Melissa Barrera é demitida de Pânico 7 após declarar apoio à Palestina
Melissa Barrera é demitida de Pânico 7 após declarar apoio à Palestina
Próximo filme pode não contar também com Jenna Ortega
Melissa Barrera foi demitida de Pânico VII pelo estúdio Spyglass, responsável pela franquia. Conhecida por interpretar Samantha Carpenter, protagonista da nova trilogia do terror, a atriz foi dispensada após uma série de publicações nas redes sociais defendendo a Palestina, confirma o The Hollywood Reporter.
O que a Melissa Barrera disse para ser demitida?
Desde que Israel intensificou ataques aos territórios palestinos usando como pretexto o Hamas, a atriz latina tem sido vocal em seu repúdio a todas as mortes que vem sendo causada pela invasão dos colonos israelitas ao povo da Palestina. No último mês, Barrera chamou atenção ao comparar a situação com o histórico sangrento de colonização do México, país onde nasceu.
“Eu também venho de um país colonizado. A Palestina VAI ser livre. ‘Eles tentaram nos enterrar, mas não sabiam que éramos sementes'”, publicou a atriz no Instagram na ocasião.
Em outra publicação mais recente, também no Instagram, Barrera foi mais incisiva, comparando os assassinatos cometidos por Israel ao genocídio promovido pela Alemanha Nazista durante a Segunda Guerra Mundial.
“Gaza está sendo tratada como um campo de concentração. Encurralando todo mundo, sem lugar para ir, sem eletricidade, sem água… As pessoas não aprenderam nada com nossas histórias. E como em nossas histórias, as pessoas ainda estão observando silenciosamente tudo acontecer. ISSO É GENOCÍDIO E APAGAMENTO ÉTNICO,” dizia a publicação.
O apagamento étnico, apontado pela atriz, é uma prática que visa exterminar um povo de um território, apagando a cultura e sua história, para que um novo grupo, que se julga merecedor, domine o local. O processo aconteceu nas Américas com a invasão dos europeus no período da colonização e se repetiu em outros momentos da história. Houve uma tentativa de apagamento étnico pela Alemanha Nazista que resultou na morte de milhões de judeus.
Como Melissa Barrera respondeu a demissão?
A atriz respondeu a divulgação da notícia com mais uma publicação nos stories se orgulhando de ter defendido aquilo que acredita, especialmente quando pessoas estão morrendo apenas por serem quem são. Segue a tradução da mensagem:
“No fim do dia, prefiro ser excluída por quem eu incluo, do que ser incluída por quem eu excluo,” diz a mensagem.
Antes da demissão de Barrera do projeto, haviam rumores de que Jenna Ortega, de Wandinha, não tinha interesse em retornar para Pânico VII. Com a saída da colega de elenco, o retorno de Ortega, que vivia sua irmã no longa, parece cada vez mais improvável, o que resultaria na perda das principais protagonistas da nova era da franquia.
Outras demissões contra defensores da Palestina
Além da demissão de Barrera, Susan Saradon, a vilã de Besouro Azul, também foi dispensada por sua agência de talentos, a UTA, após participar de protestos a favor da Palestina no dia 17 de novembro.
Entre os países participantes do conselho de segurança da ONU, apenas os Estados Unidos permanecem ao lado de Israel na manutenção dos ataques a Palestina. Todos os demais líderes de Estado concordaram com o cessar fogo sugerido pelo Presidente Lula, representante do Brasil, que foi barrado pelo país norte-americano. Por esta razão, a mídia americana defende ao máximo a manutenção do genocídio palestino.
Leia também: