhecidos como Fakémon. Suas artes estão espalhadas por diferentes projetos de outros artistas, que contratam sua visão particular de construir novos monstrinhos, aplicando uma forte pesquisa para encontrar conceitos que transmitam bem a atmosfera de um lugar.
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