Lost: Todos estavam mesmo mortos na ilha? Entenda o que realmente acontece no final
Lost: Todos estavam mesmo mortos na ilha? Entenda o que realmente acontece no final
Tudo sobre um dos finais mais controversos da história da televisão!
Atenção: Alerta de Spoilers!
Exibida de 2004 a 2010, Lost foi um dos maiores fenômenos televisivos de todos os tempos, conquistando um ávido público cheio de teorias e conspirações sobre todos os significados ocultos da série. A produção, criada por Damon Lindelof, Jeffrey Lieber e J.J. Abrams foi aprofundando sua história a partir de um acidente aéreo, que deixou vários sobreviventes isolados em uma ilha misteriosa no coração do Oceano Pacífico.
E desde que a primeira temporada foi exibida, não faltaram teorias mirabolantes sobre o que era ilha e o que havia acontecido aos personagens: Todos estavam mortos? Aquilo era o purgatório? Era o inferno?
Muitos desses questionamentos foram sendo respondidos ao longo das seis temporadas da série, embora o mistério completo só tenha sido resolvido no último episódio, lançado no dia 23 de maio de 2010. E aqui, respondemos as questões que ficaram em aberto para grande parte do público!
- O caminho até o final
- Mas então, todos os personagens de Lost estavam mortos ou não?
- Então o que era a ilha, afinal de contas?
O caminho até o final
Lost começa quando os passageiros do voo 815 da Oceanic Airlines se veem presos em uma ilha misteriosa depois da queda de seu avião. Muitos morrem, mas uma boa parte dos sobreviventes se junta para estabelecer uma espécie de comunidade, enquanto procuram meios de sair da ilha e retornar aos seus lares. Eventualmente, essas pessoas se veem em meio a uma série de ameaças místicas e sobrenaturais que parecem habitar na ilha.
Na quarta temporada, um seleto grupo de sobreviventes consegue fugir da ilha em um helicóptero. São eles o médico Jack Shephard (Matthew Fox), Kate Austen (Evangeline Lilly), Sun Kwon (Yunjin Kim), Hugo Reyes (Jorge Garcia), Sayid Jarrah (Naveen Andrews) e Aaron, o bebê filho de Claire Littleton (Emilie de Ravin). Porém, na quinta, eles percebem que precisam voltar por um “chamado” quase que divino.
Ao retornarem, quatro desses personagens são jogados no ano de 1977, onde reencontram alguns de seus amigos e aliados, como James “Sawyer” Ford (Josh Holloway) e Juliet Burke (Elizabeth Mitchell). Eles então dão início a um plano para explodir a ilha, colocando uma bomba próximo de um polo eletromagnético, com a intenção de que, no futuro, o avião não caia na ilha e eles possam seguir suas vidas normalmente.
Contudo, o plano não sai bem como o esperado. Em vez de destruir a ilha, os personagens são transportados de volta ao presente, onde então precisam lidar com a ameaça do Homem de Preto, uma figura milenar que representa o “mal” na ilha e que tomou a forma de John Locke (Terry O’Quinn) para enganar antigos aliados do personagem. E vale lembrar, esse “Homem de Preto” também é o Monstro de Fumaça que conhecemos desde o primeiro ano da série.
Mas então, todos os personagens de Lost estavam mortos ou não?
A resposta para essa pergunta é sim e não. Mas vamos por partes…
Desde a primeira temporada da série, temos alguns flashbacks que mostram como era a vida dos personagens antes de caírem na ilha misteriosa. É assim que conhecemos um pouco de seu passado e vemos que todos ali eram pessoas falhas e que buscavam um propósito na vida. Muitos deles acabam encontrando esse propósito na ilha, que parece ter algumas propriedades milagrosas, curando o câncer de Rose Nadler (L. Scott Caldwell) e consertando a coluna de John Locke.
Na quarta temporada, por outro lado, somos apresentados ao conceito dos flashforwards, que são pequenas visões do futuro daqueles que conseguiram escapar da ilha. Assim, descobrimos um pouco de como Jack Shephard teve sua vida piorada desde que deixou o lugar e seus amigos para trás.
Porém, o episódio inicial da sexta temporada apresenta um outro conceito: os flashsideways. Aqui, vemos como os personagens estariam em uma outra realidade, onde nunca caíram na ilha e sua vida seguiu um curso diferente. E durante muito tempo, fãs teorizavam que a realidade mostrada nesses flashsideways havia acontecido no universo em que os personagens conseguiram detonar a bomba e destruir a ilha, mas não é bem assim.
Nos últimos episódios da temporada final, Desmond Hume (Henry Ian Cusick) acaba falando para Jack que todos iriam se reencontrar, mesmo depois que morressem. E como é revelado na series finale da série, o mundo retratado nos flashsideways nada mais era que uma espécie de “pós-vida”, para onde todos iriam depois que morressem, onde se reencontrariam e seguiriam em frente, além de corrigirem os erros do passado. Ou seja, era quase como se fosse um purgatório, mas apenas após os eventos mostrados ao longo da série.
Então, de modo geral, todos os eventos mostrados ao longo das cinco primeiras temporadas foram reais. Todos os personagens caíram naquela ilha, formaram uma comunidade e passaram anos tentando sobreviver, tudo isso ao mesmo tempo em que conhecíamos os mistérios daquele lugar, viagens no tempo e todo o resto. Contudo, todos os flashsideways mostrados na sexta temporada acontecem no “pós-vida”, onde eles se reencontraram após a morte de cada um deles em diferentes momentos de suas vidas.
Então o que era a ilha, afinal de contas?
Desde o começo, Lost sempre atraiu a atenção de seu público e gerou milhares de teorias e especulações, sobretudo a respeito das origens da ilha e o que ela simbolizava. Porém, no universo da série, o local realmente existe – e não é apenas um “purgatório” como muitos pensaram durante anos.
Na quinta e sexta temporadas, conhecemos um pouco mais da história de Jacob (Mark Pellegrino), uma figura messiânica e divina cuja principal função era proteger o coração da ilha da humanidade e de outras ameaças, como o seu irmão gêmeo, o Homem de Preto (Titus Welliver, em sua forma original).
Ao longo de vários anos, Jacob saiu da ilha em busca de pessoas que precisavam de um propósito, um recomeço em suas vidas. Foi assim que ele reuniu diversas figuras que acabaram se juntando no voo 815 da Oceanic Airlines. E o plano original de Jacob era escolher um sucessor para que pudesse tomar conta da ilha e impedir que o Homem de Preto fugisse dela, levando sua maldade e suas mentiras para o resto do mundo, em uma nítida alegoria sobre a luta entre Deus e o Diabo.
A ilha, no entanto, existia muito antes de Jacob e do Homem de Preto. Suas origens são desconhecidas na mitologia da série, embora acredite-se que ela tenha recebido a visita de vários povos, desde os antigos egípcios até os romanos (foi daí, por exemplo, que vieram Jacob e seu irmão), conquistadores espanhóis e todos os cientistas da Iniciativa DHARMA.
O lugar tem propriedades mágicas e sobrenaturais, graças ao coração da ilha – um poço profundo de onde emana uma luz dourada, e que mantinha a ilha “viva”. O local também possuía grandes polos de energia eletromagnética, o que explica como o avião da Oceanic Airlines foi “atraído” e acabou caindo na ilha, dando início aos eventos da série. Contudo, fica muito claro na sexta temporada que a ilha não era um purgatório, mas sim um lugar mágico e divino que atraía pessoas que precisavam encontrar um novo propósito e novas esperanças em suas vidas.
Lost está disponível no Star+.
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