Martin Scorsese compara filmes de streaming a conteúdo gerado por Inteligência Artificial
Martin Scorsese compara filmes de streaming a conteúdo gerado por Inteligência Artificial
Para o diretor, produções não são cinema de verdade
De tempos em tempos, discussões sobre o que constitui ou não cinema, bem como o valor das produções feitas para o streaming, voltam a ressurgir. Esse foi o caso em uma entrevista de Martin Scorsese à revista GQ, na qual o renomado diretor falou sobre a diferenciação entre conteúdo e cinema, indicando que os filmes desenvolvidos para plataformas de streaming não têm o mesmo valor artístico das obras cinematográficas.
Em sua fala, Scorsese chega a comparar o que chama de “conteúdo industrializado” a uma Inteligência Artificial fazendo um filme. Questionando o que essas obras teriam de permanente, ele disse:
“Acho que o conteúdo industrializado não é cinema de verdade,” Scorsese afirmou. “É quase como uma IA fazendo um filme. E isso não significa que você não tenha diretores incríveis e pessoas de efeitos especiais fazendo um belo trabalho artístico. Mas e o significado? O que esses filmes, o que eles te darão? Fora esse tipo de consumo de algo e então apagar isso da sua mente, de todo o seu corpo, sabe? O que esses filmes te dão?”
O diretor também voltou a criticar as grandes franquias e filmes blockbuster, defendendo que os cineastas precisam se mobilizar para salvar o cinema. Esta não foi a primeira vez que Scorsese teceu críticas a esse tipo de obra, tendo criticado as produções de super-heróis e seu impacto no cinema anteriormente.
Assassinos da Lua das Flores é o projeto mais recente de Scorsese. A trama do longa se baseia na obra literária de mesmo nome, que aborda os assassinatos que aconteceram no estado americano de Oklahoma na década de 1920, quando petróleo foi descoberto nas terras da tribo indígena Osage. O filme estreia nos cinemas em 20 de outubro.
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