Espectadores questionam classificação indicativa de Guardiões da Galáxia Vol. 3, “imagens perturbadoras”

Espectadores questionam classificação indicativa de Guardiões da Galáxia Vol. 3, “imagens perturbadoras”

Para alguns, o terceiro filme dos Guardiões é um dos mais violentos e brutais da Marvel!

Após uma longa espera, Guardiões da Galáxia Vol. 3 finalmente chegou aos cinemas, oferecendo aos fãs da saga espacial da Marvel Studios uma conclusão emocional, cheia de adrenalina e, por vezes, até mesmo assustadora. E, se por um lado, há quem tenha gostado muito do filme, outros insistem em dizer que o filme é violento demais para ser exibido para crianças.

O Independent lançou um artigo reunindo as maiores críticas ao filme vindas da internet, e boa parte delas gira em torno da representação gráfica de violência, algo que estamos acostumados a não ver nos filmes do MCU. Alguns fãs ficaram incomodados com a classificação indicativa ser tão baixa, com tantas coisas horríveis acontecendo em tela.

No Twitter, um fã teria dito: “Então, Guardiões da Galáxia Vol. 3 definitivamente conquistou o PG-13 [a classificação indicativa] e eu aconselharia a tomar cuidado caso você esteja planejando levar alguma criança com menos de 13 anos. É violento, sombrio e brutal. Eles com certeza usaram a classificação ao máximo. Cenas perturbadoras e elementos temáticos.”

“Não vou entrar em spoilers, mas há muita crueldade animal, violência, gore e bastante xingamento para a Disney/Marvel. Não leve os muitos pequenos ou eles ficarão facilmente tristes. Meu filho de treze anos e eu adoramos”, disse outra pessoa.

Outro fã teria comentado: “Talvez seja porque James Gunn está deixando o MCU, mas realmente senti que Guardiões da Galáxia Vol. 3 foi até o limite no que diz respeito à classificação indicativa/gore. É o projeto mais gráfico e cheio de palavras de baixo calão do MCU até agora.”

“Acabei de ver Guardiões 3. Como eles conseguiram se safar com uma classificação 12 anos? Se você viu, você sabe exatamente qual cena me fez questionar isso”, comentou outra pessoa.

Entrando em um terreno de spoilers, o filme lida diretamente com crueldade animal, sobretudo nas cenas em que conhecemos um pouco mais do passado de Rocky Racum e sua criação pelas mãos do Alto Evolucionário – um cientista eugenista que busca a perfeição das espécies e, para isso, faz uma série de experimentos brutais com outros animais enquanto tenta encontrar uma “raça perfeita”.

Não apenas isso, mas o filme é carregado de sequências intensas, incluindo dezenas de mortes e mutilações vistas na tela – há inclusive um personagem menor que é incinerado e podemos ver seu cadáver carbonizado nitidamente. Em outra cena, vários dos primeiros amigos de Rocky – como a lontra Lylla – são executados na frente do herói.

Há de se dizer que essa é uma questão cultural da atualidade, onde qualquer traço de violência e temas mais “sujos” são deixados de lado em prol de narrativas que agradem “toda a família”. Em parte, essa é uma tendência levantada pelo próprio Universo Cinematográfico da Marvel, que durante anos usou de violência implícita, mas nunca se propôs a discutir (ou mostrar) as consequências dessa violência em tela.

Basta lembrarmos de alguns clássicos antigos para ver como a cultura cinematográfica mudou. Lançado em 1981, o inesquecível Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida contem diversas cenas gráficas – como quando um personagem, ao abrir a tal arca, é derretido e vemos sangue, pele e órgãos “escorrendo”. Naquela época, o filme foi categorizado como PG-13 e seu público não contestava esse tipo de representação.

Guardiões da Galáxia Vol. 3 está em cartaz nos cinemas.

Abaixo, veja também: