Por que Marlon Brando recusou seu Oscar pelo papel icônico de O Poderoso Chefão?
Por que Marlon Brando recusou seu Oscar pelo papel icônico de O Poderoso Chefão?
O ator causou polêmica no Oscar de 1973 após recusar o prêmio mais cobiçado do cinema
O Poderoso Chefão é aquele grande clássico do cinema que, mesmo que você nunca tenha assistido ao filme, certamente já ouviu (e muito) sobre ele. Com direção do consagrado Francis Ford Coppola, o primeiro longa-metragem da trilogia chegou aos cinemas em 1972 com performances icônicas de Al Pacino e, claro, Marlon Brando, que ganhou um Oscar de Melhor Ator pela interpretação do mafioso Vito Corleone. No entanto, apesar da vitória, o astro simplesmente recusou o prêmio mais cobiçado do cinema durante a 45ª edição.
Por mais que nunca tenha olhado para o homenzinho dourado com bons olhos, Brando já tinha levado uma estatueta para casa em 1955 por sua performance em Sindicato de Ladrões (1954). Já O Poderoso Chefão foi sua terceira indicação ao prêmio, além de ter concretizado mais uma vitória para o astro na história do evento.
Para muitos atores, essa pode ser a trajetória dos sonhos, mas Marlon Brando não queria nem saber da honraria. De acordo com a biografia definitiva do ator, The Contender: The Story of Marlon Brando (via Collider), escrita por William J. Mann, todo mundo sabia que o ator não iria comparecer ao evento naquele ano e que ele enviaria uma “pessoa misteriosa” no seu lugar. Bom, foi exatamente isso que aconteceu.
Quando Brando foi anunciado como o grande vencedor da categoria de Melhor Ator no Oscar de 1973, quem assumiu o centro dos holofotes no palco foi Sacheen Littlefeather, uma ativista dos direitos civis de povos nativos americanos. Além de recusar o prêmio, Sacheen aproveitou o momento para discursar sobre como o cinema estadunidense discriminava a história de seu povo há anos, um momento que causou bastante comoção na cerimônia.
Não se sabe exatamente como surgiu a ideia para a ação, mas é certo que Marlon Brando tinha bastante interesse na luta de povos nativos por direitos civis nos EUA, conforme é descrito na biografia do artista, que vinha ganhando força naquela década. Isso pode ter servido de inspiração para a decisão de Brando, que nunca foi um grande apreciador do Oscar por natureza.
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