Netflix: Tudo que você precisa saber sobre a nova regra de compartilhamento de senhas
Netflix: Tudo que você precisa saber sobre a nova regra de compartilhamento de senhas
Tentando entender a nova política da Netflix? Confira tudo que você precisa saber sobre o assunto!
Um belo dia você entrou na Netflix para maratonar a série do momento, mas descobriu que não tinha mais acesso à conta. O motivo? Uma polêmica mudança nas regras de compartilhamento de senhas por usuários, que acabou modificando a maneira como muita gente se relacionava com a gigante do streaming.
Na ativa desde 2022 em alguns países selecionados, a medida só chegou ao Brasil em maio deste ano, causando uma baita reação negativa nos clientes em um primeiro momento, e até mesmo o Procon, o órgão de defesa ao consumidor, foi acionado para tentar solucionar a questão.
O burburinho foi grande, mas o que realmente mudou com a nova regra da Netflix? Preparamos um guia especial para te ajudar a entender de uma vez por todas como o sistema de compartilhamento de senhas da plataforma vem funcionando desde sua implementação!
- O que é a nova regra de compartilhamento de senhas da Netflix?
- Quem é afetado pela nova regra de compartilhamento de senhas da Netflix?
- Como a nova regra de compartilhamento de senhas funciona?
- Como a Netflix vai monitorar o compartilhamento de senhas?
- O que acontece se você viajar?
- Por que a Netflix mudou a regra de compartilhamento de senhas?
O que é a nova regra de compartilhamento de senhas da Netflix?
Antes de qualquer coisa, precisamos entender o que é a nova regra de compartilhamento de senhas da Netflix. Afinal, continuamos lendo e escutando por aí que a medida causou polêmica, mas por quê?
A própria Netflix te ajuda a solucionar o “mistério”. No dia 23 de maio, a fatídica data em que tudo mudou, a gigante do streaming anunciou em sua conta oficial do Twitter que o regulamento anterior da empresa sofreria uma alteração: a partir daquele momento, os clientes brasileiros não poderiam mais compartilhar suas contas com pessoas que moravam em outras residências, a não ser que pagassem um adicional por isso.
A prática causou uma grande revolta nos assinantes, já que muita gente usava o serviço de graça justamente por ter acesso a contas de amigos ou familiares, que eram os usuários pagantes nesse cenário.
Assim, com a medida, todos os assinantes da Netflix só podem compartilhar suas contas com pessoas fora de suas residências caso paguem um adicional de R$ 12,90 (o valor é referente a cada conta extra).
Quem é afetado pela nova regra de compartilhamento de senhas da Netflix?
A resposta mais simples é: todo mundo que costumava compartilhar sua senha com terceiros. Com a nova regra, se você é o dono da conta, só poderá dividir sua assinatura, sem pagar nada mais por isso, com pessoas que vivem na mesma casa.
Isso porque agora a Netflix exige que você defina uma localização principal para a residência na qual a conta se encontra. Logo, para adicionar outras localizações, é preciso adquirir um perfil extra, sendo que há o limite de um assinante para o plano Padrão e dois para o Premium — as únicas assinaturas que permitem a aquisição de uma conta extra.
Como a nova regra de compartilhamento de senhas funciona?
Com a nova política de compartilhamento de senhas, existem apenas duas possibilidades de dividir sua conta com alguém que não vive na mesma casa que você, segundo as regras descritas no Centro de Ajuda da Netflix.
A primeira, conforme dito anteriormente, é adquirir uma conta extra com um acréscimo de R$ 12,90 na sua mensalidade. Isso significa que, se a sua conta é a Premium, por exemplo, você teria direito a quatro telas simultâneas e mais dois assinantes extras, o que faria o valor do plano, que atualmente é de R$ 55,90, aumentar a cada conta adicional.
A outra maneira é transferir um perfil para a pessoa que não vive na sua casa, mas usa sua assinatura da Netflix. Assim, o indivíduo em questão passaria a pagar a mensalidade de assinatura padrão, assim como você já faz.
Como a Netflix vai monitorar o compartilhamento de senhas?
O sistema de verificação não é muito complicado: ao associar uma localização principal à sua conta na Netflix, a empresa passa a monitorar os endereços de IP dos dispositivos que estão conectados ao Wi-Fi na residência em questão.
Assim, o serviço consegue impedir que pessoas que não vivem na mesma casa que você acessem a plataforma usando a sua assinatura.
O que acontece se você viajar?
Uma dúvida que surgiu após a implementação da nova política diz respeito ao sistema de localização principal da assinatura. Afinal, se é preciso associar a conta a um único local, o que acontece se o assinante estiver viajando e quiser acessar o serviço fora de sua casa?
De acordo com as informações da Netflix, isso não deve ser um problema. O diferencial é que, se você quiser usar a sua conta da Netflix quando não estiver no conforto do seu lar, será necessário fazer uma verificação do dispositivo onde a plataforma será acessada, algo similar ao que o Google ou o Twitter faz, por exemplo. Isso é feito por meio do envio de um código de acesso, que possibilita que você use o serviço por sete dias sem cobranças adicionais (via BBC).
Contudo, o recurso deve ser usado com parcimônia, já que, se você fizer isso frequentemente, o serviço vai identificar que não é um caso isolado, bloqueando seu acesso a outras localizações além da sua residência.
Por que a Netflix mudou a regra de compartilhamento de senhas?
Quem vem acompanhando o universo do entretenimento de perto nos últimos anos provavelmente deve saber que a indústria está passando por alguns momentos de crise. Indo desde as controversas reestruturações da Warner Bros. Discovery e passando pela greve de roteiristas que segue impactando o setor neste ano, o mercado dos serviços de streaming não ficou de fora dessa equação, o que significa que a Netflix também está passando por situações delicadas para manter seu número de clientes crescendo.
Tudo começou com uma significativa queda de assinantes em 2021, algo inédito para a gigante do streaming que, desde o boom do serviço, seguia firme e forte no mercado. Na época, a notícia de que a Netflix tinha perdido 200 mil assinantes no primeiro trimestre pegou todo mundo de surpresa, o que indicou que era apenas uma questão de tempo até que a empresa começasse a implementar novas alternativas.
Em vista disso, quando a crise relacionada à saturação do mercado de streamings bateu na porta da empresa, houve uma necessidade de buscar novas maneiras para ganhar dinheiro, como a inclusão de anúncios em planos mais baratos e um aumento generalizado na mensalidade das assinaturas.
Assim, a mudança na política de compartilhamento de senhas é mais um jeito que a Netflix encontrou para gerar receita, revertendo usuários não pagantes em mais uma fonte de lucro.
Contudo, apesar da controvérsia em torno da política, tudo indica que o público não está preparado para largar a mão da Netflix: uma recente análise divulgada pela Forbes mostrou que, poucos dias após a implementação da regra, o número de assinantes do serviço aumentou, atingindo um pico de assinaturas que não se via desde a época da pandemia. Resta saber como os próximos meses irão impactar o serviço, e se as demais plataformas de streaming pretendem surfar na onda da Netflix eventualmente.
Qual é a sua opinião sobre a mudança na política de compartilhamento de senhas da Netflix? Comente aqui!
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