Hogwarts Legacy: Sebastian Croft, de Heartstopper, se posiciona contra falas transfóbicas de J.K. Rowling
Hogwarts Legacy: Sebastian Croft, de Heartstopper, se posiciona contra falas transfóbicas de J.K. Rowling
Ator faz uma das vozes de protagonistas da história
Hogwarts Legacy, jogo que se passa no universo de Harry Potter, vem sofrendo inúmeras críticas por ser relacionado às criações de J.K. Rowling, uma vez que a autora se posicione de modo recorrentemente transfóbico em suas redes sociais. Com isso, os envolvidos no projeto também estão sendo criticados, o que levou Sebastian Croft (Heartstopper) a se posicionar sobre o assunto.
No jogo, Croft faz uma das vozes de protagonistas disponíveis para escolha do jogador. Diante do anúncio do ator como parte do elenco, ele começou a sofrer diversas críticas, o que o levou a se pronunciar:
“Eu fui escalado para esse projeto há mais de 3 anos atrás, quando tudo que Harry Potter era para mim, era o mundo mágico com o qual cresci. Isso foi muito antes que eu soubesse sobre as opiniões de J.K. Rowling.” Croft escreveu em sua conta no Twitter. “Eu acredito de todo o coração que mulheres trans são mulheres e homens trans são homens.”
Continuando, o ator reforçou seu apoio às pessoas trans:
“Eu sei muito mais agora do que sabia três anos atrás, e espero aprender muito mais nos próximos três. Realmente sinto muito por qualquer pessoa que tenha ficado magoada por este anúncio. Não há LGB sem o T.”
Além de suas falas no Twitter, a autora J.K. Rowling se posicionou contra projetos de lei na Escócia que visavam facilitar processos muito burocráticos para pessoas trans, acabando com a exigência de diagnóstico médico de disforia, além de permitir que pessoas trans escolhessem sua identificação em documentos. Antes disso, foi no meio de junho de 2020 que a autora compartilhou falas abertamente excludentes a pessoas trans pela primeira vez, momento no qual o título da Warner Bros. Games já estava em desenvolvimento.
Vale notar que, apesar disso, a divulgação do jogo optou por se afastar das opiniões de Rowling, reforçando que o jogador poderá “viver o que não foi escrito” (Live the unwritten, no original em inglês), além de o game permitir a criação de personagens trans. Mesmo assim, a obra também foi criticada por propagar estereótipos antissemitas, uma vez que utiliza a versão dos duendes apresentada nos livros e os coloca como antagonistas na trama por se rebelarem contra o controle dos bruxos humanos.
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